sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DECOLORES OUTUBRO 2009

Nossa Missão
A missão da Igreja é evangelizar!
Somos todos convocados a anunciar
O Evangelho do Reino que é Jesus
Animados pelo Espírito Santos, somos luz,
Caminho também de vida e de Verdade!
Vamos com audácia e fidelidade
Repensar profundamente na missão.
Reconhecendo que não se começa a ser cristão
Por uma decisão ética ou grande idéia.
Deveremos aproveitar as assembléias
Para apresentar aos irmãos propostas novas,
Revelando aos fiéis a grande prova:
Revitalizar a novidade do Evangelho,
Despertando discípulos missionários para o compromisso sério,
Que não depende de grandes programas e estruturas.
A partir de Cristo, somos novas criaturas,
Anunciemos Cristo na gratuidade,
Na generosidade do Senhor para conosco
Assumamos seu jeito, seu olhar, seu rosto,
Com todo amor empenhemo-nos na missão:
Ver, Julgar, agir, assumir nossa vocação!

Um abraço decolores.
Lygia Fialho Equipe do GED Salvador


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CARTA DO ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC – OUTUBRO/2009
Pe. José Gilberto Beraldo

“De fato, “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Ora, como invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele que não ouviram? E como o ouvirão, se ninguém o proclamar? E como o proclamarão se não houver enviados? Assim é que está escrito: “Quão bem-vindos os pés dos que anunciam boas novas” (Rm 10, 13-15).
Meus muito amados irmãos e irmãs, e perseverantes leitores,

Que possamos todos responder à vocação missionária para a qual nos suscita o mandato de Jesus! No passado mês de setembro, o mês da Bíblia, a Palavra de Deus foi celebrada pela Igreja católica no Brasil. Neste mês de outubro somos convidados a conscientizar-nos sobre a missão que nos cabe de anunciar essa mesma Palavra em todas as situações e circunstâncias de nossa vida. Estamos no mês das Missões. Por conta de uma tradição secular, muitos ainda julgam que as missões dizem respeito somente àqueles e àquelas que deixam suas famílias e, até, sua pátria para catequizar povos pagãos e, assim trazê-los para a Igreja católica. Entretanto, nos dias de hoje, quase todos os católicos já possuem consciência mais clara de que a responsabilidade missionária é inerente ao próprio batismo e que não é necessário abandonar a vida normal para responder à vocação para o anúncio da Palavra de Deus.

1. A intenção missionária. - De fato, assim se expressa a intenção missionária para este mês: “Para que o povo de Deus que recebeu de Cristo o mandamento de ir pregar o evangelho a todas as criaturas, assuma com empenho a responsabilidade missionária e a considere como o maior serviço que pode prestar à humanidade”. São Paulo, na Carta aos Romanos, acima citada, afirma a necessidade da proclamação da mensagem da salvação através de enviados que, por sua palavra, suscitem a fé no Senhor. Imediatamente abaixo, no mesmo capítulo, lê-se: “Logo, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo”. Enviados, pois, não são apenas os apóstolos escolhidos pelo próprio Jesus, mas todos os seus seguidores e discípulos. E, hoje, na América Latina, temos não só reconhecida como, sobretudo, aumentada a responsabilidade de todos os católicos, o povo de Deus, no sentido de “saírem” e “irem” anunciar a Palavra de Deus, tanto pela palavra como pelo testemunho de vida. Para isso nos estimula o providencial Documento de Aparecida pelo Espírito Santo inspirado aos nossos Pastores.

2. A “missão” e “o missionário” no Documento de Aparecida - O DA aspira, respira e transpira “missão”, pois a intenção central de todo o DA é a de enfatizar a missão do discípulo. Já o lema da V Conferência do Episcopado Latino americano e Caribenho (maio de 2007, em Aparecida, Brasil), expressa claramente essa intenção: “Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nEle nossos povos tenham vida”. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Os números testemunham a importância dada no corpo do DA às expressões “missão” e “missionário”: enquanto, em diferentes contextos, “missão” aparece 95 vezes, “missionário” ou “missionária” são citados 150 vezes. Essas expressões se encontram especialmente nos Capítulos VI da Segunda parte - “Caminho de formação dos discípulos missionários”- e em toda a Terceira parte - ‘A Vida de Jesus Cristo para nossos povos”.

