segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

DEZEMBRO 2010

DECOLORES

BOLETIM INFORMATIVO DO
MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE
ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR – BAHIA


EDITORIAL

               Irmãos e irmãs em Cristo,
                Estamos às vésperas do Natal, quando a Igreja nos convoca a um viver novo, para ajudar nosso Deus a criar o tempo messiânico tão sonhado por Ele e apregoado pelo profeta Isaías no capítulo 11 quando lobo e cordeiro viverão juntos, o leão se alimentará de pastagem como o boi, a vaca e o urso pastarão juntos e a terra ficará cheia do conhecimento do Senhor.
                Não podemos frustrar Seu projeto; dois mil e dez anos se passaram! Somos hoje os protagonistas da história de salvação de nosso tempo.
                Os desafios são muito grandes, mas o compromisso com a nossa fé deve ser muito maior.
                Coloquemo-nos à disposição do Senhor para que Ele possa nos colocar em qualquer ambiente, sendo para Ele e para o mundo um verdadeiro símbolo de Natal. Unamo-nos irmãos decolores, o Senhor está a esperar nossa resposta de amor!      
                 Levemos o fermento do Evangelho a todos os ambientes e como a estrela de Belém apontemos o caminho para todos os irmãos chegarem a Cristo Jesus.

Um Santo e Feliz Natal!

Lygia Fialho
Coordenadora do GED SALVADOR


ELE ARMOU SUA TENDA ENTRE NÓS
                                                                                  Frei Rufino Pinheiro, OFMCap
Diretor Espiritual do MCC Salvador

            Há mais de dois mil anos uma criança veio habitar em nosso meio. Este foi o grande anúncio: “Hoje, na  cidade  de Davi, nasceu para vocês um Salvador” (Lc 2, 11). A alegria foi tanta que não cessaram de glorificar o Deus da vida e da história. “Gloria a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados” (Lc 2, 14).

            Celebrar o natal é, essencialmente, tempo de recordar “passar novamente” (re) pelo coração (cor) o Deus que se encarna na nossa história, fazendo-se solidário para com todos os homens, assumindo a nossa condição de peregrinos neste mundo.

            Jesus traz a proposta de um mundo novo, movido por relações de amor e solidariedade. Natal é tempo de renovar as esperanças, de buscar alternativas em uma sociedade que parece não haver.

           Um novo direcionar da história é possível. Acredito que quando somos movidos por um grande, nobre e sincero sentimento de amor, somos capazes de transportar realidades que, aparentemente, são obstáculos, circunstâncias que nos impedem de sermos verdadeiramente felizes. O amor é mais forte do que todas as potências geradoras de infelicidade e de morte. A vida só encontra seu real sentido quando é movida por grandes sentimentos de ternura e amor. Ao contrário, seremos os mais infelizes de todos os homens.

           Natal é tempo de solidariedade para com todos os excluídos, que como o Cristo pobre, que não encontrou quem o acolhesse, vive na espera de um simples gesto de acolhimento. Natal é tempo de renovar as esperanças. “Portanto, não percam agora a coragem, prá qual está reservada uma grande recompensa. Vocês necessitam apenas de perseverança... Porque falta apenas um pouco... Nós não somos como aqueles que voltam atrás” (Hb 10, 35-39).

          Que essas virtudes  não  faltem  em  suas  vidas:  A  coragem,  a  perseverança e a paciência. Temos um objetivo  a ser conquistado. Corramos com  todos os nossos esforços  para  alcançá-lo. Sejamos  persistentes!  Fixemos  o  nosso  olhar  em  Cristo,  pois  é  nele que  se encontra a plena realização de toda pessoa humana.

            Lembrem-se:  Os  sonhos  de  hoje  serão  realidades  amanhã”.  Jesus   quer  nascer  em  nossas  vidas. Não  o “abortemos”!  Que nosso  coração seja a verdadeira morada  daquele que  é  a  genuína  felicidade.

ANIVERSARIANTES

               Parabéns aos aniversariantes do mês de dezembro. Festejam juntos com Jesus  a data natalícia.  Feliz idade  e  Deus lhes abençoe. São votos do  GED  SALVADOR:
               Dia 01 – Maria Lúcia Liguori, dia 02 – Ricardo Libório, dia 03 – Ney Gonçalves de  Souza, dia 14 – Zizi Gonçalves,  dia 16 Brasília  Faro,  dia 17 Vanessa  Lemos  dos  Santos,   Eugenia Lavigne e Ruth Carvalho, dia 21 – AITA – Carleita de Souza Galvão, dia 25 – Lúcia Seixas, dia 26  Tate  Jansen,  dia 29 – THATA - Catharina P. de Freitas Fontes.


Palavra do Amigo
Pe Paiva, SJ
              Meu mês de dezembro nunca foi sossegado, para interiorizar e fazer um bom Advento. Sempre foi tempo de encerrar o ano letivo.  Precisei crescer para compreender como são belas as quatro semanas em que a Igreja, Mãe e Mestra, prepara-nos para a festa do Natal do Salvador, Jesus! Hoje em dia, a bonita invenção da “Coroa do Advento” está ajudando famílias e comunidades e, às vezes, vizinhos de casas ou apartamentos, a viver o Advento! Você já arrumou a sua para celebrar esse tempo?
              Que maravilha a Novena do Natal! Na liturgia, ela é marcada por antífonas (refrões bíblico-litúrgicos) com títulos messiânicos de Nosso Senhor. Vale a pena recordar algumas:
“Ó Sabedoria, que saístes da boca do Altíssimo e atingis os confins de todo o universo, e com força e suavidade governais o mundo inteiro! Ó, vinde ensinar-nos o caminho da prudência!”
“Ó Adonai, guia da casa de Israel, que aparecestes a Moisés na sarça ardente e lhe destes vossa Lei sobre o Sinai, vinde salvar-nos com vosso  braço poderoso!”
“Ó, Emanuel, Deus conos, nosso Rei Legislador, Esperança das nações e dos povos, Salvador, vinde salvar-nos, ó Senhor e nosso Deus!”.
              Em outros tempos mais tranqüilos, o povo se reunia para participar das Vésperas. Os “Ós” do começo das antífonas ressoavam nos cantos, e Nossa Senhora do Parto ganhou o título de Nossa Senhora “do Ó”!
              Assim, os dias decisivos antes do Natal podem e devem ser passados em oração com Maria, Mãe de Jesus, mantendo firme o santo e formoso costume da Novena de Natal em todo cantinho do mundo fiel! Não tenho dúvidas de que, passando assim essas festas, cada um de nós estará animado na caridade a proclamar o Natal de Jesus, discípulo e missionário!

