sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DECOLORES OUTUBRO 2009

Nossa Missão
A missão da Igreja é evangelizar!
Somos todos convocados a anunciar
O Evangelho do Reino que é Jesus
Animados pelo Espírito Santos, somos luz,
Caminho também de vida e de Verdade!
Vamos com audácia e fidelidade
Repensar profundamente na missão.
Reconhecendo que não se começa a ser cristão
Por uma decisão ética ou grande idéia.
Deveremos aproveitar as assembléias
Para apresentar aos irmãos propostas novas,
Revelando aos fiéis a grande prova:
Revitalizar a novidade do Evangelho,
Despertando discípulos missionários para o compromisso sério,
Que não depende de grandes programas e estruturas.
A partir de Cristo, somos novas criaturas,
Anunciemos Cristo na gratuidade,
Na generosidade do Senhor para conosco
Assumamos seu jeito, seu olhar, seu rosto,
Com todo amor empenhemo-nos na missão:
Ver, Julgar, agir, assumir nossa vocação!

Um abraço decolores.
Lygia Fialho Equipe do GED Salvador


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CARTA DO ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC – OUTUBRO/2009
Pe. José Gilberto Beraldo

“De fato, “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Ora, como invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele que não ouviram? E como o ouvirão, se ninguém o proclamar? E como o proclamarão se não houver enviados? Assim é que está escrito: “Quão bem-vindos os pés dos que anunciam boas novas” (Rm 10, 13-15).
Meus muito amados irmãos e irmãs, e perseverantes leitores,

Que possamos todos responder à vocação missionária para a qual nos suscita o mandato de Jesus! No passado mês de setembro, o mês da Bíblia, a Palavra de Deus foi celebrada pela Igreja católica no Brasil. Neste mês de outubro somos convidados a conscientizar-nos sobre a missão que nos cabe de anunciar essa mesma Palavra em todas as situações e circunstâncias de nossa vida. Estamos no mês das Missões. Por conta de uma tradição secular, muitos ainda julgam que as missões dizem respeito somente àqueles e àquelas que deixam suas famílias e, até, sua pátria para catequizar povos pagãos e, assim trazê-los para a Igreja católica. Entretanto, nos dias de hoje, quase todos os católicos já possuem consciência mais clara de que a responsabilidade missionária é inerente ao próprio batismo e que não é necessário abandonar a vida normal para responder à vocação para o anúncio da Palavra de Deus.

1. A intenção missionária. - De fato, assim se expressa a intenção missionária para este mês: “Para que o povo de Deus que recebeu de Cristo o mandamento de ir pregar o evangelho a todas as criaturas, assuma com empenho a responsabilidade missionária e a considere como o maior serviço que pode prestar à humanidade”. São Paulo, na Carta aos Romanos, acima citada, afirma a necessidade da proclamação da mensagem da salvação através de enviados que, por sua palavra, suscitem a fé no Senhor. Imediatamente abaixo, no mesmo capítulo, lê-se: “Logo, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo”. Enviados, pois, não são apenas os apóstolos escolhidos pelo próprio Jesus, mas todos os seus seguidores e discípulos. E, hoje, na América Latina, temos não só reconhecida como, sobretudo, aumentada a responsabilidade de todos os católicos, o povo de Deus, no sentido de “saírem” e “irem” anunciar a Palavra de Deus, tanto pela palavra como pelo testemunho de vida. Para isso nos estimula o providencial Documento de Aparecida pelo Espírito Santo inspirado aos nossos Pastores.

2. A “missão” e “o missionário” no Documento de Aparecida - O DA aspira, respira e transpira “missão”, pois a intenção central de todo o DA é a de enfatizar a missão do discípulo. Já o lema da V Conferência do Episcopado Latino americano e Caribenho (maio de 2007, em Aparecida, Brasil), expressa claramente essa intenção: “Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nEle nossos povos tenham vida”. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Os números testemunham a importância dada no corpo do DA às expressões “missão” e “missionário”: enquanto, em diferentes contextos, “missão” aparece 95 vezes, “missionário” ou “missionária” são citados 150 vezes. Essas expressões se encontram especialmente nos Capítulos VI da Segunda parte - “Caminho de formação dos discípulos missionários”- e em toda a Terceira parte - ‘A Vida de Jesus Cristo para nossos povos”.

Em todas essas referências notamos a ampliação das dimensões da missão e do missionário abrangendo um leque muito maior do que aquela noção que deles alimentávamos, até há algum tempo. O DA abre horizontes missionários para o mundo do momento presente e lança os missionários para o momento futuro. Um futuro que nos parece distante, mas que, quase que sem que nos demos conta, efetivamente já começou pois, dada a celeridade dos acontecimentos, parece-nos viver num mundo virtual. Para nosso conhecimento, reflexão e compromisso, quer como cristãos, quer, sobretudo, como participantes de algum movimento ou comunidade eclesiais, apresento apenas duas daquelas referências que penso serem suficientes. a) Acenando à vocação missionária do leigo desde o seu batismo, assim se expressa o DA: “Sua missão própria e específica se realiza no mundo, de tal modo que, com seu testemunho e sua atividade, contribuam para a transformação das realidades e para a criação de estruturas justas segundo os critérios do Evangelho” (DA 210). Essa orientação do DA repete, quase que literalmente, a mesma da Exortação Apostólica “Vocação e missão do leigo na Igreja e no mundo” do Papa João Paulo II em seu número 31. Encontram-se aqui duas dimensões da mesma missão: a pessoal, facilmente compreensível e a comunitária, nem sempre posta em prática porque nem sempre bem entendida e, muito menos, sadiamente interpretada. Para nos ajudar nisso, ninguém melhor do que o nosso Pastor Bento XVI, que, ainda muito recentemente (26 de maio de 2009), solicitou às centenas de fiéis presentes à abertura do Congresso Diocesano de Roma, na Basílica de São João de Latrão, que “criem grupos missionários nos seus locais de trabalho já que é nestes ambientes que passam a maior parte do dia”. Do mesmo modo, exortou-os também a “assumir um renovado espírito missionário com a finalidade de manifestar o amor de Deus aos homens e mulheres”. Pergunta-se: ainda precisamos de mais explicações sobre o que sejam “pequenas comunidades de fé nos ambientes”? Aliás, ainda que evidenciando-se algumas nem sempre corretas interpretações, a dimensão missionária é um dos constitutivos do carisma original de alguns movimentos e comunidades eclesiais como, por exemplo, do Movimento de Cursilhos que, na sua definição, promete “fermentar de evangelho os ambientes” através de “núcleos de cristãos” neles inseridos. b) Ao referir-se expressamente aos “movimentos eclesiais e novas comunidades”, afirma o DA: “Os novos movimentos e comunidades são um dom do Espírito Santo para a Igreja. Neles, os fiéis encontram a possibilidade de se formar cristãmente, crescer e comprometer-se apostolicamente até ser verdadeiros discípulos missionários” (DA 311). Que responsabilidade tão enorme pesa sobre os nossos movimentos e comunidades qual seja a de ajudar a formação de seus participantes até “serem verdadeiros discípulos missionários”! Diante dessa proposta do DA é preciso insistir veementemente que não basta aliciar discípulos de Jesus. É obrigatório levá-los à consciência do seu ser missionário.

Meus queridos irmãos e irmãs: aproveitemos a oportunidade que o Senhor nos oferece neste mês de outubro, o Mês das Missões para renovar nosso espírito missionário e, de novo, deixar que nosso coração se inflame pela causa do Reino de Deus! Deixo a todos um forte e carinhoso abraço para todos implorando as bênçãos de Deus.


Padre José Gilberto Beraldo
Assessor Nacional do MCC


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FOGO MISSIONÁRIO
Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ


“Eu vim lançar fogo à terra, e o que mais posso desejar a não ser que ele queime?” (Lc 12, 49).

O fogo da sarça ardente, o amor de Deus por nós não se consome jamais! O Espírito Santo manifestou-se por línguas de fogo no dia de Pentecostes. Ele deu aos discípulos uma sabedoria corajosa, que os fez sair proclamando com entendimento as Sagradas Escrituras. Esse fogo recebido é o batismo do Espírito. Em 1673, Santa Margarida Maria viu o Coração de Jesus envolto em chamas. É por isso que na ladainha do Sagrado Coração nós O invocamos como “fornalha ardente de caridade”.

Pedimos a Jesus que Ele faça o nosso coração semelhante ao dele, incendiando-o de sincera caridade. O Pe. Teilhard de Chardin, cientista e místico jesuíta, rezou: “Fechai-me, Senhor, nas profundezas das entranhas do vosso Coração. Quando aí me tiverdes, incendiai-me, purificai-me, abrasai-me, sublimai-me, até a perfeita satisfação do vosso gosto, até a mais completa aniquilação de mim mesmo”.

Que tem a ver esse fogo com o mês de outubro, mês missionário?

O fogo é símbolo do ardor com que nos lançamos à missão. Somos missionários de Cristo e não de nossos interesses. O fogo que arde em nossos corações e que deseja incendiar o mundo de amor vem do Coração de Jesus. É deste fogo que o mundo precisa, e não do fogo das bombas, metralhadores, ódio ou injustiças.

Impulsionados pelos bispos e pelos papas João Paulo II e Bento XVI, somos convidados a ser discípulos missionários com um novo ardor apostólico.

Inflamados na chama do Coração de Jesus, nós, associados (as) do Apostolado da Oração, queremos ajudar a lançar fogo no mundo, as chamas do amor, da misericórdia e da paz! Deus nos convida a anunciar ao mundo a loucura de seu AMOR, o amor apaixonado ao Sagrado Coração de Jesus.

“Eu vim trazer fogo à terra, e o que mais posso desejar a não ser que ele queime?”

