quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Decolores DEZEMBRO 2008 :: BOAS FESTAS e um FELIZ NATAL!

EDITORIAL
DEZEMBRO 2008
O tempo corre, não pára, não espera. Não volta mais. É sem retorno. É sem recuperação. Chegou o Natal! A esse tempo, antecedem 4 semanas: as semanas doADVENTO! Advento: tempo de expectativa e preparação. Para quê? Para quem?
É tempo de avaliação. Tempo de planejamento. Tempo de tomada de consciência, de renovação de sentimentos, atitudes, emoções, valores. Tempo, também de promessas de mais equilíbrio, mais harmonia, mais solidariedade, mais união.l É tempo de preparação e desejo da chegada do Menino Jesus.
Com ele, a expectativa de que as promessas saiam do plano ideal; de que as renovações se concretizem; de que a conscientização se interiorize, perpetuando o tempo.
Advento: tempo de parar, refletir, meditar, reviver a natividade do Deus Menino.
Que esse tempo seja pleno, se perpetue nos corações humanos,
Pois, o que há de vir, é o tempo da ESPERANÇA: é o NATAL!
Quem há de vir, é o SALVADOR!
O Movimento de Cursilho pede a todos que busquem esse tempo com esperança de um tempo melhor, um mundo melhor, um ano melhor e principalmente, tempo de construir um
HOMEM MELHOR.
É O QUE DESEJAMOS: QUE SEJAMOS CADA VEZ MAIS ESSE HOMEM QUE BUSCA A ESPERANÇA. QUE SEJA A ESPERANÇA DAS PROMESSAS DO DEUS QUE SE HUMANIZOU PARA NOSSA SALVAÇÃO.
Feliz Natal e um Ano Novo em Paz, Abraços decolores.
Lúcia Liguori



CARTA DO ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC – DEZEMBRO 2008
Pe. José Gilberto Beraldo