CARTA MCC BRASIL – DEZEMBRO/2010
             'Foi num deserto que o Senhor achou seu povo, num lugar de solidão desoladora; cercou-o de cuidados e carinhos e o guardou como a pupila dos seus olhos' (Deuteronômio 32,10).
             Meus amados no Senhor Jesus cujo nascimento, com doce expectativa, aguardamos:
             Desde logo não se assuste com uma citação bíblica feita neste tempo tão cheio de luzes como o Natal e, talvez, tão estranha como a que aí está tirada do livro do Deuteronômio (provavelmente do séc. V antes de Cristo). Espero que logo você me compreenda. Meus leitores já sabem que, como é natural, costumo direcionar nossas reflexões do mês de dezembro para o insondável mistério do Advento e do Natal que, juntamente com a Páscoa da Ressurreição, constitui-se no eixo fundante e na razão de nossa fé e marcam profundamente a história da salvação.
           Um tempo de espera.
              À espera de um nascimento sem bebê. Esta é a espera de uma  sociedade de consumo típica do nosso tempo, da nossa época em mudança. A cada ano, já por volta do final do mês de setembro, vou fixando mais minha atenção nos acontecimentos, na publicidade da mídia, na insistência desmedida e calculada para a venda dos tais 'produtos de natal', de brinquedos e presentes; vou observando os esforços para ver quem ergue a maior árvore de natal do mundo, ou que apresenta o boneco do papai Noel mais original da cidade, ou qual o shopping center que apresenta as maiores atrações natalinas. Tudo isto acompanhado obsessivamente pelas expressões que vão agredindo nossos tímpanos, ensurdecendo nossos ouvidos e, com tantas feéricas luzes, atrapalhando nossa visão, tendo, até, com pano de fundo, aquelas maravilhosas melodias compostas especialmente para a celebração de um misterioso nascimento: 'magia do natal', 'espírito do natal', 'Papai Noel', etc.. Mentalmente vou comparando tudo isto com o que aconteceu em outros natais e, com tristeza ou preocupação - não sei dizer - vou concluindo como uma sociedade consumista vai-se distanciando sempre mais da originalidade dos acontecimentos; pior, como o consumismo, a ganância, a sede insaciável do ter e do prazer vão alimentando e reforçando uma mentalidade cada vez mais distante do mistério central que nada tem de mágico, mas que tem tudo a ver com uma realidade inexplicável, mas com profundas repercussões na história e na vida de cada ser humano. Quem pensa natal como um nascimento sem bebê, imbuído desta mentalidade, simplesmente comemora o natal, isto é, faz dele uma mais ou menos apagada memória, dele tem uma esmaecida lembrança. A citação acima tem tudo a ver com esta sociedade figurada como um 'deserto', um 'lugar de desolação' em relação à explosão de Vida que deve acontecer no Natal.
À espera do nascimento de um Cristo-bebê, enviado pelo Pai, Palavra e Filho de Deus. É neste 'deserto', neste 'lugar de solidão desoladora' que o Senhor quis desde sempre e continua querendo 'achar o seu povo' e 'cercá-lo de cuidados e carinhos', enviando, para esta tarefa e missão o seu próprio Filho. Muito oportunamente o papa Bento XVI inicia o Advento perguntando à Igreja e cada cristão se é possível viver o Natal num 'clima' de distanciamento cada vez mais acentuado do projeto de salvação anunciado e vivido por Jesus. Novamente: este clima é o clima de uma 'solidão desoladora', de uma cultura vazia de sentido em relação ao projeto do Pai; é ali que estamos sendo alcançados pelo Senhor que, como nos tempos do Deuteronômio, anda em busca do seu povo, ansioso por 'cercá-lo de cuidados e carinhos'. Então, cabe aqui a pergunta ou perguntas: como você se está preparando para deixar-se encontrar pelo Senhor através de seu Filho feito carne? Aliás, você consegue visualizar este cenário de 'deserto', de 'solidão desoladora' e, portanto, também você e sua comunidade conseguem descobrir no Natal que o Senhor quer guardá-los como a 'pupila dos seus olhos'? E que ou quem são as pupilas dos olhos do Pai? Deixe-me ajudá-lo a dar a resposta: Jesus, você e toda a humanidade resgatada da 'solidão desoladora'.
 