Que queres que eu faça por ti?
André Bressane de Oliveira, SJ

No dia 18, ouviremos Jesus perguntar “O que quereis que eu vos faça?”
Ora, essa pergunta é forte, afinal, para respondê-la, é preciso que saibamos o que realmente queremos. E isso é muito difícil, pois nossas vontades estão sempre misturadas: Junto com os bons desejos aparecem desejos egoístas, vaidosos... O que é normal! Vejam só o que aconteceu com os discípulos.
Enquanto Jesus está dizendo que sofrerá muito e será morto, mas ressuscitará depois de três dias, os discípulos estão pedindo os lugares mais importantes. Será que a força desse pedido vem de uma vida de entrega e da confiança em Jesus ou do egoísmo, da vaidade e do desejo pelo poder? A resposta de Jesus desmascara isso quando diz: “Não sabeis o que estais pedindo”. A oferta de Jesus é que vivamos inspirados nele, possa é a vida dos santos (e todos nós somos chamados a ser santos!).
Toda recompensa já está dada na própria vida cotidiana baseada no serviço amoroso e generoso. E já que o pedido dos apóstolos não tomava esta via, Jesus não pôde atendê-lo. Precisamos prestar atenção nos nossos desejos. Não podemos achar que vamos rezar e trabalhar na Igreja, sem mais. Nossos desejos estão sempre presentes e misturados. Assim, torna-se muito importante deixar que a pergunta de Jesus entre na nossa vida e limpe um monte de desejos superficiais e motivos falsos para florescer aquilo que importa: Viver o amor.
Por isso, em vez de ficarmos por aí multiplicando tantas palavras, fazendo pedidos superficiais e dando importância ao que não tem tanta assim, vamos aproveitar este Evangelho e permitir que a pergunta de Jesus preencha nossa vida: “O que você quer que eu faça?”. Depois, poderemos dizer-lhe aquilo que brota do fundo de nosso coração, com a confiança de que Ele nos escutará.
Notícias decolores correção...

A Assembléia Diocesana será realizada no dia 14 de novembro de 2009 na Igreja dos Aflitos, no horário das 08h00 às 17h00 e será encerrada com uma Celebração Eucarística. Haverá inscrição com uma taxa de R$ 10,00 por pessoa e nesse valor está incluído o almoço e o material que será utilizado por nós durante a realização da Assembléia. O lanche será partilhado e já estamos definindo os itens e o que cada um pode partilhar. Contamos com a presença de todos os cursilhistas para que com a participação de todos, possamos contribuir para um MCC vivo, presente e atuante na nossa Arquidiocese.

Venha contribuir, a sua participação é muito importante!


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A Televisão de cada dia
Dom Murilo S.R. Krieger, SCJ



A conversa naquele almoço estava animada. Ninguém conseguia terminar a sua história, uma vez que era logo interrompido pelo que estava a seu lado ou se lembrava de um caso semelhante e até mais interessante. Há muito tempo não tinham uma oportunidade como aquela, de estar reunidos ao redor de uma mesa. Foi quando uma voz mais forte chamou a atenção de todos: “Olhem lá!”. Na televisão ligada, via-se a cena de um motociclista que se perdeu numa curva. A imagem foi repetida em câmera lenta e, depois mostrada sob outros ângulos. Quando começaram os comerciais, estavam todos a olhar para a televisão, esquecidos do que conversavam, esquecidos até de que viviam um momento especial na vida da família.
Como explicar esse poder da TV? Como entender as horas em que ela reina, absoluta, dentro da maioria das casas? Como penetrar no fascínio que exerce em muitas famílias, a ponto de não ser desligada nem na hora das refeições? Sociólogos norte-americanos calculam que, ao morrer, uma criança nascida neste nosso tempo terá passado 20% de sua vida diante de um aparelho de televisão. Sua visão de mundo, dos outros e até de Deus será essencialmente marcada pelo que viu ou pelo que não lhe foi mostrado ao longo das horas e horas de teledependência.
Não se trata de lutar para banir a televisão de nossas casas – seria um esforço inútil. O que não se pode conceber é que reine dessa forma, “fazendo” tiranicamente a cabeça de todos, como se nada pudesse ser feito para impedir sua ação quando perniciosa. É verdade que para muitos pais ela não deixa de ser louvada como a mais admirável invenção, já que ocupa e distrai seus filhos que, de outro modo, os perturbariam...
Cresce, contudo, o número daqueles que limitam os horários, selecionam os programas e procuram alternativas para o lazer de suas crianças. Mais reduzido é o contingente dos que estimulam o espírito crítico dos seus, aproveitando o próprio material televisivo para discutir idéias, incutir valores e chamar a atenção para o que é enganoso ou pernicioso. Essa tarefa nem sempre é fácil: a mentira, por vezes, é mostrada em cores tão bonitas e com um aparato técnico tão sofisticado que se torna mais interessante do que a verdade, geralmente dura e exigente.
A televisão aí está, como uma realidade que caracteriza nossa época. Seus aspectos positivos são significativos: os principais acontecimentos internacionais entram, no mesmo dia, nas casas de todos os países do mundo, a cultura deixa de ser patrimônio de pequenos grupos para ser colocada à disposição de todos; gestos de generosidade e de dedicação saem do anonimato para servir de exemplo e incentivo às pessoas distantes; temas de interesse mundial são discutidos por estudiosos de diferentes países e podemos, na mesma hora, participar de suas reflexões.
Os desafios que precisamos enfrentar, por outro lado, não devem ser ignorados, sob pena de pagarmos um preço muito alto por nossa omissão ou ingenuidade. Os detentores desses meios de comunicação têm seus próprios interesses e projetos, e podem facilmente manipular notícias e programas, fazendo que se imponham suas concepções de mundo. Tal como chuva fina que cai por um longo período sobre a terra seca, penetrando-a, o uso acrítico da TV modifica idéias e valores. Por ser um processo lento, quase não é percebido. Importa, pois, saber usar esse instrumento de comunicação com discernimento. Quem não escolhe o que vê, acaba sendo envolvido pelo que desejam que veja.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PROJETO METANÓIA

Graças ao Nosso Senhor Jesus, no sábado 26/09/2009, foi dado inicio ao Projeto Metanóia que é o começo do Núcleo de Coutos, onde nós Jovens do Grupo Soldados do Amor, amparados pela Sabedoria e total apoio de Tia Lygia Fialho, estaremos nos empenhando para conseguir aos poucos implantar os métodos do MCC - VJAA na busca de um ambiente melhor para as pessoas daquela escola e região.
Tivemos a grande alegria de ser recepcionados pelas crianças da Escola São Miguel e que juntamente com eles conseguimos passar uma manhã incrível onde brincamos, cantamos, rezamos e produzimos belos trabalhos. Enfim, cada carinha daquela nos deu motivação para voltar e continuar este projeto de Evangelização para Crianças, esperando ver nosso futuro muito melhor.

Saudações Decolores, Marcos Gama.







quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DECOLORES SETEMBRO

Irmãs e irmãos em Cristo,

A palavra do mês é para nos conduzir à reflexão sobre a PALAVRA. A Palavra revelada na Bíblia Sagrada.

Setembro é o mês da Bíblia. E a Bíblia não pode ser, para o cristão católico, reduzida a uma leitura didática, ensaiada, corriqueira, mesmo que seja cotidiana.

A Palavra expressa e fundamentada na Bíblia é correspondida à sua verdade, quando vivenciada, experimentada e testemunhada por nós batizados, seus “leitores”.

Palavra sem ação é estática, vulnerável, inconsistente. Perde-se no tempo como a semente semeada em terreno infértil... perece e morre.

A Palavra de Deus é força que comunica vida; é fonte de geração de vida.
Palavra de vida é palavra de amor que nos remete à comunicação, ao diálogo com o outro, ao sair de si mesmo e buscar a realização no convívio com os irmãos.

Vida é movimento, é dinamismo!

Isto é vivenciar a Palavra divina!

Dar seu testemunho é “tornar-se convite-caminho para a participação na vida divina”.
O MCC propõe para esse mês de Setembro, a leitura, a meditação e conseqüentemente, a vivência participativa da Palavra de Amor expressa pelos testemunhos na Bíblia.
Participemos da nossa Escola Vivencial e teremos a possibilidade de aprofundarmos, com o nosso Assessor Frei Mário Sérgio, esse exercício.
Divulguemos e, acima de tudo, vivenciemos a Palavra Divina!