“Jesus, porém, uma vez que permanece para sempre, possui um sacerdócio que não passa. Por isso, ele tem poder ilimitado para salvar aqueles que, por seu intermédio, se aproximam de Deus, já que está sempre vivo para interceder por eles. Tal é precisamente o sumo sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores e elevado acima dos céus" (Hb 7,24-27).
Meus amados e perseverantes irmãos e irmãs, participantes desta reflexão mensal:
Fortalecidos pela graça do Pai, irmanados pela Palavra que é o Filho e iluminados pelo Espírito Santo, chegamos, agradecidos à Trindade Santíssima, à nossa 112ª. Carta mensal. Estando já em dezembro, é natural que devêssemos refletir sobre o Advento e o Natal. Entretanto, meus amados, permitam-me abrir uma exceção e, deixar-lhes a busca de temas para reflexão sobre essas celebrações natalinas em outras abundantes e maravilhosamente ricas fontes para este tempo litúrgico. Permitam-me, pois, dedicar esta última carta do ano a um acontecimento muito pessoal e, ao mesmo tempo, a uma celebração que, de uma forma ou de outra, diz respeito à comunidade eclesial da qual faço parte - vocês e eu mesmo. Como sabem alguns, estou vivendo neste ano, um ano especial de ação de graças, um ano de jubileu; o ano do Jubileu de Ouro de minha Ordenação Sacerdotal. De fato, o dia 20 de dezembro de 1958 marcou indelevelmente e para sempre a minha vida, pois foi o dia no qual o Senhor me chamou definitivamente para o discipulado, o dia no qual que me consagrou para "cuidar da messe" através do ministério sacerdotal. Em torno desse acontecimento, é que desejo propor-lhes três pontos para reflexão.
1. Jesus Cristo Sumo e Eterno Sacerdote e fonte de todo sacerdócio - Pode-se dizer que a Carta aos Hebreus - da qual citei acima alguns versículos – é um escrito eminentemente cristológico. Isto é, tem como eixo principal de sua doutrina, a pessoa de Jesus, Sumo e eterno Sacerdote. Entretanto, afirmam alguns estudiosos especialistas da Palavra de Deus que o autor da Carta aos Hebreus "não pretende acentuar o sacerdócio e o sacrifício e, sim, substitui o sacerdócio e o sacrifício pela única "auto-oferenda" que é a vida e obra de Jesus, de uma vez para sempre. O sacerdócio de Jesus é o sacerdócio da vida, como deve ser também o do cristão "[1]. De fato, é este o aspecto que nos diz respeito mais de perto, quando insistimos na alegria do encontro com Jesus Cristo. Na verdade, é este o sacerdote que desejamos e que necessitamos: "santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores...". Cristo é o sumo sacerdote misericordioso e fiel (Heb 2,17; cf. 3,2.5), possui um 'sacerdócio que não passa'(Heb 7,24), 'oferecendo-se a Si mesmo sem mácula a Deus' (Heb 9,14). Temos, pois, 'um sumo sacerdote... Provado em tudo, à nossa semelhança, exceto no pecado', um sumo sacerdote que sabe 'compadecer-se das nossas fraquezas' (cf. Heb 4,15). É nos Evangelhos que vamos nos encontrar com este "Sumo Sacerdote", com a sua palavra, seus ensinamentos e, sobretudo, com suas ações e seu testemunho. É pela sua vida que Jesus deixa a todos os que o seguem, mas, sobretudo, aos que Ele mesmo escolhe para assumir a missão do
pastoreio e de seus ministros junto ao seu próprio povo, a comunidade eclesial, isto é, aos seus sacerdotes a herança de sua missão evangelizadora.
2. O sacerdócio do Povo de Deus – Ao chamar Moisés para o alto de uma montanha, o Senhor o incumbiu de dar um recado ao povo eleito dizendo-lhe, entre outras coisas: “... vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa" (Ex 19,6). São Pedro, na sua Primeira Carta cujo conteúdo é todo cristocêntrico, lembra aquelas palavras do Êxodo e escreve: "Mas vós sois a gente escolhida, o sacerdócio régio, a nação santa..." (1Pd 2,9a). Um importante documento da Igreja Católica, a Constituição dogmática sobre a Igreja (Lumen Gentium) do Concílio Vaticano II, reafirma e resume assim o sacerdócio comum do Povo de Deus e o sacerdócio ministerial: "Com efeito, o sacerdote ministerial, pelo seu poder sagrado, forma e conduz o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o povo; os fiéis, por sua parte, concorrem para a oblação da Eucaristia em virtude do seu sacerdócio real, que eles exercem na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na caridade operosa" (LG 10).
3. Como deve o sacerdote, discípulo missionário e pastor do Povo de Deus assemelhar-se a Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote? – Essa pergunta faço-a a mim mesmo por ocasião do meu Jubileu áureo de Ordenação Sacerdotal. O que ensinou Jesus e como ele mesmo se comportou? Como Ele quer que sejamos nós, seus ministros e servidores do seu povo? Evidentemente podemos descobrir esse "como" nas orientações passadas aos seus enviados, mas, sobretudo, através do seu próprio comportamento e testemunho de vida. Durante todo o tempo que viveu no meio do seu povo e por seus ensinamentos e obras, Jesus se manifestou misericordioso com os pecadores de todas as classes, homens e mulheres, mesmo com os empedernidos fariseus (ainda que, em várias ocasiões, os tenha chamado de sepulcros caiados, hipócritas, etc.); compassivo, curando doentes e atendendo aos mais necessitados, mesmo estando no interior do templo e em dia de sábado, contrariando os legalistas de plantão; benigno, sempre pronto a perdoar como à adúltera e a todos os pecadores, ainda que fossem os odiados cobradores de impostos, aproveitando para dizer aos seus censores e aos moralistas presentes que atirassem nela a primeira pedra quem não tivesse pecado; bondoso, acolhedor das pessoas mais simples do povo e das crianças, colocando-as sobre seus joelhos e ensinando aos discutiam sobre quem haveria de ser o primeiro ministro no Reino de Deus, que "quem acolher em meu nome uma dessas crianças, estará acolhendo a mim mesmo"; enérgico e firme como no episódio da expulsão dos vendilhões do tempo; sensível às dores dos enfermos e dos mais pobres; despojado, como quando, ao convidar alguém para segui-lo lhe diz que "as raposas têm suas tocas mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça"; servidor do seu povo, como quando afirma que veio para servir e não para ser servido; fiel à vontade do Pai como quando, no alto da cruz e no auge do sofrimento, suplica-lhe que dEle passasse aquele cálice, mas que do Pai fosse feita a vontade. Ainda mais, Jesus nos quer sempre dispostos à renúncia radical para segui-lo e prontos e generosos para abraçar a cruz
Confesso, caros irmãos e irmãs, que mil e mil vezes, durante toda essa minha já longa vida ministerial, tenho tentado dar uma resposta coerente com a fonte do meu sacerdócio que é o próprio Jesus. É verdade que nem sempre – e por mil motivos, incluídas as costumeiras desculpas: fraqueza humana, falta de tempo, falta de colaboração, incompreensões, injustiças, abandono por
parte de alguns irmãos, solidão, etc. – o tenho conseguido. E por tudo isso, nesse momento de ação de graças, é que também peço perdão a Deus e à comunidade pela qual sou responsável
Por isso é que, nesta hora de celebração de minhas Bodas de Ouro sacerdotais, a todos suplico que me ajudem na ação de graças a Deus e que, como Ele – espero e confio -, saibam relevar minhas inúmeras faltas e omissões. E rezem por este modesto servidor e amigo, pedindo sempre a intercessão de Maria, a primeira discípula missionária de seu Filho, Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote.
A Ele a e Ela entrego os dias que me restam do meu ministério, esperando ser digno de ouvir, um dia, de sua boca: "Já não o chamo servo...eu o chamo amigo..." (cf Jo 15,15).
Concluo desejando a todos e a todas santas festas de Natal do Senhor Jesus,
Pe. Beraldo

O DOM DA VIDA
Pe. Roque Schneider, SJ
Três peregrinos árabes – diz a história – tiveram fome em pleno deserto calcinado. O pão e a água que lhes restavam eram insuficientes para os três. Resolveram, então, que ao menos um deles tomaria o pão e a água para sobreviver. Qual dos três seria o privilegiado? Eles discutiram acaloradamente sem obter consenso:
É melhor dormir primeiro e amanhã decidiremos com mais calma sobre quem merece sobreviver...
No outro dia, antes do alvorecer, os três estavam de pé, agitados. Sorrindo vitorioso, Mustafá antecipou-se:
Em sonhos, esta noite, num parque de beleza indescritível, um sábio ancião garantiu-me que o mais digno para sobreviver sou eu... pelo imenso rosário de boas obras já realizadas.
Ali Salim, alteando a voz, falou de um anjo luminoso que lhe dissera em sonhos:
Tome o alimento, sem medo. É absolutamente fundamental que você continue vivo para a salvação de muitos, no futuro...
Silencioso até então, o terceiro peregrino confessou:
Nada vi, nada escutei durante meu sono. Apenas senti... Senti uma força avassaladora impelindo-me irresistivelmente rumo ao alimento que eu consumi na hora – na maior simplicidade...

Na vida, muitas vezes repetimos os personagens da lenda árabe. Como Mustafá, muitos sucumbem à tentação de estacionar, dormindo sobre os louros do passado, catalogando estatísticas do que já realizaram.
Como Ali Salim, o segundo peregrino do deserto, existem pessoas que passam a vida planejando grandes ideais, arquitetando nas nuvens o que farão talvez um dia...
Sonhando alto e distante, cruzam os braços na omissão, desperdiçando o hoje, o agora.
Mais do que uma propriedade a ser defendida, nossa preciosa vida é um dom sagrado a ser repartido, partilhado, na mesa do amor, da amizade, no ofertório da alegria, da paz, da solidariedade.