              
Um tempo de celebração.
               Advento - iniciado no domingo último - e Natal, tempos de imersão profunda no mistério insondável do amor que manifesta a ternura do coração de um Pai misericordioso. Advento, expectativa, esperança de um novo nascimento. Tempo de celebração. Nossa fé nos diz que Cristo continua vivo no meio de nós e em cada um de nós. Entretanto, o Advento que prepara este novo nascimento e o Natal que o vivencia, trazem-nos à realidade de uma renovada presença. Por isso, esta noite é feliz; esta noite é intensamente iluminada; esta é a noite na qual, como num deserto e num lugar de solidão, o Senhor 'acha o seu povo e o 'cerca de cuidados e carinho' e, sobretudo, 'guarda-o como a 'pupila de seus olhos'. A pupila é, sem dúvida, a parte mais sensível e delicada da nossa visão. Por isso, tudo fazemos para dela cuidarmos e é com carinho que o fazemos. É a linda e perfeita imagem do carinho de Deus para com a humanidade, concretizado na presença do seu Filho amado, o Cristo Jesus. Advento e Natal, para aqueles que buscam vivê-los na intensidade da fé, são momentos privilegiados de encontro, de participação, de vivência encarnada, saboreada na interioridade do mistério. Quem assim entende este tempo, celebra o Natal e não, simplesmente, o comemora. Porque busca encarnar em si mesmo e na comunidade a Palavra de Deus. Natal, portanto, não é magia como querem impingir os meios de comunicação. Natal é encarnação. Natal é compromisso. De Deus conosco. Nosso com Deus e com o mundo.

               Esperança e votos.
               É na dimensão da vivência do mistério do Filho de Deus encarnado que nos é lícito acender e alimentar a nossa esperança de que o Senhor nos vai encontrar neste deserto e nesta solidão de uma sociedade, de uma cultura que dEle já está tão distanciada e, com certeza vai-nos cercar de todo o cuidado e carinho. Viveremos, assim, novos tempos e novas dimensões do amor concretizado em tempos de não-violência, em tempos de solidariedade, em tempos de perdão entre as pessoas e entre todos os povos da terra. Em suma, em tempos de fraternidade e de justiça. Pois, 'nasceu para nós um menino, um filho nos foi dado. O poder de governar está nos seus ombros. Seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai para sempre, Príncipe da Paz' (Is 9,6). E quando toda a humanidade, a começar por nós mesmos, abrir seus braços e seu coração para O receber, então continuará a se realizar, em plenitude, a visão de Isaias, já uma vez acontecida na história: 'O povo que andava na escuridão viu uma grande luz, para os que habitavam as sombras da morte uma luz resplandeceu' (Is 9,1).
               Neste espírito e na autêntica dimensão do mistério da Encarnação, é que, em meu nome e em nome do Grupo Executivo Nacional por cuja delegação escrevo estas cartas mensais, desejo a todos os meus queridos e fieis  leitores e leitoras um fecundo Advento e um Santo e felicíssimo NATAL de 2010!

PE. José Gilberto Beraldo
Grupo Sacerdotal do MCC


O QUE ACONTECE NO NATAL?

Dom Murilo S.R. Krieger, SCJ

               O que acontece no Natal? Para nos ajudar a responder a essa pergunta, o evangelista Lucas nos coloca no coração dos acontecimentos (Lc 2, 1-20). Ele nos convida a contemplar o Presépio. A descrição que faz do que aconteceu na gruta de Belém nos deixa surpresos, pois Jesus não é descrito diretamente. Fôssemos nós a narrar o nascimento de uma criança, falaríamos de seu rosto e de seu choro, de seu tamanho e peso. Lucas nada nos diz a esse respeito. Não elogia Jesus nem se preocupa em nos dizer como ele era.
               Na primeira parte do seu relato, parece querer destacar José e Maria, que se submetem a um homem poderoso – César Augusto. Esse imperador espalha o medo pela região: Como não obedecer a ele, que queria um recenseamento completo da população, para que ninguém deixasse de pagar impostos? O imperador demonstra seu poder movimentando as pessoas, mesmo que se trate de mulheres, como Maria, que estejam grávidas e para as quais qualquer viagem é um grande incômodo.
               A segunda parte da descrição é em torno dos pastores. Para que entendessem que a mensagem que ouviam era marcada pela alegria, foi preciso que os anjos os acalmassem: “Não tenhais medo!”
               Mesmo que Lucas não entre em pormenores sobre Jesus, no centro não só da cena que descreveu, mas em todo o seu Evangelho, é o Filho de Deus que se destaca. Jesus é o centro do Natal. Tudo se movimenta em seu redor, isto é, ao redor de uma criança que, como todas, é  frágil e indefesa. Ele está no centro da vida de Maria e José; no centro da vida dos pastores. Mais: No centro da Historia! Tudo gira em torno dele; tudo foi feito por ele e para ele.
               Gosto de observar presépios, não importa de que maneira são feitos, nem por quem. Vejo que, em todos eles as personagens estão ali em função de Jesus. Todas estão voltadas para ele ou têm sentido em vista dele. José o protege. Maria é aquela que o enfaixa e coloca na manjedoura. Os pastores, para visitá-lo, deixam seu rebanho. Jesus nada diz, nada ordena e, no entanto, todos são tocados por ele.
               A partir do seu nascimento em Belém, Jesus passa a estar no centro da vida de homens e mulheres, de jovens e crianças de todos os tempos – também dos que não o aceitam. Ele veio trazer a salvação e a paz para todos, mas não obriga ninguém a aceitá-las. No Natal, o Pai dá o maior de todos os presentes à humanidade. Contudo, não nos dá seu Filho porque somos santos, mas porque somos necessitados e precisamos de um Redentor. Sem ele – Caminho, Verdade e Vida – pereceríamos. Sozinhos, não conseguiríamos trilhar o caminho do amor.
              Comecei perguntando o que acontece no Natal? Com a ajuda do evangelista Lucas, descobrimos que no Natal Deus abre imensos horizontes diante de nós, pois nos tira do caminho da morte e nos introduz no caminho da vida O apóstolo Paulo nos dirá que no Natal, “a graça salvadora de Deus manifestou-se a toda a humanidade”, pois Cristo “se entregou por nós, para nos resgatar de toda iniqüidade e purificar para si um povo que lhe pertença e que seja zeloso em praticar o bem” (Tt 2, 11.14). Purificar para si um povo que lhe pertença! Somos chamados a pertencer a este povo que tem como centro Jesus. Um povo que se dedica a praticar o bem!