Em todas essas referências notamos a ampliação das dimensões da missão e do missionário abrangendo um leque muito maior do que aquela noção que deles alimentávamos, até há algum tempo. O DA abre horizontes missionários para o mundo do momento presente e lança os missionários para o momento futuro. Um futuro que nos parece distante, mas que, quase que sem que nos demos conta, efetivamente já começou pois, dada a celeridade dos acontecimentos, parece-nos viver num mundo virtual. Para nosso conhecimento, reflexão e compromisso, quer como cristãos, quer, sobretudo, como participantes de algum movimento ou comunidade eclesiais, apresento apenas duas daquelas referências que penso serem suficientes. a) Acenando à vocação missionária do leigo desde o seu batismo, assim se expressa o DA: “Sua missão própria e específica se realiza no mundo, de tal modo que, com seu testemunho e sua atividade, contribuam para a transformação das realidades e para a criação de estruturas justas segundo os critérios do Evangelho” (DA 210). Essa orientação do DA repete, quase que literalmente, a mesma da Exortação Apostólica “Vocação e missão do leigo na Igreja e no mundo” do Papa João Paulo II em seu número 31. Encontram-se aqui duas dimensões da mesma missão: a pessoal, facilmente compreensível e a comunitária, nem sempre posta em prática porque nem sempre bem entendida e, muito menos, sadiamente interpretada. Para nos ajudar nisso, ninguém melhor do que o nosso Pastor Bento XVI, que, ainda muito recentemente (26 de maio de 2009), solicitou às centenas de fiéis presentes à abertura do Congresso Diocesano de Roma, na Basílica de São João de Latrão, que “criem grupos missionários nos seus locais de trabalho já que é nestes ambientes que passam a maior parte do dia”. Do mesmo modo, exortou-os também a “assumir um renovado espírito missionário com a finalidade de manifestar o amor de Deus aos homens e mulheres”. Pergunta-se: ainda precisamos de mais explicações sobre o que sejam “pequenas comunidades de fé nos ambientes”? Aliás, ainda que evidenciando-se algumas nem sempre corretas interpretações, a dimensão missionária é um dos constitutivos do carisma original de alguns movimentos e comunidades eclesiais como, por exemplo, do Movimento de Cursilhos que, na sua definição, promete “fermentar de evangelho os ambientes” através de “núcleos de cristãos” neles inseridos. b) Ao referir-se expressamente aos “movimentos eclesiais e novas comunidades”, afirma o DA: “Os novos movimentos e comunidades são um dom do Espírito Santo para a Igreja. Neles, os fiéis encontram a possibilidade de se formar cristãmente, crescer e comprometer-se apostolicamente até ser verdadeiros discípulos missionários” (DA 311). Que responsabilidade tão enorme pesa sobre os nossos movimentos e comunidades qual seja a de ajudar a formação de seus participantes até “serem verdadeiros discípulos missionários”! Diante dessa proposta do DA é preciso insistir veementemente que não basta aliciar discípulos de Jesus. É obrigatório levá-los à consciência do seu ser missionário.

Meus queridos irmãos e irmãs: aproveitemos a oportunidade que o Senhor nos oferece neste mês de outubro, o Mês das Missões para renovar nosso espírito missionário e, de novo, deixar que nosso coração se inflame pela causa do Reino de Deus! Deixo a todos um forte e carinhoso abraço para todos implorando as bênçãos de Deus.


Padre José Gilberto Beraldo
Assessor Nacional do MCC


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FOGO MISSIONÁRIO
Pe. Otmar Jacob Schwengber, SJ


“Eu vim lançar fogo à terra, e o que mais posso desejar a não ser que ele queime?” (Lc 12, 49).