COMPROMETER-SE COM O AMOR
Jonas Carvalho de Moraes, SJ


Noutro dia estava assistindo à missa e, de repente, durante a reflexão sobre a liturgia diária, o padre diz: “É preciso comprometer-se com o amor!”.

A frase despertou em mim vários pensamentos a respeito de como a palavra “amor” está tão desgastada atualmente. Tudo é amor! Amizade, companheirismo, namoro, casamento, sexo, “ficar”... O amor está tão banalizado!...

Mas qual será o verdadeiro sentido do amor? Será que é o verdadeiro amor que orienta nossas vidas e nossas escolhas?

É preciso comprometer-se com o amor!
Com o verdadeiro amor!

Quantas histórias conhecemos em nossas famílias, em nossos ambientes sociais e de trabalho, em nossas escolas, de pessoas que se amavam, selaram um compromisso de uma vida comum, baseada no amor e fidelidade e, de repente, acabou o amor; de outras que dedicaram a vida a alguma causa e a deixaram no meio do caminho; de carreiras promissoras em determinadas áreas que foram deixadas para trás por salários mais promissores ou posições sociais mais destacadas; de vocações religiosas que foram trocadas por instantes de prazer ou por bens materiais. Será que essas pessoas se comprometeram com o amor? O cotidiano nos oferece inúmeras alegrias instantâneas, apelos de prazer imediato, satisfação nos bens materiais e nas conquistas pessoais, poder...

Será esse o caminho para a realização pessoal, para a felicidade?

Aposte no amor! Simples, cotidiano, alegre, humilde... Amor com jeito de Jesus Cristo!

Não custa nada ter presentes as palavras de Jesus: “Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração”. Peça a Deus a Graça de perseverar no caminho do amor e comprometer-se com ele.

Acredite no amor! Invista no amor! Lá estará a sua felicidade!


Tempo de Natal
Lygia Fialho
Estamos festejando o Natal!
Uma data mais que especial
Quando o Menino Jesus desceu à terra;
E a beleza do Natal não se encerra
No encanto de Deus com a humanidade.
É a revelação maior de generosidade
Que chegou marcando o novo tempo.
É Deus que assume nosso sentimento
Que se faz pequenino, humilde, simples.
Que vem conviver com nossos limites
E apontar-nos o caminho da santidade.
Ele que é a estrela de maior luminosidade,
Que é maior que o sol, que é a própria luz,
Vem assumir nossa dor, a nossa cruz.
Vem com a doce e suave Mãe Maria
Acender a luz total em nosso dia,
Arrastar a nossa escuridão!
Preparemos, irmãos, o coração
Para viver o Natal com todo ardor.
Sejamos Natal também para o Senhor,
Preparemos a árvore, o presépio, a guirlanda.
Enchamos nosso tempo de esperança,
Com Maria e José, construamos novo Natal, nova Belém,
Para acolher Jesus no coração para todo o sempre. Amém!

sábado, 1 de novembro de 2008

EXTRA, EXTRA: JORNAL DECOLORES de NOVEMBRO!



Boletim Informativo do

Movimento de Cursilhos de Cristandade

Arquidiocese de São Salvador - Bahia

EDITORIAL

Novembro 2008

            O Movimento de Cursilhos de Cristandade realizou sua Assembléia Diocesana no dia 11, próximo passado, contando com a presença da recém eleita Coordenadora Regional, Raimunda Crispim (GED de Itabuna) e de 62 (sessenta e dois) participantes.

          A apresentação da nossa realidade foi pautada nos compromissos assumidos e cumpridos na Assembléia de 2007. Nessa avaliação, destacamos a formação das equipes para desenvolver as funções inerentes ao Movimento. Essa estratégia possibilitou o planejamento participativo, maior integração e comprometimento entre componentes das equipes.

         O Documento de Aparecida foi o fundamento do Julgar apresentado pela Coordenadora Regional.

         As ações a serem pensadas para o futuro, deverão ser embasadas no que nos solicita esse documento. Ainda no Julgar, e mais particularmente no que nos pede o carisma do Movimento, refletiu-se a necessidade de formação de Núcleos Ambientais em nosso contexto, e busca de alternativas para atender com mais eficiência e maior eficácia os jovens cursilhistas do GED Salvador.

          Convocamos todos que formaram o Movimento nessas quatro décadas, e que caminham conosco nessa trajetória, para JUNTOS, unindo forças, de espírito aberto e sem medo de inovar, possamos planejar e executar as propostas concretas que foram lançadas para o ano de 2009.

Aqui, os “AFLITOS” é o nosso LUGAR.

Lugar de reflexão, de estudo, de discussão, de decisão, de ação, de oração.

Lugar de ENCONTRO e de REALIZAÇÃO.

Lugar de MOVIMENTO.

          Peçamos a proteção da Nossa Mãe Santíssima e agradeçamos a Deus por intermédio do Filho e pela intercessão do Espírito Santo por estarmos hoje, comemorando 40 anos de Cursilho na Arquidiocese de São Salvador.

 

Um fraterno abraço,

 

Lucia Liguori

Coordenadora do GED

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MCC completa 40 anos em Salvador

Alfredo Oliveira

Estamos em ano jubilar!  São os 40 anos de implantação do MCC em Salvador!

      Como todos estamos acostumados a propagar, os Cursilhos de Cristandade oriundos da Espanha, foram introduzidos no Brasil em 1962, quando em Valinhos SP, foi realizado o 1º Cursilho Masculino.