               O que acontece no Natal? Acontece simplesmente isto: “Nasceu para nós um Menino” (Is 9, 5). Jesus está no meio de nós!

domingo, 7 de novembro de 2010

NOVEMBRO 2010

Decolores
Boletim Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador – Bahia

Editorial
Novembro/2010

                  Irmãos e irmãs em Cristo,

                     Estamos às vésperas do Advento, quando a Igreja nos convoca a um viver novo, a mudar totalmente de vida, a assumir nossa vocação e missão de leigos comprometidos com o Novo Tempo.
                    É necessário que nos empenhemos nessa nova evangelização; que não poupemos esforços para levar a mensagem evangélica a todos os irmãos, especialmente os batizados afastados.
                    Somos muito tímidos em relação à nossa fé; não temos a ousadia de nossos irmãos de outros seguimentos religiosos, que vão de porta em porta anunciando que Jesus está para chegar.
                    Não permitimos ainda que Jesus venha até nós, entre em nossas casas, que tenhamos um encontro pessoal com Ele, para que conhecendo-O em profundidade, possamos colocar Seus ensinamentos em prática, testemunhando que ele está vivo em nós.
                    Neste mês de Novembro, estamos estudando a encíclica Dei Verbum em nossa Escola da Fé, para prepararmo-nos mais e melhor para a nossa missão; para isso, Frei Rufino, nosso orientador espiritual, tem se esforçado para repassar a todos nós o conteúdo da Encíclica, dentro de seu carisma tão originalmente especial.
                   Conhecendo Jesus e Sua palavra redentora, estaremos mais capacitados para assumir a missão que o Senhor nos confiou e seremos assim, leigos comprometidos com a Boa Nova, vivendo o fundamental cristão, testemunhando com a nossa vida que Jesus é o Senhor para a glória de Deus Pai!
Saudações decolores,

                                                                                                        Lygia Fialho
Coordenadora do GED




Aniversariantes

               Vamos saudar nossos aniversariantes do mês de Novembro, rezando por eles e pedindo a Deus que os abençoe e os proteja por toda a vida. Votos do GED Salvador. São eles:
Dia 01 - Tereza Matos Rebouças e Maria Luiza Mendonça, dia 03 – Dom Gregório Paixão e Elvira Pereira de Athayde, dia 05 – Eleonora Pacheco de Miranda e Gilberto Bonfim, dia 07 – Paulo Câmara, dia 09 – CIDA Maria Aparecida Araújo de Souza, dia 10 – Valter Bispo dos Santos, dia 11 – Marilene Sá, dia 15 – Neide Passos e BELINHA Isabel Santos Ribeiro, dia 17 - Andréia Conceição, dia 19 – Gabriela Gordilho, dia 20 – Joseane Pinheiro Correia de Araújo, dia 22 - Terezinha Carvalho da Silva, dia 23 – Moema S. Ribeiro, dia 26 - Letícia Alves de Sousa e dia 28 – Maria Beatriz da Silva.


Conversar
Gustavo Malta SJ
Sempre achei muito bom conversar. Ter pessoas por perto para bater um papo é uma das melhores coisas que podemos fazer na vida. Um momento de partilha de muitas opiniões... sobre o mundo,  a vida, o dia a dia, enfim, muitos e vários assuntos diferentes.
Mas, à medida que o tempo passa, pude ir percebendo como as pessoas têm sentido mais dificuldade de conversar sobre si mesmas. Os assuntos geralmente tratam de coisas superficiais, distantes, como o futebol, o tempo ou alguma coisa que acontece do outro lado do mundo.
E por que será que isso está acontecendo?
Talvez um dos principais motivos seja o maior distanciamento familiar. Antigamente se sentava junto para fazer as refeições. Passava mais tempo próxima durante o fim de semana. Tinha mais tempo de convivência! Hoje, as atividades do dia a dia parecem tomar conta de todo o tempo disponível. Estudos durante o dia todo, atividades extras para as horas que “sobram”, trabalho até aos domingos... e o tempo para curtir a família vai ficando mais e mais escasso...
Que bom quando as famílias percebem que mais importante que fazer muitas coisas sozinho é poder partilhar a vida com os outros! Assim como Jesus gostava de fazer suas refeições com seus discípulos, nós deveríamos gostar de estar junto das pessoas que amamos. Com certeza, Jesus e seus amigos conversavam muito. Falava da vida, dos planos, das angústias, das dúvidas e do Pai, a quem Jesus tanto se referia.
Que esse exemplo de Jesus possa despertar em nós esse desejo... o simples desejo de conversar, de perguntar ao outro, ao pai, à filha, ao amigo, à irmã, como está... o que tem acontecido em sua vida. Que ainda hoje continua gostando de um bom dedo de prosa! Que ainda hoje continua nos perguntando como estamos, o que estamos fazendo, e que continua nos falando do amor do Pai por nós. Vamos conversar, então. Falar e ouvir o outro. Falar e ouvir Jesus!

CARTA DO PADRE BERALDO – Grupo Sacerdotal do MCC – NOVEMBRO/2010


          “Nele (em Cristo), Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor” (Ef 1,4). “Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não em atenção às nossas obras, mas por causa do seu plano salvífico e de sua graça, que nos foi dada no Cristo Jesus antes de todos os tempos” (2Tm 1,9). “Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade” (1Ts 4,7).