Saudações Decolores
Lucia Liguori
Coordenadora do GED-Salvador


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CARTA DO ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC- SETEMBRO/2009
Pe. José Gilberto Beraldo

“E como a chuva e a neve que caem do céu para lá não voltam sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar, a fim de produzir semente para quem planta e alimento para quem come, assim também acontece com a minha palavra: Ela sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão” (Is 55, 10-11).
Antes de entrar no tema desta nossa carta, quero cumprir o prometido na anterior, a de agosto, e transcrever o testemunho de um seminarista sobre a motivação de sua vocação sacerdotal. “Sou seminarista. Meu nome é José Edson Santana Barreto. Senti o chamado de Deus para a vida sacerdotal através do testemunho de uma irmã religiosa. Fato curioso que aconteceu com um gesto simples de amor fraterno. Quanto tinha ainda oito anos, toda manhã ou tarde eu encontrava essa irmã que sempre me acolhia com um belo sorriso e me cumprimentava com um bom dia ou uma boa tarde. Passados alguns meses, descobri o quanto ela se dedicava ao serviço do próximo e isso me deixava inquieto por dois motivos: tanto pelo seu serviço pelo amor ao próximo como pela alegria que dela dimanava. Esta pequena história está ainda muito “viva” na minha memória. Diria que foi uma semente lançada no meu coração, porque com o decorrer dos anos comecei a compreender, a acolher a semente e a cuidar dela. O seu primeiro fruto foi a resposta ao chamado, tendo como conseqüência a minha entrada no seminário da Arquidiocese de São Paulo, onde me encontro atualmente. Esse fruto tem sido regado com a Palavra: “há mais felicidade em dar do que em receber” (At 20, 35). O meu ideal no desígnio de Deus é preservar, zelar pela família cristã e conduzir os jovens à adesão a Cristo, cuidar das pessoas que sofrem pela desigualdade social ou opressão; vendo neles a presença de Jesus Cristo”. Até aqui o testemunho de José Edson que agradecemos fraternalmente, rezando por ele, desejando-lhe perseverante e fiel caminhada na resposta ao chamado do Pai a fim de consagrar-se inteiramente ao serviço na vinha do Senhor.
A nossa Igreja Católica no Brasil dedica o mês de setembro à reflexão sobre algum texto ou tema bíblico. Por isso é chamado o “Mês de Bíblia”. Neste ano o aprofundamento será sobre a Carta de São Paulo aos Filipenses. Com a intenção de ser aqui mais abrangente, inspirado no texto acima citado, proponho nos detenhamos sobre alguns “momentos”, levando em conta, também, algumas considerações do Documento de Aparecida. Inseridas em vários parágrafos do DA, elas se concentram, especialmente nos nros. 247 e 248 como sendo um dos lugares de encontro com Jesus Cristo.
1. Primeiro momento: a Palavra de Deus é como “chuva e a neve que caem do céu” - Caindo do céu, a água da chuva e a neve, ao derreter-se, encontrando um terreno permeável, nele penetram até o mais profundo, encharcam-no e, no seu devido tempo – um tempo natural de espera - surgem raízes e plantas que produzem flores e frutos. E, quando a irrigação é continuada, surgem novos brotos, novas folhas e novos frutos: “para lá não voltam sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar”. É com esse fenômeno da natureza que o profeta compara a Palavra de Deus que cai do céu. E, ao cair do céu, Deus espera que sua Palavra encontre um solo permeável, que se deixe embeber por ela e que a absorva até as suas profundezas. Conscientes de sermos nós mesmos esse terreno, perguntemo-nos se, de fato, estamos preparados para receber essa água e essa neve; se nosso solo é permeável, deixando-se encharcar e renovar constantemente pela Palavra de Deus, isto é, pelos critérios e pelos valores do Reino anunciado por Jesus ou se é impermeabilizado de tal forma que se torna impenetrável. Melhor dizendo, a nossa vida toda, na sua integralidade, vinte e quatro horas por dia, está umedecida, fertilizada pela Palavra? O solo de nossa mentalidade, de nossa consciência que se diz cristã, ainda é tão impermeável que não deixa nele penetrar a Palavra? Ou está continuamente umedecido pela Palavra, fazendo com que tenhamos sempre novas raízes, novas flores, produzindo renovados frutos de conversão e evangelização? Aliás, toda a comunidade eclesial, toda a Igreja deveriam propiciar a plena absorção da Palavra. O DA nos diz que “A Palavra de Deus escrita por inspiração do Espírito Santo, é, com a Tradição, fonte de vida para a Igreja e alma de sua ação evangelizadora” (DA 247).


2. Segundo momento: “Ela sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado” – Sem dúvida, duas dimensões se apresentam aqui à nossa reflexão: uma que diz respeito à nossa própria perseverança, entrega e generosidade; a outra que se refere ao “tempo de Deus”, ao “kairós” de que nos fala São Paulo. Consideremos a primeira dimensão: ao acolher a abundância da Palavra, há que perseverar em assimilá-la, deixar-se embeber por ela, ser um terreno propício à sua penetração até as profundezas do ser. O seguidor de Jesus, seu discípulo, ao ouvir a Palavra, com certeza logo haverá de dar-se conta de que ela é refrigério quando ele arde pelas paixões desordenadas, mas aquece quando a frieza toma conta do coração; lava o pecado, purifica as imperfeições, regenera os tecidos da vida cristã e, vigorosa outra vez, fortalece suas raízes que, por sua vez, geram uma planta renovada da qual brotam novas flores e novos frutos de amor, de fraternidade, de misericórdia, de perdão, de justiça, etc. Efetivamente, são estes alguns dos “resultados” da realização dos planos de Deus a nosso respeito e a respeito da comunidade eclesial, da grande e querida família de Deus, da sua Igreja santa e pecadora.
Quanto à segunda dimensão, o “tempo de Deus”, convém que nos lembremos da paciência de um pai que espera que seus conselhos produzam frutos na vida do filho. As Sagradas Escrituras dizem e repetem, tanto no Primeiro como no Novo Testamento, que o nosso Deus é paciente, benigno e misericordioso. A parábola do Pai que espera o filho pródigo, esbanjador, é a manifestação evidente da espera paciente, da misericórdia excessiva de um Pai ansioso e esperançoso. De fato, “Ela (a Palavra) sai da minha boca e para mim não volta sem produzir seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão”. Estaríamos nós plenamente conscientes do “tempo de Deus” quanto à nossa resposta?
Por outro lado, ou como decorrência de tido o que temos refletido até aqui e no contexto da palavra de Isaias, podemos citar o DA: “Faz-se, pois, necessário propor aos fiéis a Palavra de Deus como dom do Pai para o encontro com Jesus Cristo vivo, caminho de “autêntica conversão e de renovada comunhão e solidariedade”142. Esta proposta será mediação de encontro com o Senhor se for apresentada a Palavra revelada, contida na Escritura, como fonte de evangelização. Os discípulos de Jesus desejam se alimentar com o Pão da Palavra: querem chegar à interpretação adequada dos textos bíblicos, empregá-los como mediação de diálogo com Jesus Cristo e a que sejam alma da própria evangelização e do anúncio de Jesus a todos. Por isto, a importância de uma “pastoral bíblica”, entendida como animação bíblica da pastoral, que seja escola de interpretação ou conhecimento da Palavra, de comunhão com Jesus ou oração com a Palavra, e de evangelização inculturada ou de proclamação da Palavra. Isto exige por parte dos bispos, presbíteros, diáconos e ministros leigos da Palavra uma aproximação à Sagrada Escritura que não seja só intelectual e instrumental, mas com um coração “faminto de ouvir a Palavra do Senhor” (Am 8,11) (DA 248)
Meu querido irmão, minha irmã: aproveitemos a riqueza da proposta deste “Mês da Bíblia” para abrir-nos totalmente à chuva da Palavra de Deus, deixando que ela penetre, umedeça e encharque o terreno de nossa vida de discípulos para que ele produza os frutos que o nosso paciente e misericordioso Pai espera de seus filhos missionários. Ou será que vamos permitir que a sua Palavra volte para ele “sem produzir seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão?” (Is 55, 10-11).

A todos os meus amados leitores e leitoras deixo meu abraço fraterno envolvido pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo.


Pe. José Gilberto Beraldo
Assessor Nacional MCC


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XXVII ASSEMBLÉIA REGIONAL NORDESTE III BA/SE

Realizou-se em Feira de Santana, no período de 21 a 23 de agosto de 2009, a XXVII Assembléia Regional Nordeste III – Bahia/Sergipe, cujo Tema foi: “PREGRINANDO RUMO AO JUBILEU” e o Lema: “QUE TODOS JUNTOS NOS ENCONTREMOS UNIDOS NA MESMA FÉ” (Ef 4,13).
O encontro contou com a presença de Dom Itamar Bispo Diocesano de Feira de Santana, Padre Beraldo Assessor Eclesiástico do Grupo Executivo Nacional (GEN), Assessores Eclesiais e demais membros do GEN, GER e GED Nordeste III.
O Padre Beraldo fez a apresentação do Lema: Que todos nos encontremos unidos da mesma fé, e em seguida apresentou os momentos do VER e do JULGAR.
Após a motivação para o AGIR foram encaminhadas e discutidas as diversas propostas pelos grupos setorizados (Pré, Cur, Pós, Escola, Coordenadores e Vices, Assessores), que após votação foram aprovados como compromissos assumidos até a próxima Assembléia Regional Nordeste III, a ser realizada em Senhor do Bonfim –BA no período de 20 a 22 de agosto de 2010.
Compromissos assumidos:
Fortalecer a realização do cursilho para adultos e para jovens, em três ou dois dias mistos ou diferenciados de acordo com a realidade local, conforme o documento “O Cursilho por Dentro”
Priorizar cantos que estejam ligados às mensagens, à Igreja católica e à ação pastoral.
Reforçar a responsabilidade dos “apresentantes” na caminhada do cursilhista.
Selecionar a equipe de trabalho no cursilho tentando atender aos critérios definidos pelo movimento, onde todos os núcleos sejam representados na equipe.
Estabelecer e divulgar uma data limite para entrega das fichas dos candidatos para possibilidade de remanejamento de vaga entre os núcleos e posteriormente realizar reuniões prévias com os candidatos.
Ter bem claro e divulgar na Escola e nos Núcleos os critérios para indicação dos candidatos ao cursilho. Indicação para candidatos ao Cursilho pelos núcleos que deverão realizar uma preparação para os possíveis candidatos nos núcleos antes da realização do cursilho, priorizando a indicação dos batizados afastados e líderes ambientais.
Fomentar a formação e a espiritualidade da equipe de serviço do cursilho nas reuniões de preparação.
Fortalecer os núcleos através do estudo do documento de Núcleos de Comunidades Ambientais.
Fortalecer os Projetos de Núcleos de Comunidades Ambientais, incentivando ações de evangelização inclusive na pastoral rural, avançando para águas mais profundas.
Implantar várias salas na Escola para atendimento de todos os níveis de conhecimento dos cursilhistas e específica sobre as mensagens do cursilho.
Estudar o Documento de Aparecida e o Documento da Assembléia (tríduo) na Escola e nos Núcleos.
Divulgar o Relançamento do MCC em todos os setores do GED, Núcleos e para os cursilhistas afastados.