O fogo da sarça ardente, o amor de Deus por nós não se consome jamais! O Espírito Santo manifestou-se por línguas de fogo no dia de Pentecostes. Ele deu aos discípulos uma sabedoria corajosa, que os fez sair proclamando com entendimento as Sagradas Escrituras. Esse fogo recebido é o batismo do Espírito. Em 1673, Santa Margarida Maria viu o Coração de Jesus envolto em chamas. É por isso que na ladainha do Sagrado Coração nós O invocamos como “fornalha ardente de caridade”.

Pedimos a Jesus que Ele faça o nosso coração semelhante ao dele, incendiando-o de sincera caridade. O Pe. Teilhard de Chardin, cientista e místico jesuíta, rezou: “Fechai-me, Senhor, nas profundezas das entranhas do vosso Coração. Quando aí me tiverdes, incendiai-me, purificai-me, abrasai-me, sublimai-me, até a perfeita satisfação do vosso gosto, até a mais completa aniquilação de mim mesmo”.

Que tem a ver esse fogo com o mês de outubro, mês missionário?

O fogo é símbolo do ardor com que nos lançamos à missão. Somos missionários de Cristo e não de nossos interesses. O fogo que arde em nossos corações e que deseja incendiar o mundo de amor vem do Coração de Jesus. É deste fogo que o mundo precisa, e não do fogo das bombas, metralhadores, ódio ou injustiças.

Impulsionados pelos bispos e pelos papas João Paulo II e Bento XVI, somos convidados a ser discípulos missionários com um novo ardor apostólico.

Inflamados na chama do Coração de Jesus, nós, associados (as) do Apostolado da Oração, queremos ajudar a lançar fogo no mundo, as chamas do amor, da misericórdia e da paz! Deus nos convida a anunciar ao mundo a loucura de seu AMOR, o amor apaixonado ao Sagrado Coração de Jesus.

“Eu vim trazer fogo à terra, e o que mais posso desejar a não ser que ele queime?”

Que queres que eu faça por ti?
André Bressane de Oliveira, SJ

No dia 18, ouviremos Jesus perguntar “O que quereis que eu vos faça?”
Ora, essa pergunta é forte, afinal, para respondê-la, é preciso que saibamos o que realmente queremos. E isso é muito difícil, pois nossas vontades estão sempre misturadas: Junto com os bons desejos aparecem desejos egoístas, vaidosos... O que é normal! Vejam só o que aconteceu com os discípulos.
Enquanto Jesus está dizendo que sofrerá muito e será morto, mas ressuscitará depois de três dias, os discípulos estão pedindo os lugares mais importantes. Será que a força desse pedido vem de uma vida de entrega e da confiança em Jesus ou do egoísmo, da vaidade e do desejo pelo poder? A resposta de Jesus desmascara isso quando diz: “Não sabeis o que estais pedindo”. A oferta de Jesus é que vivamos inspirados nele, possa é a vida dos santos (e todos nós somos chamados a ser santos!).
Toda recompensa já está dada na própria vida cotidiana baseada no serviço amoroso e generoso. E já que o pedido dos apóstolos não tomava esta via, Jesus não pôde atendê-lo. Precisamos prestar atenção nos nossos desejos. Não podemos achar que vamos rezar e trabalhar na Igreja, sem mais. Nossos desejos estão sempre presentes e misturados. Assim, torna-se muito importante deixar que a pergunta de Jesus entre na nossa vida e limpe um monte de desejos superficiais e motivos falsos para florescer aquilo que importa: Viver o amor.
Por isso, em vez de ficarmos por aí multiplicando tantas palavras, fazendo pedidos superficiais e dando importância ao que não tem tanta assim, vamos aproveitar este Evangelho e permitir que a pergunta de Jesus preencha nossa vida: “O que você quer que eu faça?”. Depois, poderemos dizer-lhe aquilo que brota do fundo de nosso coração, com a confiança de que Ele nos escutará.
Notícias decolores correção...