                   Amados e amadas no Deus-Santo, no Deus-Amor, no Deus-Ternura, no Deus-Pai e Mãe:


             Entre outras comemorações do mês de novembro, penso que nós, cá entre tantas vozes de um mundo a cada dia mais barulhento, mais inquieto, mais apelativo, católicos, motivados pela Solenidade de Todos os Santos, logo no início do mês (na Igreja do Brasil, neste ano transferida do dia primeiro – por ser dia de semana para o domingo, 07), deveríamos ocupar-nos mais detidamente com uma reflexão sobre a santidade. Como santos, nesta Solenidade, a Igreja quer celebrar tanto os conhecidos e canonizados que não tiveram memórias especiais nos demais dias do ano, como os desconhecidos e anônimos, irmãos e irmãs nossos, heróicos no seguimento das pegadas de Jesus e fiéis nas virtudes evangélicas. Entretanto, observa-se que na cabeça de muito católico o conceito de santidade ainda está quase que restrito ao altar com a imagem do santo (a) de sua devoção ou à veneração de santos (as) canonizados (as) pela Igreja. Trata-se, porém, de um conceito, senão incorreto, pelo menos muito limitado do que seja a santidade. Talvez, por isso, explica-se a existência de um culto aos santos que é desproporcional em relação, por exemplo, à Eucaristia. Proponho, então, apresentar-lhes alguns pontos inspirados na Palavra de Deus anunciada pela palavra São Paulo e lembrada acima, tendo como tema central a vocação do cristão à santidade.

1. No que consiste a santidade. Já no Antigo Testamento Javé convidava o povo de sua eleição a que fosse “santo” como Ele mesmo é santo: “Santificai-vos e sede santos, porque eu sou santo” (Levítico 11,44). Ora, Deus é santo porque, essencialmente, é Amor, como nos ensina São João (Cf.1Jo 4,16). Brotando da essência do Deus-Amor, a santidade nada mais é do que viver o amor: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Cf. Mt 22,39; Mc 12,31; Lc 10,27). Portanto, na palavra de Jesus, muito além do sacerdote e do levita, o samaritano foi um santo que amou o ferido e abandonado na sarjeta mais do que a si mesmo. São Paulo nos diz que santidade é ser “santo e íntegro” diante dEle, no amor. Então, meu irmão, minha irmã, aqui está a síntese da definição de santidade: AMOR e AMAR! Se você quiser avaliar seu conceito de santidade, avalie, antes de tudo, as dimensões do seu amor a Deus e ao próximo. Tudo o mais na busca da santidade nasce do AMOR: oração, renúncia, penitências corporais, sacrifícios, etc.

2. A vocação para a santidade.  São Paulo nos diz que Deus, através de Jesus Cristo, a todos nos chamou com uma vocação santa (Cf. 2Tm 1,9) e, portanto, à própria santidade.  Pois,  se  a
santidade brota da essência do amor que é o nosso Deus-Amor, o chamado para a santidade nasce no coração do próprio Deus. Também São Pedro, lembrando o Levítico, nos admoesta:
Antes, como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos, também vós, em todo o vosso proceder. Pois está na Escritura: ‘Sereis santos porque eu sou santo” (1Pd 1,15-16). É no sacramento do batismo que nos purifica e nos introduz na intimidade da filiação divina, que vamos encontrar a vocação, ou seja, ouvir o chamado à santidade. São Paulo, como lemos acima, afirma que “Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade” (1Ts 4,7). Portanto, meus amados, não busquemos nenhuma desculpa para não ouvir a voz do Deus-Amor. A não ser que a “impureza”, a injustiça, o desamor, a violência, a vaidade, o orgulho ou os excessivos ruídos que nos cercam e que em nós penetram, nos tenham deixados surdos e surdas!

3. A resposta ao chamado. Nosso Deus-Amor fez a sua parte: abriu seu terno coração e nos chamou à santidade, isto é, introduziu-nos na vivência do Amor. Amor que se traduz, como ensina Jesus, na prática do amor ao próximo, na vivência das bem-aventuranças e do Pai-Nosso. Implícita ou explícita, qualquer chamado espera uma resposta. E, agora? O Pai também espera uma resposta. A sua resposta. Resposta que a gente vai dando em todos os momentos da vida. Resposta que será dinâmica enquanto tivermos coragem para renovar o compromisso fundamental da fidelidade ao chamado; resposta repetida desde o nascer ao por do sol, pela manhã, à tarde e à noite, à medida que vamos relendo as circunstâncias pessoais e históricas que tecem a nossa vivência. Você, meu irmão, minha irmã, está disposto a responder com o amor nascido no seu coração ao chamado que Deus lhe faz para a santidade? Ou, até quando Ele deverá esperar sua decisão? Nossa sorte é que o Senhor nosso Pai-Mãe é paciente, “é misericordioso e compassivo, lento para a cólera e rico em bondade” (Cf. Sl 103,8).

4. Desafios à busca da santidade. É fácil ser santo? Ser santa? Supondo que você tenha dado uma resposta positiva ao chamado de Deus à santidade, lembre-se que, apesar de todos os nossos anseios, nem sempre o caminho em busca da santidade se apresenta totalmente livre, sem qualquer obstáculo. Pelo contrário, quanto mais aspiramos alcançá-la, maiores poderão parecer as dificuldades, pois vai-se amadurecendo nossa  capacidade de discernir e, portanto, de melhor afinar os ouvidos para ouvir o Senhor que nos chama à santidade.  Onde antes não ouvíamos qualquer sussurro vindo dEle, hoje, com ouvidos mais sensíveis, entre tantas vozes de um mundo a cada dia mais barulhento, mais inquieto, mais apelativo, podemos perceber a voz de Jesus que nos convida a entrar por uma “porta estreita” (Cf.Mt 7,13); a “negar-nos a nós mesmos e tomarmos a cruz de cada dia” (Cf.Mt 16,24; Mc 8,34; Lc 9,23). É palmilhando os caminhos nas pegadas de Jesus; é assumindo o firme compromisso do seguimento do Mestre que, apesar de todas as nossas limitações e fraquezas, chegaremos à santidade, ou seja, à perfeição do amor: “Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). É fundamental que tenhamos sempre gravado na mente e “tatuado” no coração que: “Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade” (1Ts 4,7).