PROGRAMAÇÃO PARA A XXVIII ASSEMBLEIA REGIONAL

A XXVIII ASSEMBLEIA REGIONAL NORDESTE III está programada para o período de 20 a 22 de agosto de 2010 e será realizada em Senhor do Bonfim – BA.

Gedevaldo M. Silva
Vice-Coordenador do GED Salvador.




MENSAGEM DO FREI SERGIO PARA A XXVII ASSEMBLÉIA REGIONAL NORDESTE III – BA/SE


Tenho rezado pelo êxito da XXVII Assembléia Regional NE III do MCC. É hora de refletir, avaliar, projetar, sonhar... Ainda temos muito a percorrer. A Igreja exige e solicita de cada um de nós um renovado ardor missionário para poder fermentar de evangelho os ambientes.
Que o lema nos oriente para o verdadeiro sentido do nosso ser Igreja: É a nossa fé quem nos une. Uma fé cristocêntrica, que reflete na eclesiologia por um mundo melhor...
Desejo a todos os irmãos que peregrinem rumo ao jubileu com uma grande certeza, como nos lembra São Francisco: Comecemos tudo de novo, porque até agora, pouco ou nada fizemos!

Uma bênção especial para todos

Frei Mário Sergio dos Santos Souza, ofmcap


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SÓ TRÊS COISAS
Pe. Otmar Jacob Schwengber.

“Todas as boas coisas são três”! Uma homilia de Dom Eduardo bispo auxiliar de Campo Grande, MS, me fez refletir. Ele apresentou três pontos:
1 – Uma experiência pessoal e íntima com Cristo.
2 – Uma inabalável convicção de que a vida que Deus nos deu vai dar certo.
3 – Uma obediência filial à Palavra de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Recebi um e-mail que vale a pena partilhar com vocês:

Há três coisas que não retornarão: O tempo, as palavras e as oportunidades.
Há três coisas que podem destruir a alma da pessoa: A ira, o orgulho e não perdoar.
Há três coisas na vida de maior valor: O amor, a bondade e a família com amigos.
Há três coisas que formam uma pessoa: A sinceridade, o compromisso e o trabalho árduo.
Há três pessoas divinas que são verdadeiramente constantes: O Pai, O Filho e o Espírito Santo.

Vocês gostaram do conselho das três coisas? Setembro é o mês da Bíblia. Vou propor três coisas para celebrá-la bem dia a dia! Você aceita?

1 – Ler, cada dia deste mês, três versículos da Bíblia.
2 – Reler três vezes, para entender melhor o que Deus está querendo me dizer nesses versículos pelo período de, no mínimo, três minutos.
3 – Escolher e anotar se possível a palavra ou o pensamento que mais me tocou, para servir de luz para o meu dia.
Assim, com três pontinhos diários, o mês da Bíblia será proveitoso para a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo! Amém!


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Notícia importante

A Assembléia Diocesana do GED-Salvador será realizada no dia 14 de novembro de 2009 na Igreja dos Aflitos, no horário das 08h00 às 16h30m e encerramento às 17h00 com a celebração eucarística. O almoço será solidário para o que solicitamos que cada um traga alguma coisa de maneira a fazermos a partilha contando com a presença, generosidade e colaboração de todos.
É nessa Assembléia que se decidem os rumos do MCC em Salvador. É o momento que exige a participação de todos os cursilhistas, para opinarem sobre as diversas propostas que serão apresentadas, debatidas e votadas. É importantíssima a presença de todos os cursilhistas para que possamos dar o nosso testemunho de luta e dedicação por um movimento atuante, vivo e presente nos ambientes da nossa Arquidiocese.
COMPAREÇA, PRESTIGIE, SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE

CRISTO CONTA COM VOCÊ!


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ALEGREM-SE COM AS BOAS OBRAS
André Bressane de Oliveira, SJ

Nós nos encontramos mais uma vez para descobrir algumas pistas que ajudam na vivência do dia a dia. Como você já sabe, a intenção deste mês para o Apostolado da Oração é que a palavra de Deus seja mais conhecida. Ora, o Evangelho do dia 27 oferece uma mensagem poderosa para ajudar no anúncio da Boa-Nova de Cristo.

Nesse Evangelho, João diz que tentou impedir uma pessoa que não fazia parte do grupo dos apóstolos, mas expulsava demônios em nome do Senhor. Ora, Jesus não gostou dessa atitude, ”deu uma bronca” nos discípulos e explicou que todo aquele que faz milagres em seu nome não consegue falar mal dele. Depois completa que os discípulos têm de tomar cuidado para não escandalizar os pequeninos, ou seja, não maltratar aqueles que estão trabalhando pelo bem dos outros.

Para aproveitarmos essa passagem temos de prestar atenção na atitude de João. Por que ele foi impedir a outra pessoa que estava fazendo o bem? Talvez a resposta seja: Porque ele estava com inveja daquela outra pessoa. Esse problema costuma ser muito comum nas nossas comunidades. Quando um grupo começa a dar bons frutos, logo aparecem as críticas. Em vez de causar alegria com o bem que está sendo feito, o egoísmo toma conta.

Jesus não gosta disso. Depois da repreensão, ele ensina que aquelas pessoas que o seguem devem prestar atenção nas boas obras: Devemos ficar alegres toda vez que uma boa ação é feita, independentemente de quem a fez. Isso serve para nos ajudar a prestar atenção naquilo que dizemos e nas conversas que ouvimos. Se um grupo da Igreja está crescendo e dando bons frutos, se ele está ajudando a comunidade, por que falar mal? Se um grupo que não faz parte da Igreja faz boas ações, por que falar mal? Vamos nos alegrar com o bem que está sendo feito!

Aqui aparece um jeito muito bonito de anunciar a Boa Notícia de Cristo: Bendizer as boas obras, sejam elas feitas por nós, sejam elas feitas por outros. Ver pessoas que dão a vida em favor do próximo deve ser motivo de alegria e de força para nossa caminhada. Por isso, cuidado com as críticas e com as fofocas. Vamos continuar a anunciar Jesus Cristo, que deu sua vida por nós, louvando e agradecendo por todos aqueles que também gastam suas vidas no serviço aos outros.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ULTRÉIA DE AGOSTO 01/08

ULTRÉIA DE AGOSTO - TEMA: BODAS DE CANÁ.
ORGANIZADA PELO GRUPO DE JOVENS: SOLDADOS DO AMOR.

A RECEPÇÃO:




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A ASSEMBLÉIA:




















































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O FOLCLORE:

























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ORAÇÕES E MENSAGENS:





























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FILME / APRESENTAÇÃO TEATRAL




































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O PALESTRANTE: FREI SÉRGIO













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O VICE COORDENADOR DO GED - GEDEVALDO
















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O GRUPO SOLDADOS DO AMOR
UNIDOS PELO AMOR DE CRISTO



segunda-feira, 27 de julho de 2009

DECOLORES AGOSTO 2009



Mensagem de Boas vindas aos Jovens Cursilhistas

O céu está em festa e o Movimento de Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de São Salvador também. É que trinta e três (33) jovens vêm partilhar conosco os seus ideais cristãos, respondendo com todo vigor ao chamado: Cristo conta com você!
O MCC conta com a perseverança de vocês porque é com a força dos jovens que iremos fermentar o mundo com a Palavra de Deus, dando o testemunho da presença do Cristo vivo no meio de nós, com o nosso ver, julgar e agir diante dos critérios do Evangelho.
Saudemos os novos cursilhistas com um abraço decolores!
Ana Cristina Alves de Jesus
Andréa Maria dos Santos
Andréia de Souza Conceição
Átila Nunes Lopes
Caroline da Silva Morais Alves
Daniel Yui Lon Fernandes da Cunha Cheng
Davi dos Santos Dantas
Erivan Araújo de Souza
Hiliana Souto Mendes
Jamile Bahia Pipolo
Jancleide Teixeira Góes
Jean Carlos Rocha de Jesus
Joice Souza Nunes
Josemeire Carolina Barbosa Dantas
Laís Milena Miranda Lima
Luana Clara Braid Araújo
Lucas Borges Souza
Marcus Paulo Silva de Sousa
Maria Jeane do Espírito Santo dos Santos
Maria Letícia Alves Rego Coelho
Naiane dos Santos Nascimento Oliveira
Oto Henrique Bahia Pipolo
Paloma Silva de Sousa
Rafael Coutinho Ramos
Railane dos Santos Barreto
Ricardo Souza Luz
Rosenir Oliveira Pereira
Sandra Ferreira de Oliveira
Sandra Regina dos Santos Borges
Susana Rosário Souza
Tábata Elise Ferreira Cordeiro
Vanessa Baraúna Silva
Vanessa Lemos dos Santos

MCC - GED SALVADOR

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Meus caríssimos irmãos cursilhistas,
Em meio ao mundo babélico que estamos vivendo, Deus quis selar mais uma aliança com seu povo, e nos convidou para trabalhar no 2º Cursilho para jovens da Arquidiocese de Salvador, como cristãos comprometidos, fazendo com que seu plano de amor fosse conhecido por aquele grupo tão especial.
Foram momentos realmente decolores, vivenciados com todo ardor e com a esperança-certeza de que novos corações estão batendo em uníssono com o de Jesus, assumindo a tarefa de anunciar com sua jovialidade, o novo tempo que precisa ser conhecido por todos os homens.
Realmente é preciso acreditar, investir no projeto do MCC, assumindo as prioridades da Igreja do Brasil, da Arquidiocese de Salvador e do MCC: Trabalhar os corações dos jovens, desejosos de dar novo sentido às suas vidas.
Depois de meses de preparação, vemos que uma nova realidade vai aparecendo em nosso movimento: Cabeças jovens, sedentas de oxigênio espiritual, de um compromisso para atuar no mundo com valores e critérios cristãos, vêm juntar-se a nós, para auxiliar-nos na missão de evangelizar os ambientes.
Que o Espírito Santo ilumine os jovens do nosso movimento, para que continuem a responder afirmativamente, com todas as forças de seus corações até o fim de seus dias, a proposta de amor que lhes foi feita no Cursilho: “Cristo conta com você”.