 Nesse mesmo ano iniciou - se em Roma o CONCÍLIO VATICANO II, que proporcionou à Igreja no Brasil, um clima pastoral de renovação de expectativas e de esperanças. Havia então, um ambiente de otimismo, de acolhimento a iniciativas pastorais, as mais variadas, em muitas Dioceses deste país.

      É evidente que num contexto assim, o MCC encontrou campo propício para uma rápida expansão.

      Em Salvador o MCC foi introduzido em 1968, graças à iniciativa de D. Walfredo Tepe, então Bispo Auxiliar de D.Eugenio Sales, na Arquidiocese.

      Em 1967, D. Tepe reuniu um pequeno grupo formado por: ERWIN MORGENROTH, RENATO MESQUITA e BARAQUÍSIO LISBOA, entre os leigos, e mais o Pe HELENO MEDEIROS, Vigário da Catedral Basílica de Salvador, para ir a São Paulo fazer o 54º Cursilho Masculino de lá, e verificar a sua validade para a realidade da nossa Arquidiocese.

      A partir daí, sempre sob a orientação de D. Tepe e com a colaboração desse grupo inicial, outros irmãos, homens e mulheres, foram enviados a São Paulo, e começaram os preparativos para criar a infra-estrutura humana indispensável à implantação do MCC em Salvador.

      Em principio de 1968 já se contavam 12 (doze) homens que tinham feito Cursilho em São Paulo, e já se dispunha de um mínimo de condições para realizar um Cursilho Masculino com a ajuda de uma pequena equipe paulista.

      Assim, de 23 a 26/05/1968 foi realizado o 1º Cursilho Masculino em Salvador, tendo como Coordenador Sergio A. de Souza Camargo (SP).

      Após terem sido realizados os 02 (dois) primeiros Cursilhos Masculinos, foi dado início à realização de Cursilhos Femininos, com uma equipe inicial constituída de mulheres que também passaram por São Paulo, dentre as quais estavam: ELISA DOS PASSOS, RUTE MESQUITA, CAROLINA SENTO-SÉ e CARMEN AZEVEDO  que contaram ainda com a ajuda de um pequeno grupo de lá.

      O 1º Cursilho Feminino de Salvador foi realizado de 03 a 06/12/68 coordenado por Mariana de Souza Camargo (SP).

      A partir daí, o Cursilho se foi consolidando na Arquidiocese, e se estruturou a ponto de ser o “marco inicial” para a expansão para outras Dioceses da Bahia e de todo o Nordeste, tais como as Arquidioceses de Olinda e Recife, de Teresina e de Aracajú.

      Mas foi a ala feminina do MCC de Salvador, que mais desenvolveu sua vocação missionária, levando o Movimento para outras Dioceses, sob a liderança de CARMITA OVERBECK.

      CARMITA foi a grande mensageira do GED de Salvador a espalhar o MCC por todo o Nordeste.

      Foram cerca de 20 Dioceses dos Estados da BAHIA, PIAUÍ, PERNAMBUCO, SERGIPE, ALAGOAS, RIO GRANDE DO NORTE e CEARÁ a receberem a ação evangelizadora de CARMITA, através do MCC.

      Mas é de justiça lembrar, também, que muitas outras pessoas - homens e mulheres - na medida em que foram solicitadas, e dentro de suas possibilidades, deram sua contribuição para que o Movimento de Cursilhos se espalhasse, se ramificasse e/ou consolidasse nas Dioceses da Bahia e do Nordeste.

      Para nós de Salvador, são 40 anos de muito esforço, muita luta e dedicação, para procurar realizar os objetivos do MCC.

      Muitos foram os momentos de êxitos e - porque não assumir? - também de fracassos, tensões e dificuldades.

      Mesmo assim, temos muitas razões para agradecer a Deus pelos inúmeros benefícios que o MCC tem proporcionado a milhares de pessoas iniciadas ou renovados em sua fé, através dele e que, como tal, se fazem fermento em seus ambientes.

      A luta continua. Vamos nos preparar para contribuir cada vez mais, para que o Movimento cumpra seu objetivo e seu Carisma de buscar Evangelizar os Ambientes, através dos Núcleos Ambientais.

 

Que assim seja!

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CAMINHANDO COM O SENHOR

Lygia Fialho

 

O Cursilho representa para mim

O princípio, o meio e o fim,

De uma caminhada de fé com o Senhor.

Deu sentido pascal à minha dor,

Fez-me encontrar em tudo a alegria.

Encantar-me com a palavra de Deus; sua magia.

Despertou em meu viver um novo ser.

Aprendi pouco a pouco a compreender

Que tudo tem sentido, depende de nossa vontade,

Se como Maria entregamos nossa liberdade,

Àquele que tudo pode transformar.

Ao utilizar o método ver, julgar, agir, avaliar.

Vamos construindo uma crítica consciência,

Acolhendo os critérios de Deus, e a paciência.

Que Ele tem tido para ajudar-nos a crescer.

Ao apreciar com nitidez o nosso ver,

E julgando com os critérios do Senhor,

Conseguimos colocar o missionário ardor,

Necessário para chegar a um correto agir.

O Cursilho ajudou-me a construir

Uma criatura totalmente diferente,

Um ser que na Palavra de Deus, tão somente,

Encontrou novo ânimo para se reestruturar.

Hoje, com a maior alegria, posso afirmar.

Que no Cursilho encontrei a verdadeira vida,

E com a alma completamente agradecida

Faço, após 36 anos de caminhada, meu louvor,

Ao movimento que me fez encontrar, profundamente,

 

Jesus Cristo o meu libertador!
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Feliz Aniversário

 João Elias Mattos Correia

Rep. Jovem Reg. NE III

          Festejar aniversário, comemorar a cada ano que se passa o nascimento, o surgimento, a descoberta, ou ainda o aparecimento de algum acontecimento. É justamente isso que a Arquidiocese de São Salvador está a festejar neste ano de 2008. A primeira capital brasileira está celebrando o 40º aniversário de implantação do Movimento de Cursilhos de Cristandade na sua igreja.