Permitam-me, meus amados, encerrar esta carta ousando fazer minhas as mesmas palavras que São Paulo, já saudoso, dirigia a seus irmãos e irmãs de Roma: “A vós todos que estais em Roma, amados de Deus e santos por vocação, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e de nosso Senhor, Jesus Cristo” (Rm 1,7).
                                                                                                            PE. José Gilberto Beraldo
 Grupo Sacerdotal do MCC








domingo, 10 de outubro de 2010

OUTUBRO 2010

Decolores
Boletim Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador – Bahia
Editorial
Outubro/2010
                Irmãos e irmãs em Cristo,
                 É o momento de colocar em prática o que aprendemos do Senhor, através de sua Palavra, assumindo a vocação para a qual fomos chamados.
                 Estudamos o livro de Jonas no mês da Bíblia, e o Senhor está mandando cada um de nós para nossas Nínives, para anunciar a vida nova que todos precisam assumir. Como o Senhor pediu a Jonas, também nos pede um comprometimento maior, mudando totalmente nossa forma de viver.
                 Para isso, não devemos esquecer o tripé que nos foi apresentado no Cursilho: Estudo, oração e ação, fazendo a experiência de Jesus Cristo e de Sua Palavra em nossas vidas, testemunhando aos nossos irmãos que Cristo está vivo em nós.
                 Para estarmos melhor preparados para assumir a missão de anunciadores do novo tempo, teremos a oportunidade da fazer o Cursilho de Reciclagem que está programado para os dias 29 e 30 deste mês, quando novas pistas nos serão apresentadas por Padre Gil, orientador espiritual do MCC de Ilhéus. Precisamos sair da nossa acomodação para sermos verdadeiros sinais de Jesus em nosso mundo tão desafiador.
                 Unamo-nos irmãos e irmãs decolores, freqüentemos a Escola de Vivencial de Fé, as missas na Igreja dos Aflitos, as atividades do MCC, para que possamos assumir a missão que o Senhor que nos confia mais uma vez: “Ide, fazei que todas as nações se tornem meus discípulos ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei”.
Meu abraço de paz!
                                                                                                                                             Lygia Fialho
                                                                                                                            Coordenadora do GED 

                                                  
Missão: renúncia, cruz e seguimento
Frei Mário Sérgio, ofmcap

                 Nossa missão tem uma raiz profunda na Trindade Santa. Ela é a fonte de toda ação missionária. Jesus é o grande missionário da Trindade. E, hoje, o Espírito Santo continua e atualiza a mesma missão de Jesus na Igreja e no mundo. Nenhum cristão pode optar por ser ou não missionário, só se pode optar por ser ou não de Jesus. Mas, uma vez aceitando o convite do Mestre, faz-se implícito o imperativo missionário.
                Ser missionário é ter a consciência de que se porta uma grande notícia. A melhor notícia é, sempre, a Palavra de Deus. Portanto, a mensagem é divina. Ela não pertence ao portador, pelo contrário, a ele é confiado esse grande tesouro. No evangelho de São Marcos (8, 34), Jesus colocará as exigências para o seu seguimento: Chamou, então, a multidão, juntamente com os discípulos, e disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!”. O primeiro verbo da frase é chamar. Ser missionário é uma vocação, é um chamado. É sempre Deus quem chama!
                “Se alguém quiser vir...”: ninguém é obrigado a fazer o seguimento de Jesus. É sempre um ato de profunda liberdade interior. É uma opção livre e fecunda. É uma doação da vida, do tempo, do descanso, da saúde, dos bens, enfim, de tudo aquilo que pode facilitar a missão, a caminhada.
                “Renuncie a si mesmo”: eis a maior exigência para ser missionário, renunciar! Abrir mão dos próprios projetos, dos próprios sonhos, da própria vida, das próprias idéias. Quem é cheio de si, apenas, empobrece sua própria vocação missionária, pois levará a si próprio e não a boa nova de Jesus. Algumas atitudes são incompatíveis com a missão: egoísmo, individualismo, o orgulho, a prepotência, a arrogância. Por isso, Jesus apela à renúncia de si mesmo.
                “Tome a sua cruz”: a cruz representa o projeto do reinado de Jesus. Muito mais do que dor e sofrimento, cruz é vida. Ninguém é missionário de si mesmo. Assim, a cruz é o novo trazido pelo Cristo. Não se pode fugir da cruz com o pretexto de fazer uma missão mais branda, mais serena, mais alegre. Jamais poderemos abandonar a pregação do Cristo Crucificado. A cruz é a maior prova de amor do Filho de Deus pela humanidade. Essa é a grande mensagem que o missionário deve levar: a de Deus apaixonado pelos homens que radicaliza esse amor entregando sua própria vida para que todos tivessem vida Nele.
                 “Siga-me”: pela pedagogia de Jesus, nesse texto de Marcos, o seguimento é a última atitude que o missionário deve ter. O caminho é esse: renúncia, cruz e seguimento. Só pode ser missionário  quem  teve a coragem de fazer todos os passos exigidos pelo Mestre. Por fim, lembramos o conteúdo da missão, dizer, a plenos pulmões, para todo mundo ouvir, que

Deus nos ama com amor sem igual.