Meu abraço decolores

Lygia Fialho
Equipe do GED Salvador

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CARTA DO ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC-JULHO/2009

Pe. José Gilberto Beraldo

Portanto, se alguém está em Cristo, é criatura nova. “O que era antigo já passou, agora tudo é novo” (2Cor 5,17)
Reza um velho provérbio latino atribuído ao poeta Ovídio que “Os tempos mudam e nós mudamos com eles”, cujo correspondente no Brasil poderia ser o nosso conhecido “Novos tempos, novos costumes”. Esta introdução é só para lembrar que lá se foi o primeiro semestre deste ano e já tem início o segundo. Por acaso teria este fenômeno temporal algo a ver com nossas reflexões mensais? Ou, quem sabe, poderíamos encontrar na Palavra de Deus uma fonte de inspiração para alimentar a nossa fé, “vítimas” que somos da transitoriedade do tempo? Ou, então, que mensagem estes novos tempos e seus desafios trazem aos discípulos missionários que, no tempo, iniciam um momento novo? Será ele para nós um novo “kairós”, isto é, um novo tempo de Deus? Busquemos, pois, colocar as luminárias da fé nas pistas de corrida do tempo. Primeiramente, façamo-lo numa dimensão pessoal e, em seguida, no horizonte de nossa vocação missionária em comunhão eclesial.
1. O passar do tempo no horizonte pessoal do discípulo missionário. Para todos, sem exceção, o tempo é relativo. Lembra-nos o salmista: “Nossos anos de vida são setenta, oitenta para os mais robustos, mas pela maior parte são fadiga e aborrecimento, passam logo e nós voamos” (Salmo 90,10). Entretanto, para o fiel seguidor de Jesus, o tempo, mesmo o passado, tem outra dimensão, outro alcance porque tem outra raiz. Esta raiz se chama Jesus Cristo: “Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre.” (Hb 13,8). “Estando em Cristo”, o discípulo pode viver o ontem, como o hoje e, da mesma forma, o amanhã, pois o “estar” tem a profundeza do “permanecer” que é diferente de “ficar”, o que sugere transitoriedade. O “permanecer” vai, aos poucos, dando ao cristão uma nova face, novos sentimentos, novas posturas. Por isso, São Paulo fala em “criatura nova”. Ele mesmo volta a lembrar aos Efésios e a nós: “Precisais renovar-vos pela transformação espiritual de vossa mente, e vestir-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, na verdadeira justiça e santidade” (Ef 4,23). Visto e, sobretudo, vivido nessa ótica, o tempo se relativiza, pois “Cristo é o mesmo, ontem...” e quem nEle “permanece” vai-se rejuvenescendo. Lembro-me como se fora hoje quando, ainda seminarista, ao ajudar venerandos sacerdotes já vergados sob o peso da idade, na celebração da Santa Missa, com eles rezava (em latim, é claro!), aos pés do altar, uma antiga tradução do Salmo 43,5: “Subirei ao altar de Deus; ao Deus que alegra a minha juventude”! Hoje, apesar de outras traduções do mesmo salmo e apesar da idade já avançada, ao subir cada dia ao altar, me emociono, pois tenho ainda muito presente na mente e no coração que aqueles santos sacerdotes nunca envelheceram e que, achando-me quase nas mesmas condições de idade, lembro que estar a serviço do povo de Deus, especialmente pela Eucaristia é continuar vivendo uma eterna juventude. Porque, para aquele que “permanece” em Cristo, “o que era antigo já passou, agora tudo é novo”!
Portanto, meu irmão, minha irmã, lembre-se que o segredo de uma juventude eterna “permanecendo em Cristo” é seguir o conselho de São Paulo: “Precisais deixar vossa antiga maneira de viver e despojar-vos do homem velho, que vai se corrompendo ao sabor das paixões enganadoras” (Ef 4,22).
2. O presente e o futuro do discípulo missionário inserido na comunhão eclesial. Sempre com os olhos fixados em Cristo - “Cristo é o mesmo, ontem... hoje...” e
de mãos dadas com a comunidade eclesial, nós, discípulos missionários, voltamo-nos para o passado a) reconhecendo as maravilhas que Deus operou por nosso intermédio, por nossa disponibilidade e doação por toda a Igreja quando conseguimos levar a boa notícia do Reino de Deus a tantas pessoas seja em nossa família ou em nossos ambientes; b) agradecendo ao Senhor que nos fortaleceu e à Igreja na missão de semear a Palavra, mas, ao mesmo tempo, c) aceitando (e pedindo a Deus perdão) que todos, juntamente com a Igreja, deixamos escapar tantas oportunidades de anunciar a pessoa de Jesus Cristo e de levar uma multidão de pessoas ao encontro dEle. E nos damos conta de que todos necessitamos de conversão profunda, isto é, de mudança de mentalidade, pois o passado quase sempre sugere cansaço, acomodação e conformismo com situações ou problemas considerados insolúveis para a nossa ação evangelizadora. Mas – não o esqueçamos – “o antigo já passou”! Agora, “Sabeis em que momento estamos: Já é hora despertardes do sono. Agora, a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. A noite está quase passando, o dia vem chegando...” (Rm 13, 11,12ª).

O discípulo missionário está atento ao tempo presente. Em comunhão com toda a Igreja, especialmente para nós da América Latina, nossos Pastores nos ajudam a apalpar a realidade através do Documento de Aparecida (DA). Verificamos que não basta mudar de mentalidade. É urgente cultivarmos uma mentalidade de mudança (conversão pessoal), pois estamos numa mudança de época e não somente numa época de mudanças. Resumindo, toda a Igreja necessita de conversão: as pessoas, as comunidades, os movimentos. “Nenhuma comunidade deve isentar-se de entrar decididamente, com todas as forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé” (DA 365). Pois, “agora tudo é novo”!

E você, meu irmão, minha irmã, está aberto (a) á conversão no tempo presente para poder responder aos desafios apresentados à evangelização pelos novos tempos e por uma nova cultura? Está com medo do novo? E o seu Movimento? Ainda insiste em “estruturas ultrapassadas”?

O discípulo missionário está atento ao tempo futuro: “Cristo é o mesmo... sempre”. É o Cristo da esperança. Não encontramos expressão melhor para deixar uma mensagem de esperança para esse segundo semestre do que a do Documento de Aparecida no seu parágrafo 362, que, ao “lançar o compromisso de uma grande missão no Continente”, vem lembrar que “Necessitamos desenvolver a dimensão missionária da vida em Cristo” e, por isso, “Esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente; esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança”.


Fixando o olhar em Maria e reconhecendo nela a imagem perfeita da discípula missionária (cf. DA 364), a todos unido pela oração, a todos igualmente abraço com muito carinho.

Pe. Beraldo
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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Edição Junho 2009

DECOLORES

Boletim Informativo do

Movimento de Cursilhos de Cristandade

Arquidiocese de São Salvador - Bahia

EDITORIAL

Caros Irmãos e Irmãs:

Chegamos ao mês de Junho em que, tradicionalmente, são comemorados, na piedade popular: Santo Antônio, S. João Batista, S. Pedro e S. Paulo.

Cada um deles tem sua festa marcada por especiais peculiaridades.

De todos, o menos “badalado” nas celebrações festivas do povo de Deus, é S. Paulo, embora unanimemente, todos reconheçam nele um dos pilares da Igreja, responsável maior pela expansão da fé cristã até “os confins da terra”. S. Paulo é uma das figuras mais importantes do Novo Testamento. Fez-se nosso conhecido através do livro dos Atos dos Apóstolos, que foi escrito por S. Lucas e, também, das Cartas que escreveu a comunidades cristãs que ele fundou e ajudou a perseverar na fé. São duas fontes independentes que se confirmam e se completam, não obstante algumas divergências em alguns pormenores.

Por sua vez, o sincronismo de alguns acontecimentos conhecidos através da história, permitem precisar certas datas e estabelecer uma confiável cronologia da vida do Apóstolo.

Por iniciativa do Papa Bento XVI, nossa Igreja está vivenciando o Ano Paulino, que vai ser encerrado no próximo dia vinte nove deste mês.

Como se trata do patrono do MCC, nós temos a maior satisfação de procurar realçar essa figura exponencial que é um exemplo para toda a Igreja e, em particular, para o nosso Movimento. Por isso mesmo, convidamos para abrilhantar nossa Ultreya de hoje, nosso irmão Dr. Elias Darzé, médico renomado, professor da tradicional Escola de Medicina da Universidade Federal da Bahia, cristão consciente e de ativa participação na Paróquia de Sant’Ana, e um dos maiores estudiosos e conhecedores da vida e obra de S. Paulo.

Mirar-se em S. Paulo é um permanente desafio para o nosso MCC e para cada um de nós.

O mundo de hoje está por demais carente de esperança, coerência e competência, e nisso, sem dúvida, ele é um excelente exemplo e testemunho.

Vamos, pois, com muito entusiasmo e alegria, homenagear e celebrar nosso incomparável Patrono, neste dia de fraterna partilha em nossa Assembléia Mensal.

Saudações Decolores

GED SALVADOR

Equipe de apoio e de comunicação

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CARTA DO ASSESSOR ECLESIASTICO NACIONAL DO MCC – JUNHO/2009

Pe. José Gilberto Beraldo

“Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim. Minha vida atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20).