          Quarenta anos de peregrinação e que para mim teve como um de suas principais obras, o fato de ser o GED de Salvador responsável pelo nascimento desse movimento tão abençoado em minha terra natal. GED este, que nos primeiros anos de atividade evangelizadora, acolheu alguns poucos peregrinos ilheenses que saíram de seus lares em direção a terras soteropolitanas para serem formados e transformados em líderes e que em 1971 foram os responsáveis pela realização do 1º Cursilho da Diocese de São Jorge dos Ilhéus.

          No decorrer dessa caminhada estou certo que muitas outras conquistas foram alcançadas para o reino de Deus através dos irmãos e irmãs em Cristo que passaram e permanecem neste GED se dedicando e trabalhando arduamente no esforço de cada vez mais arrebanhar operários para a messe divina. Cursilhistas de coração, como Carmita Overbek a qual tive o prazer de conhecer num retiro de silêncio que ministrou para os GED de Ilhéus e Itabuna no ano de 2007.

          Mais uma grande vitória que considero ter sido obtida pelo movimento de cursilhos na cidade de Salvador, foi justamente neste ano em que comemora 40 anos de vida, a realização do seu primeiro cursilho específico para jovens, onde tive a oportunidade de participar e presenciar a preparação e formação de 29 jovens que tiveram a graça de ver de perto a face de Nosso Senhor Jesus Cristo num retiro de muita espiritualidade e alegria fraterna.

         

          Desejo a todos os queridos irmãos e irmãs cursilhistas soteropolitanos, um feliz aniversário e peço a Deus, a São Paulo nosso patrono e a Nossa Senhora Aparecida nossa mãe, que continue a derramar bênçãos sobre essa Arquidiocese para continuarem perseverantes na estrada de Jesus. Cristo continua contando com vocês e promete permanecer enviando suas graças. 

Saudações Decolores a todos. 


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Comitiva do GED de Salvador-Ba


Lúcia, Ney, Nydia, Noyte, Gedevaldo, Aloísio, Carmeci, Angélica, Juvenal e os jovens Ritinha, Sheila e Marquinhos, juntamente com Simão.

XXVI Assembléia Regional NE III

Missa do sábado organizada pelo GED de Salvador-Ba.

Boletim Informativo - setembro 2008

Boletim Informativo do

Movimento de Cursilhos de Cristandade

Arquidiocese de São Salvador


Editorial - SETEMBRO 2008


Queridos irmãos e irmãs,


O MCC nos convida a exercer a essência da sua denominação: Movimento.

Sair de si mesmo, deixar seu centro de identidade e buscar a referência da vida em caminho, no ir e vir das experiências cotidianas, completando-se e complementando-se no exercício de crescimento e abertura com os irmãos, em nossos ambientes. Isso significa estar em Movimento.

O Documento de Aparecida nos alerta que “a partir dos três eixos fundamentais de toda a vida humana – a pessoa, a comunidade e a sociedade,dinamismo de libertação integral, de humanização, de reconciliação e de inserção social”. a missão da Igreja deve considerar conforme o seu rico magistério social, que não podemos conceber uma oferta de vida em Cristo sem um

Nosso MCC, comprometido com a construção do Reino do Senhor, nos propõe tarefas prioritárias de ação evangelizadora: suscitar cuidado especial para com a Família enquanto sacramento do amor, levando em conta as Pessoas que a constitui (crianças, jovens, idosos...) e a Vida (comunidade) em seus diferentes contornos.

Sejamos sujeitos ativos para desempenharmos como cristãos comprometidos, essas tarefas a nós confiadas.


Um fraterno Abraço Decolores.


Lucia Liguori
Coordenadora do GED

CARTA DO ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC - AGOSTO/2008

Pe. José Gilberto Beraldo

“Senhor, que queres que faça?” (At 22,10). “Eis porque não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos do seu chamado (vocação) e, por seu poder, vos leve a realizar todo o bem que desejais fazer e a obra da vossa fé” (2 Ts 1,11).


Amados irmãos e irmãs, chamados à santidade pela bondade e misericórdia do nosso Deus!

No Mês de agosto a Igreja no Brasil celebra o Mês das Vocações. Vocações sacerdotais, vocações para religiosos e religiosas, consagrados e consagradas e vocações laicais. Por feliz coincidência, nesse ano também, estamos celebrando o Ano Santo Paulino, aberto solenemente no dia 28 de junho pelo Papa Bento XVI, lembrando os dois mil anos do nascimento de São Paulo, o grande vocacionado, discípulo e missionário. Não é aqui o lugar de tratarmos de peregrinações em honra de São Paulo ou das indulgências concedidas aos fieis em determinadas circunstâncias. Sob a ótica da “vocação”, proponho que reflitamos brevemente sobre dois pontos fundamentais: a vocação de São Paulo, sua conversão para o discipulado e seu zelo missionário pelo Reino de Deus, e a vocação de cada cristão e cristã e suas conseqüências para os Movimentos e Comunidades eclesiais.