CARTA DO GRUPO SACERDOTAL DO MCC – OUTUBRO/2010
                        “O Senhor escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois, à sua frente, a toda cidade e lugar para onde ele mesmo devia ir. E dizia-lhes: ‘A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua colheita’.” (Lc 10,1-2).
                       Muito amados irmãos e irmãs, leitores e leitoras que, “entre todas as nações”, buscam identificar-se como discípulos missionários, como enviados de Jesus:
                      No mês de outubro de cada ano, a Igreja Católica celebra o MÊS DAS MISSÕES e, no último domingo, o DIA MUNDIAL MISSIONÁRIO. Portanto, não é somente oportuno como, até, obrigatório que na carta deste mês tratemos desse assunto tão importante e urgente. Nisso somos guiados, orientados e iluminados por um dos Documentos mais significativos da história da Igreja da América Latina, o Documento de Aparecida (DAp). Desde seu lema inspirador, “Discípulos missionários de Jesus Cristo para que nEle nossos povos tenham vida” “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6), até o último parágrafo, o DAp vai iluminando o seu tema central, isto é, a missão evangelizadora da Igreja, e é todo impregnado de “missão”, respirando-a e transpirando-a até chegar a um apelo, que eu diria quase dramático, e ao lançamento de uma Grande Missão Continental, para a América Latina e Caribe, concretização do mandato de Jesus: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). Deixemo-nos, pois, envolver por essa luz, “um novo Pentecostes”, como nos diz o DAp. Também, já há algum tempo, as mesma luz foi acesa pelo Papa Paulo VI com outro precioso documento, a Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi” (EN) ou “A Evangelização no Mundo Contemporâneo”. Convido-os, pois, meus amados, a abrir algumas janelas que nos ajudem a ver e assumir com maior determinação esse desafiante processo de “fazer discípulos”.
                          1. Primeira janela: o que é “missão”? É uma tarefa a ser executada, um compromisso de levar até o fim algo que foi encomendado e aceito por alguém. No nosso caso, é aceitar e levar a termo a tarefa para cuja execução Jesus envia seus discípulos, a tarefa de anunciar o Reino de Deus: “O Senhor escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois, à sua frente... (Lc 10,1). Aceitar a missão evangelizadora é cultivar a mentalidade de ser enviado, de sair”, isto é, deixar o comodismo, os braços cruzados, a realização dos próprios interesses. É esquecer-se da passividade e da tranqüilidade dos templos e ir: Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de “sentido”, de verdade e de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranqüilos em espera passiva em nossos templos, mas é imperativo ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não têm a última palavra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que Ele nos convoca na Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na construção de seu Reino em nosso Continente” (DAp 548). O fiel cumprimento dessa missão nada mais é do que evangelizar. E, evangelizar é vocação e missão de toda a Igreja; vocação e missão de cada cristão católico, de cada batizado; é sua missão, meu querido irmão, minha querida irmã.
                       2. Segunda janela: quem é o missionário? a) É alguém enviado, como um dos setenta e dois, para executar uma missão, uma  tarefa  indo  adiante  de  Jesus.  É  todo  aquele e aquela que afirma ser discípulo e seguidor do Mestre Jesus e que assume executar a mesma missão que Ele assumiu diante do Pai, sempre dispostos a “recomeçar a partir de Cristo”: Todos os batizados são chamados a “recomeçar a partir de Cristo”, a reconhecer e seguir sua Presença com a mesma realidade e novidade, o mesmo poder de afeto, persuasão e esperança, que teve seu encontro com os primeiros discípulos nas margens do Jordão, há 2000 anos, e com os “João Diego” do Novo Mundo. Só graças a esse encontro e seguimento, que se converte em familiaridade e comunhão, transbordante de gratidão e alegria, somos resgatados de nossa consciência isolada e saímos para comunicar a todos a vida verdadeira, a felicidade e a esperança que nos tem sido dada a experimentar e nos alegrar” (DAp 549). b) São os Movimentos e Comunidades Eclesiais. Refiro-me aqui, especificamente, ao Movimento de Cursilhos de Cristandade. Se em muitos lugares e desde suas origens, portou-se como discípulo, agora é a hora de, impulsionado por seu carisma, ser “fermento de evangelho nos ambientes”, fazer a releitura de sua vocação missionária, sobretudo em nossa América Latina:” Os novos movimentos e comunidades são um dom do Espírito Santo para a Igreja. Neles, os fiéis encontram a possibilidade de se formar na fé cristã, crescer e se comprometer apostolicamente até ser verdadeiros discípulos missionários” (DAp 311). Apliquemos ao Movimento estas palavras do Papa Paulo VI: “Finalmente, aquele que foi evangelizado, por sua vez, evangeliza... não se pode conceber uma pessoa que tenha acolhido a Palavra e se tenha entregado ao Reino sem se tornar alguém que testemunha e, por seu turno, anuncia essa Palavra” (EN 24).
                    3. Terceira janela: onde e como ser missionário? Onde quer que viva, esteja ou passe, o discípulo de Jesus pode vivenciar sua missão de evangelizador. Missionário não é apenas – como se pensava não há muito tempo – aquele que abandona sua pátria e sua família para dedicar-se à evangelização em geografias distantes (ainda que isso continue sendo absolutamente urgente, como afirma o DAp 548 que a chama de “missão ad gentes”.  Missionário é aquele e aquela que encarna os critérios e valores do Evangelho e assim os testemunha por seus atos e procedimentos na sua vida cotidiana, por suas palavras e ações.
                     4. Quarta janela: exigências para ser discípulo missionário. Julgo suficiente para a nossa reflexão indicar a leitura de todo o Capítulo VI do DAp, “O caminho de formação dos discípulos missionários” que insiste numa exigência básica – a formação – e indica seus caminhos.
                     Concluindo... Meu irmão, minha irmã: sua família, seu bairro, seu ambiente de trabalho e lazer, a grande comunidade formada por todos aqueles com quem você convive, são os locais do exercício de sua atividade missionária, onde você deve fazer, ao mesmo tempo, a experiência do Espírito Santo, que Não é uma experiência que se limita aos espaços privados da devoção, mas que procura penetrá-los completamente com seu fogo e sua vida. O discípulo e missionário, movido pelo estímulo e ardor que provêm do Espírito, aprende a expressá-lo no trabalho, no diálogo, no serviço e na missão cotidiana” (DAp 284). Jesus espera que você caminhe atrás dEle: “E percorria os povoados da região, ensinando” (Mc 6,7).
       Meu abraço fraterno e carinhoso.
                                                       PE. José Gilberto Beraldo
                                                                                                             Grupo Sacerdotal do MCC