Diversas celebrações mereceriam nossa atenção e reflexão neste mês de junho: a Santíssima Trindade; o Corpus Christi (o Corpo e Sangue de Cristo); o Sagrado Coração de Jesus e os Santos Pedro e Paulo com o encerramento do Ano Paulino. Entretanto, devido a esse acontecimento, revela-se esse momento extremamente oportuno para algumas reflexões sobre São Paulo Apóstolo. Tenho certeza que todos os que me lêem muito já terão ouvido e meditado no corrente ano sobre esse personagem, essencial eu diria, na missão evangelizadora da Igreja de Cristo. Quanto àquelas outras celebrações, deixo-as entregues à consideração pessoal dos meus leitores e leitoras, dedicando esta carta ao encerramento do Ano Paulino. Para isso, como de costume, proponho-lhes alguns poucos pontos, bastante sintéticos, dada a riquíssima personalidade do Apóstolo, mas que possam auxiliar numa reflexão que, ao tentar conhecer melhor sua personalidade, ajude a levar à prática exortações de São Paulo.

1. Paulo, o convertido que continua seu processo de conversão. É impossível escrever ou mesmo pensar sobre São Paulo sem considerar o tema e o significado de “conversão”. Além de Lucas, nos Atos dos Apóstolos, o próprio Paulo nos fala de sua conversão em Gálatas 1, 11-17, mas, de maneira especial em Filipenses 3,4-17. Confesso ter-me emocionado ao ler esta confissão do Apóstolo aos Filipenses, quer pela maneira como ele viveu o momento de sua conversão quer pelo modo como continua vivendo um contínuo processo para “tornar-se semelhante a ele na sua morte, para ver se chego até a Ressurreição dos mortos” (Fl10b-11). Primeiro lembra suas origens no judaísmo e sua condição de fariseu, isto é, de fanático observante da Lei, da Torá, fato que o tornava importante e o fazia sobressair sobre os demais conterrâneos. Com tudo isso, não tem receio de dizer que “essas coisas que eram ganho para mim, considerei-as prejuízo por causa de Cristo” (Fl 3,7). E não para por ai a comovente confissão paulina. Depois de afirmar que “tudo é prejuízo diante supremo bem que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”, arremata com um a expressão radical: “Por causa dele, perdi tudo e considero tudo como lixo, a fim de ganhar Cristo e ser encontrado unido a Ele...”. Seguindo sua confissão, Paulo se refere ao processo de crescimento em sua conversão, dizendo que ainda não “não se tornou perfeito” e continua: “Uma coisa, porém, faço: esquecendo o que fica para trás, lanço-me para o que está à frente. Lanço-me em direção à meta, para conquistar o premio que, do alto, Deus me chama a receber no Cristo Jesus” (Fl 3,13b-14). A Paulo, o fariseu fanático e perseguidor dos “adeptos do Caminho” (At 9,2) não bastou mudar de mentalidade, isto é, de perseguidor a apóstolo, pois continuou a alimentar uma mentalidade de mudança, de crescimento, de busca da perfeição. E você, meu irmão, minha irmã, estaria entre aqueles que, depois de algum impacto com um encontro com Cristo – por exemplo, num cursilho ou em qualquer outra ocasião - usam aquela expressão tão comum e tão “definitiva”: “depois que eu me converti...” esquecendo-se que a conversão é um processo, uma caminhada, uma busca contínua da face de Jesus? Por acaso, você está ancorado naquele primeiro momento de conversão, isto é, de uma mudança de mentalidade e ainda não percebeu que a conversão exige uma mentalidade de mudança? Ouça, mais uma vez e neste mesmo capítulo, a palavra de São Paulo quando fala de seus esforços para chegar ao conhecimento de Cristo:

“É assim que nós, os ‘perfeitos’, devemos pensar... No entanto, qualquer que seja o ponto a que tenhamos chegado, continuemos na mesa direção” (Fl 3,15a-16).

2. Paulo, o discípulo missionário. Desde o primeiro instante de seu envolvimento por “uma luz que vinha do céu”(cf.At 9,3), Saulo, isto é Paulo, “passou alguns dias com os discípulos que havia em Damasco, e logo começou a pregar nas sinagogas afirmando que Jesus é o Filho de Deus” (cf. At 9,19b-20). Paulo, discípulo missionário! Simplesmente assim, discípulo missionário sem o hífen! De fato, não se pode separar o discípulo do missionário nem o missionário do discípulo. Jesus, no mesmo instante que chama os Doze, prepara-os para enviá-los: “Ele constituiu então Doze, para que ficassem com ele e para que os enviasse a anunciar a Boa Nova” (Mc 3,14). E, a esses Doze, não lhes impôs nenhuma condição para segui-lo, a não ser a de renunciarem tudo e tomarem a sua cruz de cada dia. Não exigiu deles nenhum curso de Teologia ou de filosofia ou de Direito Canônico nem qualquer tipo de diploma para serem discípulos. Mas, simplesmente, os fez discípulos missionários. Nos dias de hoje temos a providencial possibilidade de atualizar e aprofundar uma consciência mais efetiva da nossa vocação cristã através do Documento de Aparecida. Como São Paulo, os cristãos católicos do século vinte e um, do ano de 2009, na América Latina e no Caribe, somos todos chamados, vocacionados: “Na Igreja todos somos chamados a ser discípulos e missionários. É necessário formar-nos e formar todo o povo de Deus para cumprir com responsabilidade e audácia essa tarefa” (Mensagem da V Conferência do Episcopado Latino americano e Caribenho). Escrevendo a Timóteo, seu discípulo predileto, São Paulo lembra que “Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não em atenção às nossas obras, mas por causa do seu plano salvífico e da sua graça, que nos foi dada no Cristo Jesus antes de todos os tempos” (2Tm 3,9). Ainda mais, como São Paulo, o cristão vive com alegria sua vocação de discípulo. Vive a alegria de “estar em Cristo”: “No mais, meus irmãos, alegrai-vos no Senhor” (Fl 3,1). E, em seguida, acrescenta: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos! Seja a vossa amabilidade conhecida de todos!” (Fl 4,4-5). Pois bem, o Documento de Aparecida insiste na alegria de ser discípulo missionário: “Neste encontro com Cristo queremos expressar a alegria de sermos discípulos do Senhor e de termos sido enviados com tesouro do Evangelho” (DA 28). E complementa: “A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota fada fé, que serena o coração e capacita para na anunciar a boa novas do amor de Deus. Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (DA 29).

3. Paulo, um homem “grávido” de Jesus Cristo. Não encontro outra expressão mais adequada para algumas afirmações do Apóstolo ao enfatizar sua identificação com a pessoa de Jesus Cristo. Especialmente uma delas deve provocar nossa reflexão: “Meus filhos, por vós sinto, de novo, as dores do parto, até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4,19). O parto faz parte de um processo deslumbrante da vida humana, melhor dito, é um processo constituído pela mistura da dor com a alegria; da expectativa com a concretização de um sonho; da tênue sombra ou obscuridade da gravidez com a luz radiante do nascimento de um novo ser humano. Foi a figura mas humana encontrada por Paulo para nos transmitir a maneira com que nos vamos identificando com Cristo ou vamos “tomando a forma de Cristo”. “Até que Cristo se forme em nós” faz-se longo o processo: muitas são as dores da renúncia, dos sacrifícios, das cruzes diárias, mas sempre e sempre alimentados pela alegria do encontro com Ele; ansiosa é a expectativa de se nossos sonhos são sonhos de perfeição e de divinização; tênues serão sempre as sombras da “noite escura” de São João da Cruz, pois o nascimento de Jesus e sua formação em nós já surgem como aurora de uma nova vida.

Meu caro irmão, minha irmã: de acordo com a progressão do crescimento de Cristo na sua vida, você pode, agora, olhando para o Cristo crucificado e para São Paulo, do mesmo modo crucificado com Ele: até que ponto você permite que Cristo cresça no “ventre” de sua vida? Assim como acontece com a mulher grávida, “que renúncias você tem que fazer para que Cristo siga tomando forma em você? Você alimenta suficientemente a paciência no sofrimento, nas dores de cada dia, na cruz que, um dia, você decidiu tomar sobre os ombros para ser discípulo de Jesus, para com Ele ser uma nova criatura: “Se alguém está em Cristo é uma nova criatura” (2Co 5,17)? Pois bem: leia, medite, reflita e dê sua resposta às interpelações dos exemplos de São Paulo! Com todo meu afeto e amizade, um abraço fraterno a todos, solicitando sua oração.

Pe. Beraldo

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No dia 11 celebramos a solenidade de Corpus Christi. Vamos meditar o texto que nos é apresentado por Dom Murilo S. R. Krieger.

CORPUS CHRISTI: É O CRISTO QUE PASSA

Quando estava próximo o dia dos pães sem fermento, tradicional festa judaica em que se imolava o cordeiro pascal, Jesus disse a Pedro e a João: “ide e preparai-nos a ceia da Páscoa”. Desejando dados mais concretos sobre essa celebração, eles lhe perguntaram onde ela deveria acontecer. Em resposta, Jesus mandou-os entrar na cidade, assegurando que lá outras pessoas lhes dariam informações mais precisas.

Na solenidade de Corpus Christi (que significa: Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo), quem entra em nossa cidade é Jesus, numa celebração marcada pela fé. Mais do que entrar na cidade como tal, ele quer, na realidade, entrar em nossas casas, participar da vida de nossas famílias e ter um lugar especial em nossos corações. Em cada uma de nossas cidades, Jesus quer comer a ceia pascal com seus discípulos – e nós somos esses seus discípulos.