1. Paulo, chamado para ser discípulo e missionário – Os textos tanto dos Atos como o de Paulo aos Tessalonicenses acima citados são a própria fotografia de Paulo: não só foi digno da vocação a que foi tão inesperadamente chamado pelo Senhor, a quem ele teimava em perseguir na pessoa dos seguidores de Jesus, como, depois de indagar “Senhor, que queres que eu faça?”, realizou “todo o bem que desejou e fez a obra de sua fé” dando uma resposta, não só generosa, mas incondicional e radical ao apelo de Deus. Para seguir Jesus e ser seu discípulo, muito mais que barcos velhos e redes remendadas, Paulo renunciou a posições privilegiadas na sociedade de então, pessoa que era da confiança dos grandes da coorte e do Templo de Jerusalém. A partir dessa conversão definitiva, todos sabemos quem foi Paulo e conhecemos a obra que, com a graça de Deus, ele realizou. Nele, que abandonou os “caminhos de Damasco” deixando para trás o nome de Saulo, isto é, abandonou os caminhos do ódio, da violência, da vingança e da perseguição, encontramos fielmente reproduzidos os caminhos que o nosso Documento de Aparecida nos pede: um encontro pessoal com Jesus; ardor apaixonado experimentando a alegria indescritível em levar os demais para esse mesmo encontro[1]; conversão para o discipulado e para uma doação missionária sem fronteiras. A você, meu irmão, minha irmã, cabe a decisão: ou continuar no “caminho de Damasco” ou buscar os caminhos que o levarão ao encontro com o próprio Jesus Cristo, nosso verdadeiro Caminho, nossa única Verdade, nossa autêntica Vida! São Paulo Apostolo, autêntico discípulo e generoso missionário, rogai por nós!

2. A vocação do cristão, seguidor e missionário de Jesus – Talvez nenhum de nós tenha experimentado da mesma maneira que São Paulo o tremendo impacto da conversão vivido por ele no caminho de Damasco. Mas, através do olhar e do sentido comum da fé, sabemos que Deus nos chamou no momento do batismo e continua a nos chamar nas diferentes circunstancias da nossa vida e nos diversos acontecimentos da história. Se, então, ainda, não tínhamos consciência desse chamado, agora sim, como Paulo, podemos responder generosamente: “Eis-me aqui, Senhor, que queres que eu faça”? São nossos Pastores, em Aparecida, que nos advertem: “Como discípulos e missionários, somos chamados a intensificar nossa resposta de fé e anunciar que Cristo redimiu todos os pecados e males da humanidade, “no aspecto mais paradoxal de seu mistério, a hora da cruz”. O grito de Jesus: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?” (Mc 15,34) não revela a angústia de um desesperado, mas a oração do Filho que oferece a sua vida ao Pai no amor para a salvação de todos[2]. É mais do que hora de ouvirmos a voz do Espírito de Deus que nos chama à santidade, que clama pela urgência de sairmos dos braços cruzados da acomodação, de abandonarmos os laços traiçoeiros da preguiça, de libertar-nos das terríveis cadeias da indiferença: “A Igreja necessita de forte comoção que a impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem dos pobres do nosso Continente. Necessitamos que cada comunidade cristã se transforme num poderoso centro de irradiação da vida em Cristo. Esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente; esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança. Por isso, é imperioso assegurar calorosos espaços de oração comunitária que alimentem o fogo de um ardor incontido e tornem possível um atrativo testemunho de unidade “para que o mundo creia” (Jo 17,21)[3]. É mais do que hora de nos lançarmos no caudaloso rio da história contemporânea no qual estamos imersos para ali fazer presente a mensagem libertadora de Jesus. Que não digam de nós os que vierem depois de nós que, por nossa omissão, esse tempo da história passou sem Cristo! São Paulo Apóstolo é o nosso exemplo e mestre na ousadia da paixão missionária.

3. A vocação dos Movimentos eclesiais na América Latina – A conversão de São Paulo e sua vocação, bem como a conversão de cada cristão devem levar-nos a refletir sobre a conversão dos nossos Movimentos e Comunidades eclesiais pelo simples fato de serem formados por aqueles mesmos cristãos e cristãs vocacionados para o seguimento de Jesus e para a anúncio de sua mensagem. Permitam-me citar, aqui, especificamente, o Movimento de Cursilhos, do qual São Paulo Apóstolo foi declarado Patrono pelo Papa Paulo VI, na Ultréia Mundial de 1966. E o foi precisamente pelos aspectos sugestivos de sua conversão e de sua resposta imediata e generosa ao chamado de Deus. E em que pontos deveriam os mesmos Movimentos e Comunidades eclesiais – todos, sem exceção - converter-se? Voltemos mais uma vez ao Documento de Aparecida que, hoje, constitui-se no documento pastoral mais importante para toda a Igreja na América Latina e no Caribe. Lá está, com todas as letras: “Esta firme decisão missionária deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais de dioceses, paróquias, comunidades religiosas, movimentos e de qualquer instituição da Igreja. Nenhuma comunidade deve se isentar de entrar decididamente, com todas suas forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé” [4]. Nenhum Movimento, portanto, ou Comunidade eclesial, ainda que sempre respeitosos ao seu carisma e objetivos, estão isentos dessa convocação. Todos encontrarão, com certeza, os melhores caminhos para responder a este apelo crucial de nossa Igreja que ousa afirmar: “Necessitamos de um novo Pentecostes”! [5]. Não é só um desafio para uma simples adaptação e, sim, para uma verdadeira conversão e renovação pastoral de Movimentos e Comunidades se quiserem ser fiéis à voz do Espírito Santo; ser fiéis à vocação para a qual foram chamados. Que a valiosa intercessão de São Paulo, Apóstolo e Missionário, sobretudo neste Ano Paulino, alcance do Senhor Jesus para todos nós, a graça da conversão pessoal e pastoral! Deixo a todos meu abraço fraterno sob o manto de Maria, a primeira discípula evangelizadora! Pe. Beraldo

Notícias Decolores - XXVI Assembléia Regional NE III - BA e SE

No período de 22 a 24 de agosto próximo passado, realizou-se na cidade de Ilhéus, a XXVI Assembléia Regional NE III.

A Assembléia foi agraciada por Deus e pela presença permanente da Nossa Mãe Aparecida. Contou também com o exercício missionário evangélico de Pe. Beraldo e de P e. Pedro, respectivamente, Assessores Nacional e Regional, além de mais seis Assessores Diocesanos dos GED. Nessa oportunidade, foi criado e empossado mais um Grupo Executivo da Diocese de Eunápolis - BA. Nosso irmão e querido Simião, despediu-se das funções de Coordenador Regional com uma mensagem de despedida plena de fundamentos de fé e permeada de sentimento sincero e coerente com seu testemunho de vida, o que permitiu emocionar todos os presentes.