ANIVERSARIANTES
             
                   Aos aniversariantes do mês de outubro desejamos a paz de Cristo e todas as graças sonhadas. Abraços Decolores, parabéns e Feliz Idade, são os votos do GED Salvador. São eles e elas:
Dia 02 Rosana Maria Rehem da Silva Fialho, Tereza Cristina Carvalho Fagundes e Aurivanda Macedo Silva, dia 08 Blandina, dia 12 Nydia Liberato de Matos Gonçalves, dia 13 Normélia O. Santos, dia 14 Aurélio Carvalho de Oliveira, dia 16 Maria Cristina Fialho Duarte, dia 17 Marly Magalhães, dia 18 Padre Edson Menezes da Silva, Eliana e Eva Gama, dia 20 Thiara Teixeira, dia 21 Mercedes Magalhães, dia 22 Marcelo de Carvalho dos Santos, dia 23 Walter José Dória Soares, dia 24 Marialva Caldas Silva, dia 25 Cremilda dos Santos, dia 31 Regina Helena Viana de Oliveira.


 Notícias Decolores

Olha  eu   de  novo  minha  gente,                    Penalva                                 
                Desta vez, para lembrar a todos os cursilhistas, que realizaremos nos próximos dias 29 e 30 deste mês, aqui na Igreja dos Aflitos, um Cursilho de Reciclagem, sob a orientação do nosso querido Padre Gil, que estará vindo de Ilhéus para nos presentear com essa rica oportunidade. Toda a programação já está definida, os trabalhos serão desenvolvi dos seguindo a estrutura das Mensagens do Cursilho, dando destaque à necessidade de relançamento do Movimento de Cursilhos de Cristandade, atendendo a orientação da Direção Nacional do MCC. Não percam este momento de reflexão tão importante para nós e que será, sem dúvida, mais um chamado de Jesus para que, enriquecidos da Palavra de Deus, assumamos a nossa missão de Evangelizadores dos Ambientes por onde freqüentamos, CONFIRMANDO O COMPROMISSO DA NOSSA RESPOSTA DADA QUANDO NOS FOI DITO: Cristo conta contigo”. Eis a nossa resposta: “E eu com a sua Graça”.
                    O horário dia 29 será das 19h00 às 21h30 e dia 30 terá início às 08h00 encerrando com a missa às 17h00. A taxa é R$ 35,00 e está incluído o almoço e o material a ser usado. Os lanches serão partilhados pelos participantes sob a orientação de Lygia Fialho. Enfatizamos aqui a importância e o compromisso com os horários estabelecidos, lembrando que os temas serão compactos e bastante resumidos devido à disponibilidade de tempo.   Por isso pedimos, evitem chegar atrasados.


O Dia Missionário Mundial
PE Luis Gonzalez Quevedo, SJ

                  O dia missionário mundial é celebrado, todo ano, no penúltimo domingo de outubro. Esta jornada é organizada pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), que tem por objetivo “orientar e coordenar, em todo mundo, tanto a atividade como a cooperação missionária” (Decreto Ad Gentis, nº 29, do Concílio Vaticano II).
                 Na mensagem que Bento XVI enviou para a Jornada Mundial deste ano, Lê-se: “O Dia Missionário Mundial oferece-nos a ocasião para renovar o compromisso de anunciar o Evangelho e dar às atividades pastorais um ímpeto missionário mais amplo”
                 “Jesus Cristo nos convoca à mesa da sua palavra e da Eucaristia, para saborear o dom da sua Presença, formar-nos na sua escola e viver cada vez mais conscientemente unidos a Ele, Mestre e Senhor. Só a partir deste encontro com o amor de Deus, que muda a existência, podemos viver em comunhão com Ele e entre nós, e oferecer aos irmãos um testemunho credível, dando a razão da nossa esperança (cf. 1Pd 3, 15)”.
                  O Dia Missionário Mundial nos recorda que o anúncio do Evangelho é missão de toda a Igreja, “missionária por sua própria natureza” (Ad Gentis, 2). Numa sociedade pluralista que experimenta cada vez mais formas preocupantes de solidão e de indiferença, cultivando os grandes ideais que transformam a história e comprometendo-se a fazer com que o planeta seja a casa de todos os povos.                 
                  Particularmente na América Latina, a Igreja está empenhada numa ampla “Missão Continental”, inspirada na 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano e do Caribe, realizada em Aparecida, SP. No Brasil, a Missão Continental concretiza-se no “Projeto Nacional de Evangelização” (Documento 88 da CNBB), com o lema “A Alegria de ser Discípulo-Missionário”.
                  Rezemos para que cada cristão, motivado pela celebração do Dia Missionário Mundial, assuma como própria a tarefa de anunciar Jesus Cristo, como “serviço necessário e irrenunciável que a Igreja é chamada a desempenhar em favor da humanidade”.