Comer a ceia da Páscoa é fazer uma experiência de fraternidade. Nossa cidade dever ser um lugar de solidariedade e de partilha. Onde está presente o amor de Cristo, não há lugar para o ódio, para a injustiça e para a opressão. Entrando em nossa família, Jesus nos ensina que não há comunhão sem perdão; sem perdão não há aliança. Jesus vem, pois, ensinar-nos a perdoar: perdoar o esposo, a esposa e o filho; o vizinho, o companheiro de trabalho e o colega de escola. Entrando em nossos corações, o Senhor vem propor-nos uma aliança.

Ele se oferece, oferece sua amizade, seus dons, seus sacramentos e sua Igreja. E o que nos pede? Pede-nos fidelidade ao batismo, coerência de vida, entusiasmo por sua pessoa e dinamismo missionário, porque muitos ainda não o reconhecem como Senhor e Redentor.

Corpus Christi é, pois, a celebração da presença de Jesus Cristo em sua Igreja, no sacramento da Eucaristia, sob as aparências do pão e do vinho. Além de se oferecer ao Pai pela humanidade, ele se oferece a todos como alimento de vida, garantindo-nos que “quem comer deste pão viverá eternamente; o pão que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.”

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Edição Maio 2009

Decolores
Boletim Informativo DO
MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE
Arquidiocese de São Salvador-BAHIA


Editorial
Maio – 2009



Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo,

O exemplo de Maria nos coloca diante de uma reflexão profunda sobre a nossa condição de ser humano e em particular de ser cristão, católico, discípulo missionário.
Maria, em seu profundo silêncio, com toda bravura e coragem, foi muito além de ser a Mãe de Jesus. Ela acreditou nas maravilhas de Deus e deu o SIM! Foi a primeira discípula do seu Filho Jesus!
O seu acreditar, hoje para nós, significa sem sombra de dúvidas, a adesão mais profunda ao testemunho do seu Filho, para com os homens que Ele veio reconciliar e libertar.
O seu acreditar também significa hoje em nossos tempos, que ela discorreu todo seu tempo, sabendo o que estava fazendo e para que estava fazendo...
O seu acreditar significa ainda, para cada um em particular, que ela com equilíbrio, sustentou a fé e a esperança de quantos seguiam seu Filho.
O seu acreditar, é para nós o agir com firmeza e segurança, para deixar rastros.
Rastros e sinais, tão fortes, que buscamos até hoje...
Tão atuais, que tentamos espelhar até hoje...
Tão significativos, que queremos imitar até hoje.
Esse, tem sido e é, um exercício duro! Uma prática exigente para cada um de nós!
É preciso descobrir-se, isto é, tirar as vendas, as amarras que impedem de ver a necessidade de se buscar o afeto e a proteção de Maria.
É preciso ficar atento à importância de sentir o calor do seu manto, o consolo de seu olhar.
É preciso oração, pois são pelas palavras, pelo silêncio, pelo recolhimento que se chega a essas descobertas.
É preciso recolher-se ao próprio interior, ao próprio âmago, ao próprio coração e retirar de dentro a vontade de participar, de estar perto, de aconchegar-se à proteção de Maria.
Este é o segredo da conversão.
Dizer SIM ao seu amor, à sua misericórdia, à sua proteção... É difícil, porém é este o caminho, a conquista, a plenitude do fazer-se cristão, discípulo missionário e de tornar-se feliz.

O Movimento de Cursilhos convida para uma reflexão maior sobre Maria!
A Escola da Fé propõe para esse mês de Maio, um planejamento especial sobre esse tema.
Compareça! Participe! Esteja preparado para assumir sua condição de discípulo missionário, assim como Maria foi a pioneira.

Um abraço DECOLORES!



Lúcia Liguori
Coordenadora do GED Salvador








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JUVENTUDE DO MCC CELEBRA!




De muito sabemos que os jovens são tidos como prioridade em nossa igreja e em sua caminhada o Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil se mostra em inteira harmonia junto ao que nos pede o Vaticano. É bem verdade que se tratando do MCC, o jovem, não poderia ser em momento algum esquecido ou deixado de lado, pois ele está enraizado nas entranhas do movimento uma vez que foi através da juventude que o mesmo nasceu.

Bem, sendo assim o setor juventude do MCC no decorrer dos anos vem se mostrando cada vez mais forte e crescente, ajudando a transformar as realidades dos jovens que se deixam levar pelo secularismo dos tempos. Os jovens são presença verdadeira e concreta em nosso movimento, não simplesmente como figurantes, mas como cristãos discípulos/missionários que no seu cotidiano transparecem a face de Jesus Cristo para aqueles que se encontram ao seu redor.

É mediante a esse contexto que no próximo ano (2010), o MCC estará realizando o VI Encontro Nacional para Jovens Cursilhistas (ENJC), para que as lideranças jovens do movimento no Brasil possam CELEBRAR as conquistas e AVALIAR como vem sendo a sua caminhada para assim fazer um novo VER, deixando que o Espírito Santo de Deus lhes oriente no JULGAR e em seguida desenvolvam novas propostas de AGIR para melhor conduzir os jovens brasileiros ao caminho de Cristo.

Esse encontro sempre tão aguardado pela juventude Cursilhista, acontece a cada três anos e nele também são indicados os novos jovens que passarão a representar as macro-regiões, função essa responsável por estreitar e aproximar cada vez mais os jovens do GEN (Grupo Executivo Nacional), assim como o GEN dos jovens. Neste ano de 2010 ele será realizado na cidade de São Salvador, na Bahia, a “capital de todos os santos”, melhor lugar não poderia existir. Em breve estaremos dando maiores informações e detalhes para os interessados a participarem desse momento de graça, estudo, formação, partilha, felicidade e acima de tudo fraternidade entre nossos irmãos De colores.


Por: João Elias Mattos Correia

Resp. Macro Região Nordeste

terça-feira, 21 de abril de 2009

Edição Abril 2009

DECOLORES

Boletim Informativo do

Movimento de Cursilhos de Cristandade

Arquidiocese de São Salvador - Bahia

EDITORIAL

Caros irmãos e irmãs,

O Grupo Executivo Nacional (GEN) nos apresenta uma PROPOSTA DE RELANÇAMENTO DO, MOVIMENTO DE CURSILHOS NO BRASIL à luz do Documento de Aparecida.
Esta proposta tem por objetivo apresentar um relançamento do Movimento que, “permanecendo fiel ao seu carisma original, deve-se interpelar pelas Palavras de Deus, pelos sinais dos tempos e pelos mais recentes Documentos do Magistério, em particular pelo Documento de Aparecida e pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – 2008-2010, com vistas a renovar seus recursos, otimizando-os, a fim de que possam ser instrumentos mais adequados para a busca e formação de discípulos missionários neste inicio do Terceiro Milênio”, diz o documento sobre a proposta.
Trata-se de “relançar”, considerando a dimensão pessoal e comunitária, ou seja, “uma revisão pessoal dos conceitos que se deseja relançar. É preciso converter-se à idéia; converter-se à convicção da necessidade de mudar. Conversão significa mudar de mentalidade ou, como dizem alguns, alimentar uma mentalidade de mudança. Mentalidade de mudança não significa mudar ao sabor dos ventos das últimas novidades, nem a sede de mudar por mudar. Significa, sim, convencer-se e estar convencido da necessidade de mudança por motivos ponderáveis”. Relançar, considerando a dimensão de “lançar de novo”, significa “apresentar o mesmo produto agora expurgado de alguns pontos acidentais do seu conteúdo, (...) pretende-se que o essencial permaneça conforme o original, mas que se adapte às novas circunstâncias de tempo e lugar e às pessoas que vivem nessas circunstâncias”. Também relançar, significa tentar mudar a sua imagem presente no pensamento dos agentes de pastoral e da hierarquia da Igreja.
O pessoal e comunitense comunitta.ursos, otimizando-os, a fim de que possam ser instrumentos mais adequados para a busca e formação.
Mesmo assim nos questionamos: Por que relançar o MCC no Brasil?
São passados quase 50 anos do MCC no Brasil e mais de sessenta do início na Espanha... “é uma corajosa iniciativa que lhe dê um novo vigor, um novo impulso, criando novas oportunidades para sua renovação e reinserção mais comprometida nos planos e nos esforços para uma nova Evangelização” que a Igreja nos convoca. Também porque é “fato notório que o MCC do Brasil necessita de recuperar sua imagem diante a hierarquia e de outras instâncias e instituições eclesiais; imagem que hoje é a de um movimento ultrapassado, fora do contexto... assim também pensam muitos leigos e leigas....” “... Nós, os responsáveis de hoje, deveríamos abrir os olhos para analisar desapaixonadamente, tudo o que se introduziu no MCC utilizando critérios pessoais e oportunistas...”
Aqui estamos para esse trabalho! Aqui estamos para o relançar!
É para essa reflexão que convidamos todos os cursilhistas para uma participação ativa e efetiva, a fim de fazermos valer à convocação: “CRISTO CONTA CONTIGO, nossa resposta: E EU, COM SUA GRAÇA”.