Foi eleita a nova Coordenação para o período 2008 - 2011, constituída por Raimunda Crispim (GED Itabuna) Coordenadora, e Jairo (GED Ilhéus) Vice-Coordenador. Para a Assessoria Eclesiástica, a lista tríplice foi formada por: Pe. Pedro Vital (Lagarto-SE), Pe. Antonio (Aracaju-SE) e Pe. João Oiticica (Ilhéus). Pedimos orações para o novo exercício da Coordenação Regional.


A nossa Assembléia Diocesana - GED Salvador será realizada no dia 11/10/2008, sábado, das 08h30 às 17h00, no Seminário Central São João Maria Vianney, Av. Cardeal da Silva, 205, Federação. É importante a sua presença, pois é o momento de reflexão e de tomada de decisões dos caminhos e ações para o próximo ano do MOVIMENTO. Convocamos todos os cursilhistas a se inscreverem na Igreja dos Aflitos até o dia 25/09, para que possamos organizar e oferecer um bom e proveitoso encontro. A taxa de inscrição é de R$ 10,00 (dez reais) para as despesas do lanche, almoço e material a ser utilizado. PARTICIPE!

domingo, 31 de agosto de 2008

Boas Vindas

Mensagem de boas vindas aos nossos jovens cursilhistas

É com muita satisfação que desejamos Boas Vindas aos novos Cursilhistas Jovens que participaram do 1º Cursilho para Jovens da Arquidiocese de Salvador nos dias 11, 12 e 13 de Julho/2008:

Alessandra Thomé, Alexandre Fialho, Caique Leda, Camila Alpoim, Camila Azevedo, Carleinda Galvão, Carleíta Galvão, Catharina Pedreira, Cláudia Albagli, Emídio Neto, Gabriel Oliveira, Gabriela Fialho, Georgeton Sales, Giulliana Rehem, Herbert Luís, José Maurício Venâncio, Laíssa Liguori, Malena Barbosa, Maria Bonfim, Mariana Cajueiro, Mateus Fialho, Rafael Azevedo, Rafael Fialho, Tatiane de Azevedo, Thiago Skowronski, Thiara Freitas, Thiza Negreiros, Uendel Vieira e Veridianne Silva.

Todos nós cursilhistas esperávamos muito por este momento, e a partir de agora temos uma missão de manter viva a chama de Jesus Cristo em nossos corações e principalmente espalhar esta luz em nossos ambientes.

Queridos irmãos Decolores, já recebemos o nosso chamado, agora é a hora de mostrar o Cristo que foi Jovem e que se encontra em nossos corações ardentes. Pois já dizia a canção: “É como a chuva que lava, é como fogo que arrasa, tua palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal”.

A nossa caminhada não será só de rosas, porém também não será somente de espinhos, a única certeza que temos é que o nosso Guia é o Caminho, a Verdade e a Vida. E vivendo a graça, a cada dia, de sermos Cristãos comprometidos, teremos a certeza de que encontramos o verdadeiro sentido para nossas vidas e estamos seguindo no rumo certo. Assim como vocês encontraram nestes dias a Luz Divina, esperamos que também sigam a instrução do tema deste Cursilho

“Ide, pois, fazer discípulos” Mt 28,19.

Marcos Eduardo Gama (Marquinhos)

CARTA

CARTA DO ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC - JULHO/2008
Pe. José Gilberto Beraldo

“Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de orar sempre, sem nunca desistir” (Lc 18, 1).

Meus amados irmãos e irmãs, amigos permanentemente unidos na e pela oração:

Neste mês, proponho-lhes tratar de um assunto essencial para a vida cristã. Trata-se da “oração”. O que é oração? Como é rezar? Quando rezar? Inspirado num texto do Pe. Antonio José de Almeida, em “O Pão Nosso de cada dia”, ofereço-lhes, entre tantas outras existentes, uma singela reflexão sobre o tema. São Mateus conta que, ao ensinar seus discípulos a rezar, Jesus lhes diz que não são necessárias muitas palavras. Orar “usando muitas palavras” é coisa de pagãos, diz Jesus. E mais: orar “em posição de serem vistos pelos outros”, isto é, somente para aparentar devoção, isso é coisa de hipócritas, afirma o Mestre. E lhes ensina o Pai Nosso como modelo da oração perfeita (Mt 6,7-15). Portanto, tendo como inspiração e origem na oração perfeita de Jesus, proponho um caminho ou uma definição da oração em dez pontos. Assim, orar:

Primeiro – É reconhecer que Deus é Pai. Portanto, sendo Pai é o princípio de minha vida. É reconhecer que Deus é meu criador, mas, sobretudo, meu libertador das trevas que me envolvem pelo pecado e meu condutor para a fonte da luz da vida, que é Ele mesmo. Por isso, e ao mesmo tempo, Deus é meu fim, meu ponto de chegada. Ou seja, é o encontro final da minha vida. Final não quer dizer somente na “hora da morte”. Poderia parecer estranho, mas é assim mesmo: esse encontro que dizemos “final”, já tem início agora, no momento que, batizados, somos enxertados, pela graça, na vida divina. Ou seja, na vida eterna. Dizem os teólogos que a graça de Deus que nos é infundida no batismo é a “vida eterna já iniciada”! E Jesus mostra a razão de sua vinda para o meio de nós: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Que mais queremos?