A Assembléia Diocesana será realizada no dia 14 de novembro de 2009 na Igreja dos Aflitos, no horário das 08h00 às 17h00 e será encerrada com uma Celebração Eucarística. Haverá inscrição com uma taxa de R$ 10,00 por pessoa e nesse valor está incluído o almoço e o material que será utilizado por nós durante a realização da Assembléia. O lanche será partilhado e já estamos definindo os itens e o que cada um pode partilhar. Contamos com a presença de todos os cursilhistas para que com a participação de todos, possamos contribuir para um MCC vivo, presente e atuante na nossa Arquidiocese.

Venha contribuir, a sua participação é muito importante!


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A Televisão de cada dia
Dom Murilo S.R. Krieger, SCJ



A conversa naquele almoço estava animada. Ninguém conseguia terminar a sua história, uma vez que era logo interrompido pelo que estava a seu lado ou se lembrava de um caso semelhante e até mais interessante. Há muito tempo não tinham uma oportunidade como aquela, de estar reunidos ao redor de uma mesa. Foi quando uma voz mais forte chamou a atenção de todos: “Olhem lá!”. Na televisão ligada, via-se a cena de um motociclista que se perdeu numa curva. A imagem foi repetida em câmera lenta e, depois mostrada sob outros ângulos. Quando começaram os comerciais, estavam todos a olhar para a televisão, esquecidos do que conversavam, esquecidos até de que viviam um momento especial na vida da família.
Como explicar esse poder da TV? Como entender as horas em que ela reina, absoluta, dentro da maioria das casas? Como penetrar no fascínio que exerce em muitas famílias, a ponto de não ser desligada nem na hora das refeições? Sociólogos norte-americanos calculam que, ao morrer, uma criança nascida neste nosso tempo terá passado 20% de sua vida diante de um aparelho de televisão. Sua visão de mundo, dos outros e até de Deus será essencialmente marcada pelo que viu ou pelo que não lhe foi mostrado ao longo das horas e horas de teledependência.
Não se trata de lutar para banir a televisão de nossas casas – seria um esforço inútil. O que não se pode conceber é que reine dessa forma, “fazendo” tiranicamente a cabeça de todos, como se nada pudesse ser feito para impedir sua ação quando perniciosa. É verdade que para muitos pais ela não deixa de ser louvada como a mais admirável invenção, já que ocupa e distrai seus filhos que, de outro modo, os perturbariam...
Cresce, contudo, o número daqueles que limitam os horários, selecionam os programas e procuram alternativas para o lazer de suas crianças. Mais reduzido é o contingente dos que estimulam o espírito crítico dos seus, aproveitando o próprio material televisivo para discutir idéias, incutir valores e chamar a atenção para o que é enganoso ou pernicioso. Essa tarefa nem sempre é fácil: a mentira, por vezes, é mostrada em cores tão bonitas e com um aparato técnico tão sofisticado que se torna mais interessante do que a verdade, geralmente dura e exigente.
A televisão aí está, como uma realidade que caracteriza nossa época. Seus aspectos positivos são significativos: os principais acontecimentos internacionais entram, no mesmo dia, nas casas de todos os países do mundo, a cultura deixa de ser patrimônio de pequenos grupos para ser colocada à disposição de todos; gestos de generosidade e de dedicação saem do anonimato para servir de exemplo e incentivo às pessoas distantes; temas de interesse mundial são discutidos por estudiosos de diferentes países e podemos, na mesma hora, participar de suas reflexões.
Os desafios que precisamos enfrentar, por outro lado, não devem ser ignorados, sob pena de pagarmos um preço muito alto por nossa omissão ou ingenuidade. Os detentores desses meios de comunicação têm seus próprios interesses e projetos, e podem facilmente manipular notícias e programas, fazendo que se imponham suas concepções de mundo. Tal como chuva fina que cai por um longo período sobre a terra seca, penetrando-a, o uso acrítico da TV modifica idéias e valores. Por ser um processo lento, quase não é percebido. Importa, pois, saber usar esse instrumento de comunicação com discernimento. Quem não escolhe o que vê, acaba sendo envolvido pelo que desejam que veja.