Saudações decolores,

Lucia Liguori
Coordenadora do GED - Salvador-Ba

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Carta Mensal - Abril 2009 - 01/04/2009
Carta MCC Brasil – Abr/2009 (116ª.)
“Pelo batismo fomos sepultados com ele na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dos mortos pela ação gloriosa do Pai, assim também nós vivamos uma vida nova. Pois, se fomos, de certo modo, identificados a ele por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição” (Rm 6,4-5). Amados irmãos e irmãs no Senhor Jesus Ressuscitado: Sejam intensas como a luz da Ressurreição e duradouras como a Vida eterna as alegrias pascais no coração e na vida de cada um e de cada uma de vocês! Antes de chegar à glória da Páscoa da Ressurreição, tempo que, com intensa alegria, já começamos a celebrar no inicio deste mês de abril, a caminhada de Jesus passou pelo sofrimento, pela paixão, pela cruz e pela morte. Esse também é o itinerário do seguidor de Jesus: uma caminhada “quaresmal” que dura a vida toda: “Se alguém que vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Por outro lado, crer no Filho de Deus e, portanto, com Ele assumir a cruz de cada dia, é garantia de vida e ressurreição: “Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,40). Reflitamos, então, brevemente sobre esses dois momentos-chave da vida do nosso Mestre e, consequentemente, da nossa vida de discípulos.
1. Sofrimento, cruz e morte – Por mais que imaginemos, jamais conseguiremos dimensionar o peso da cruz d’Aquele que tomou sobre os seus ombros os pecados de toda a humanidade. E ai está a diferença entre o peso material, físico, de uma cruz e o seu peso moral, incomensurável, incalculável para as limitações humanas. Pois se trata de todos os pecados e fraquezas de toda a humanidade desde os seus inícios até o fim dos tempos. Mas, e o nosso sofrimento, a nossa cruz, a nossa morte? Por acaso poderemos compará-los com os de Jesus? Certamente que não. Mas, como diz São Paulo, “pelo batismo fomos sepultados com ele na morte”. Morte que, para nós, são os males que nos afligem - quer os de ordem física, como as enfermidades ou os de ordem psicológica, moral ou espiritual e moral. Num ou em muitos casos, ou na maioria deles, tais sofrimentos são provenientes tanto de nossas limitações e fraquezas como seres humanos – por exemplo, veja no Evangelho de Mateus, cap.5,18-20, o que diz Jesus a respeito da impureza que sai do coração -, como são conseqüências de uma sociedade caracterizada, hoje, pelo egoísmo, pela injustiça, pela violência, pela insegurança, em fim, por uma sociedade e uma cultura cada dia mais distantes do projeto de salvação manifestado por Deus. Tudo isso é cruz e que termina na morte física, espiritual, moral ou psicológica. Nessa situação de “morte”, de “cruz”, de sofrimento, que sentimentos deveriam nos animar e que ações concretas vivenciar para mais nos assemelharmos a Jesus, o Servo Sofredor, mas ressuscitado?
2. Ressurreição e vida: São Paulo lembra ao seguidor de Jesus que para viver desde agora uma “vida nova” é necessário “ser sepultado com ele na morte”. Portanto, temos que criar em nós mesmos a certeza de que: a) a cruz e o sofrimento nos aproximam da cruz e do sofrimento de Cristo. Melhor, nos identificam com Ele de tal modo que, como Ele, podemos oferecê-los, generosa e solidariamente, para a redenção do mundo, hoje; b) não se trata, simplesmente, - como, talvez nos tenham ensinado desde nossa infância – de “conformar-se com a vontade de Deus” ou de “sofrer para ganhar o céu” padecendo sofrimentos e carregando cruzes, mas se trata de assumi-los e abraçá-los com alegria e generosidade para mais intimamente nos unir a Jesus com a firme esperança de que com Ele haveremos de ressuscitar: “Pois, se fomos, de certo modo, identificados com ele por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição” (Rm 6,5). Mas, ao mesmo tempo em que, como discípulos seguidores de Jesus, antecipamos o gozo com a perspectiva da nossa ressurreição, não podemos nos esquecer de que, como seus missionários, devemos trabalhar da mesma forma e com a mesma dedicação, pela “ressurreição” do mundo, da sociedade, da cultura, das pessoas de nossos semelhantes, homens e mulheres e “para iluminar os que estão nas trevas, na sombra da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz” (Lc 1,79). È necessário, portanto que, com coragem e determinação, manifestemos comunhão e solidariedade com os membros sofredores do povo de Deus para anunciar-lhes a ressurreição para uma vida nova e; que, assim, testemunhemos à sociedade aqueles “novos céus e uma nova terra” visualizados por João Evangelista (Ap 21,1), pela prática efetiva e comprometida da justiça, da solidariedade, da fraternidade e do perdão incondicional. Então, sim, a sociedade humana será justa e solidária; será uma sociedade que se vai transfigurando, nos limites do tempo e do espaço, em imagem visível do Reino de Deus. Será, em fim, uma sociedade de filhos e filhas de Deus; uma “sociedade pascal”. Para todos vocês, leitores e leitoras, irmãs e irmãs muito amados, como expressão de meus votos de uma santa e feliz Páscoa da Ressurreição e de uma intensa vivência de um alegre tempo pascal, sugiro que gravemos na mente e no coração a palavra de São Paulo citada no início: “Pois, se fomos, de certo modo, identificados a ele por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição”! Meu abraço fraterno do irmão e companheiro de jornada pascal,
PE. José Gilberto Beraldo

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A SOLENE CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA
POR ALFREDO OLIVEIRA

Estamos às vésperas da Semana Santa, quando nossa Igreja celebra, solenemente, a PÁSCOA DO SENHOR.
Para que a Páscoa de Cristo se torne uma presença em nossa vida, a Igreja procura vivenciá-la e celebrá-la como um sacramento de Deus, ou seja, como um sinal e instrumento da ação de Deus.
E isto, se faz: solenemente uma vez por ano, na chamada Semana Santa, que vamos celebrar logo mais, e também, diariamente – a celebração da Eucaristia que chamamos de Missa – que é, exatamente, a mesma celebração do mistério pascal. O que se faz na Semana Santa é uma celebração mais solene, mais elaborada, com tempo suficiente para uma meditação mais profunda sobre esse grande mistério de nossa fé.
A Igreja realiza todo ano a Semana Santa, com o objetivo:
1 - De celebrar solenemente a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, para reavivar nos fieis os fundamentos da fé cristã católica.
2 - Para proporcionar a cada fiel uma oportunidade maior e mais apropriada para voltar sua atenção para a grandeza e importância do mistério da Redenção.
3 - Para que cada fiel possa dar um balanço na sua vida espiritual, fazendo uma avaliação melhor de seu comportamento em relação: a Deus, a si mesmo, ao outro e ao mundo.
4 - Para uma maior conscientização de que não pode haver uma vida de verdadeira comunhão com o Cristo, sem que se procure fazer morrer o “homem velho” dominado pelo pecado, para surgir um “homem novo”, em Cristo.
Como todos sabem, a Semana Santa abrange desde o Domingo de Ramos até o Domingo da Páscoa do Senhor, sendo o ponto mais alto das celebrações, o Tríduo Pascal (quinta, sexta e sábado).
1 - O Domingo de Ramos, que é o 6º Domingo da Quaresma, recebe no Missal Romano o titulo completo de “Domingo de Ramos e da Paixão”.
Esse título já sinaliza que há dois aspectos fundamentais a realçar na liturgia desse dia: a comemoração da entrada messiânica de Jesus, em Jerusalém, e a comemoração da Paixão do Senhor.
2 - Para a segunda, terça e quarta-feira santas, a Igreja não faz programações gerais oficiais, deixando o tempo livre para programações especificas a critério de cada comunidade. (Normalmente esses dias são reservados para vigílias, confissões, adorações, procissões, vias sacras, etc. conforme o costume local).
3 - Na quinta feira, pela manhã, geralmente só é celebrada a missa da crisma, presidida pelo Arcebispo, na Catedral, e concelebrada pelos bispos auxiliares e sacerdotes da Arquidiocese, ocasião em que é feita a renovação do compromisso sacerdotal de todos os sacerdotes presentes e a benção do crisma (o óleo a ser utilizado em diversos sacramentos).
No fim da tarde ou princípio da noite é celebrada a missa da Ceia do Senhor.
A liturgia dessa celebração é marcada, sobretudo, pela comemoração da Última Ceia de Jesus e pela Instituição da Eucaristia, então realizada pelo Cristo. Também somos convidados a refletir sobre a instituição do sacerdócio ministerial e o serviço aos irmãos manifestado no rito do lava-pés.
4 - Na Sexta Feira Santa não se celebra missa, mas uma ação litúrgica denominada de “Celebração da Paixão do Senhor”.
A celebração consta, essencialmente, de três partes:
1 - Liturgia da Palavra e Oração Universal
2 - Adoração da Cruz
3 - Rito da Comunhão (com o Pão Eucarístico reservado no dia anterior, já que nesse dia não há consagração). Conforme o costume local, também são feitas: procissões, vias-sacras, apresentação das imagens de Senhor Morto e N. S. das Dores, etc., mas estes, são atos oriundos da piedade popular, que têm sua validade no enriquecimento da ação litúrgica, mas não são essenciais, nem fazem parte da programação oficial, segundo as normas litúrgicas para toda Igreja.
5 - No Sábado Santo fazemos a Vigília Pascal que se conclui com a proclamação da Páscoa da Ressurreição.
A Vigília Pascal se realiza em 4 (quatro) momentos:
1 - Celebração da Luz
2 - Liturgia da Palavra
3 - Liturgia Batismal
4 - Liturgia Eucarística.
6 - No Domingo de Páscoa tem início o tempo pascal, que se prolonga por 50 (cinqüenta) dias até Pentecostes, que é outra festa importante da Igreja.
Não podemos negar que as solenes celebrações da Páscoa, pela própria dinâmica dos atos litúrgicos são, de certa forma, demoradas.
Mas isso não deve ser motivo para que deixemos de comparecer à Igreja. A celebração do Tríduo Pascal é, também, uma festa. Uma grande festa, em que, embora inclua a tristeza da Paixão, na Sexta Feira Santa, mas que é regiamente recompensada pela certeza e alegria da Ressurreição proclamada na Vigília de Sábado.
Como cristãos conscientes, temos mais que o dever, temos a obrigação, de participar, prazerosamente, da todos os atos litúrgicos programados.
Para o cristão católico consciente, Semana Santa não é feriadão! É sim, um tempo especial para darmos mais atenção ao nosso compromisso de fé, e que até deixa ainda tempo e espaço bastante para um bom descanso e lazer. Vamos todos, então, à festa!
Uma feliz Semana Santa para todos!