Segundo – É reconhecer a mim mesmo como um ser limitado diante de Deus que é infinito, ilimitado, sem fronteiras (como, por exemplo, a doença, as fraquezas, a morte, etc.). Mas, mesmo limitado, fraco e carente, eu me reconheço radicalmente aberto ao infinito, Àquele que é perfeito e santo. É de Santo Agostinho a seguinte afirmação falando das aspirações da pessoa humana: “O meu coração anda inquieto enquanto não repousar em Ti, Senhor!”. O próprio Jesus provoca nossa sede do infinito quando diz: “Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).

Terceiro – É colocar-me diante de Deus, vendo nEle, como num espelho, a minha própria face. Pois eu sou dEle a “imagem e semelhança” (Gn1, 26-27). Oração, portanto, é fonte de gozo, de alegria e de esperança: gozo, porque vivo feliz sendo imagem e semelhança de Deus, para Ele mesmo, para mim e para os outros; alegria, porque quem me vê, poderá ver em mim o rosto de Deus, e esperança, pois sei que, mesmo cheio de defeitos e rugas na minha face humana, posso buscar durante toda a minha vida a perfeição do rosto de Deus.

Quarto – É dialogar com Deus como o filho faz com seu Pai ou com sua Mãe. Afinal, Deus é Pai e Mãe, já nos ensinava o Papa João XXIII. No diálogo o Pai se aproxima de mim e eu dEle; dirige para mim o seu olhar de ternura, me chama de seu filho, dizendo que me ama...às vezes até pergunta por onde eu andei, que foi que eu fiz longe dEle, do seu coração, distante do seu abraço. E eu, olhando nos seus olhos, posso dizer a Ele que, apesar da minha ingratidão, do meu distanciamento, bem que eu estava ansioso para voltar para a casa paterna, ganhar uma roupa nova, um anel para pôr no dedo, ser acolhido na mesma mesa de família, saciar minha fome de carinho e ternura no abraço paterno!

Quinto – É buscar a intimidade de Deus e usufruir dessa intimidade. O diálogo com o pai não admite disfarces ou dissimulação. O diálogo é sincero, aberto, com simplicidade e muito carinho. São Paulo diz que recebemos o “Espírito que, por adoção, nos torna filhos, e no qual clamamos” ‘Abbá, Pai’ (Rm 8,16). “Abbá” é palavra hebraica e significa “paizinho”, simples assim, na intimidade. Mais ainda, o mesmo São Paulo diz que “se somos filhos, somos também herdeiros”. O herdeiro entra livremente na casa do pai,trata com ele dos seus “interesses”, de suas preocupações, at. Assim deveria ser nossa oração: intimidade, ternura, liberdade de falar ao Pai e de ouvi-lo. Jesus, em muitas ocasiões, ao conversar com o Pai, chama-o de “Abbá, Pai”!

Sexto - É dizer ao Pai que eu quero ser autêntico, com humildade e sem fingimento colocando-me no lugar daquele publicano que ficou “à distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador’! e não assumir a atitude do fariseu que, de pé, se vangloriava de suas pretensas “virtudes” (cf Lc 18,10-14).

Sétimo - É declarar a minha fé diante do Pai e manifestá-la ao meu próximo, sendo essa oração, ao mesmo tempo, pedir insistentemente como um filho ao pai, repetindo uma, duas, mil, dez mil vezes: “Senhor, eu creio, mas ajuda-me na minha falta de fé!” (Mc 9,24). Assim fez aquele homem que pediu a Jesus para que curasse seu filho possuído por um espírito mau. Do mesmo modo pediram os apóstolos a Jesus depois que este lhes ensinou a perdoar o irmão pecador: “Aumenta a nossa fé”! (Lc 17,5).

Oitavo – É entrar em comunhão com Deus e com os irmãos, buscando torná-la concreta em nossa vida. Ao orar, entrando na intimidade do Pai, trazemos conosco não só a nossa pessoa, os nossos anseios, as nossas carências e as nossas esperanças, mas trazemos, também, a vida dos nossos irmãos e irmãs. Oração não é abandonar sua condição de criatura ou tirar os pés do chão da vida. Mas é apresentar-se diante do Pai como os seres-em-relação que somos: relação com o mundo, relação com os outros, relação com Ele. Em suma, é viver intensamente a comunhão. A “vida eterna” que recebemos no batismo, leva-nos a reparti-la com nossos irmãos e nos faz co-participantes da divindade de Jesus: “Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho que se dignou assumir a nossa humanidade” (Liturgia do ofertório da missa no momento da mistura da gota d’água com o vinho a ser consagrado).

Nono – É pedir com insistência, alimentando a certeza de se obter tudo o que se pede. Em muitas ocasiões Jesus fez referencia ao poder da oração suplicante e perseverante. Uma, em especial, deveria ser referência para a nossa oração: “Por isso, vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes, e vos será concedido” (Mc 11,24).

Décimo – É abandonar-me nas mãos de Deus, disposto a fazer a sua vontade, isto é, a identificar-me com seu Filho e agir como Ele: ‘Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua!”(Lc 22,42). Assim também ele nos ensinou a rezar: “Seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra” (Mt 6,10). E, como modelo e inspiração de oração, sirva para todos nós a “Oração do abandono” do Irmão Carlos de Jesus (Charles de Foucauld):

Meu Pai, eu me abandono em Ti. Faze de mim o que quiseres. Por tudo o que fizeres de mim, eu Te agradeço. Estou disposto a tudo, aceito tudo, contanto que a Tua vontade seja feita em mim, em todas as tuas criaturas. Nada mais desejo, meu Deus. Ponho a minha alma nas Tuas mãos, entrego-a a Ti, meu Deus, com todo o ardor de meu coração porque Te amo. E é, para mim, uma necessidade de amor dar-me e entregar-me nas Tuas mãos sem medida, com infinita confiança porque Tu és meu Pai. Amém!


Sempre unidos na oração e pela oração, deixo-lhes um forte abraço fraterno. Do irmão e amigo,

Beraldo