quarta-feira, 4 de agosto de 2010

AGOSTO 2010

DECOLORES
Boletim Informativo do Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador – Bahia

Editorial
Agosto/2010

          No mês de agosto celebramos no segundo domingo o dia dos Pais, e no dia 4, a festa de São João Maria Vianney, o dia do Padre.

          Nossas orações e nossa gratidão por aqueles que o Senhor escolheu para serem nossos pais e pastores.

          Queremos lembrar hoje, de maneira especial, os assessores eclesiásticos do Movimento de Cursilhos em nossa arquidiocese:

           Dom Tepe, que foi o primeiro a assumir o Cursilho em Salvador; através dele o movimento se espalhou em todo o Nordeste. Dom Romer, Dom Thomas, PE Kelmendi, Frei Urbano, PE Edson Barauna, Frei Jorge e Frei Sérgio, cada um assumindo seus carismas de maneira responsável e coerente.

          Agora estamos caminhando com Frei Rufino, que de maneira muito fraterna, revela para nós a espiritualidade de São Francisco.

          Agradecemos ao Senhor termos tido a oportunidade de conviver com pastores tão especiais, sinais visíveis do amor de Cristo, que têm nos ajudado a assumir nossa missão, anunciando com suas vidas que Jesus é o caminho de Vida e Verdade!

Saudações Decolores!
                                                                                                    Lygia Fialho
Coordenadora do GED Salvador.


Os Cristãos e a Política
PE Luis Gonzáles-Quevedo, SJ

          Para que em todas as nações do mundo as eleições dos governantes se realizem com justiça, transparência e honestidade, respeitando as livres decisões dos cidadãos.

          Há países onde as eleições políticas não são livres nem democráticas. O povo tem de votar com base em uma lista de candidatos únicos, indicados pelo governo e que serão eleitos com mais de 90% dos votos.

          No Brasil não acontece isso. No entanto, não ousaríamos dizer que nossas eleições são totalmente justas, transparentes e honestas. Uma primeira dificuldade é o alto custo das campanhas políticas, o que exclui os candidatos pobres e favorece os candidatos ricos. As eleições exigem muita propaganda, cabos eleitorais, animadores de comícios etc. Ao final, o político eleito sente-se devedor de todos aqueles que o ajudaram a ganhar a eleição. A tentação, então, será governar em favor daqueles que o apoiaram.

          Daí a desconfiança generalizada do nosso povo diante da política (que seria “suja”) e dos políticos (considerados “corruptos” e “mentirosos”). Essa atitude, porém, não é justa, nem resolve o problema, antes aumenta. Se as pessoas honestas e competentes se afastarem da vida político-partidária, acabaremos sendo governados por políticos incompetentes ou desonestos, e colocarão seus interesses pessoais acima do bem comum.

          Pelo contrário, a Igreja sempre animou os cristãos leigos a se engajarem na vida política, a fim de colaborarem na construção de um mundo mais justo. No passado, a Igreja elevou aos altares alguns reis de comportamento exemplar, como Fernando III ou São Luis, rei da França. Em tempos mais recentes, há também exemplos de políticos honestos, como Giorgio La Pira, prefeito de Florença, cuja causa de beatificação foi iniciada, ou Julius Nyerere, presidente da Tanzânia, considerado “incorruptível”.

          A Igreja deseja colaborar na formação da consciência política do povo, a fim de que este possa participar das eleições com maior conhecimento e honestidade. No Brasil a CNBB apóia o projeto “Ficha Limpa”, de iniciativa popular, que exclui das eleições aqueles políticos cujos nomes estiverem “sujos”, por causa dos cargos que pesam contra eles na justiça.

Perguntas para reflexão:

          Você procura conhecer a doutrina da Igreja a respeito da participação dos cristãos na política?

          Que podemos fazer, pessoal e comunitariamente, para colaborar na realização de eleições justas e transparentes?

          Você está disposto (a) a rezar pelos governantes (cf 1Tm 2, 1-4) e a exigir deles que cumpram seu dever, com honestidade e respeito pelo bem comum?


Aniversariantes do mês de agosto!

Dia 5 Ana Maria Sant’anna Alpoim, dia 6  Catarina  Barreto, dia 7  Vania Carvalho, dia 8 Nina Miranda, dia 9  Dilia Gordilho,  dia 10  Dalila  Gramacho  Calmon,  dia  14  Antonio  Barreto Galvão, dia 16 Josélia Bispo  Duarte, dia  16  Marisa  Melo  Vilas Boas, dia 17  Lia,  dia  18  Silvia Azevedo , 20  Catarina Macedo, dia 23 Sheila Magaly de Souza Gama, dia 23 Ivone Biscaia, dia 24 Adalberto Alves de Lima, dia 24 Selva Franco,  dia 25 Carmeci Maria de Souza Galvão, dia  30 Vera Oliveira, dia  31 Rafael Fialho

Parabéns, felicidades e que Deus abençoe a todos.
GED SALVADOR.

Notícias decolores

Cursilho de Reciclagem – Será realizado um Cursilho de Reciclagem nos dias 29 de outubro, SEXTA-FEIRA, das 19h30 às 21h30, e no dia 30, SÁBADO, das 07h30 às 17h00, conduzido pelo padre Gilberto Reis (PE Gil do GED de ILHÉUS). O valor da taxa é de R$ 35,00 – está incluído o almoço do dia 30 e o material a ser utilizado durante os trabalhos. Os lanches serão partilhados pelos participantes. A reciclagem é para quem já realizou o cursilho de cristandade; é uma oportunidade para atualizar os nossos valores com os momentos atuais que vive o MCC, num mundo em tão crescente globalização. Precisamos assumir com realismo, confiança e esperança as novas responsabilidades a que nos chama o cenário de um mundo que tem necessidade de uma renovação cultural profunda e da redescoberta de valores fundamentais para construir sobre eles um futuro melhor. Futuramente divulgaremos mais informações sobre esse evento, aguardem e preparem-se.

Cristo conta com vocês!
          
               A ASSEMBLEIA MENSAL do mês de setembro programada para o 2º sábado, dia 11, das 08h00 às 11h00, vamos realizá-la na Igreja da Boa Viagem. O tema será “A Bíblia”. Posteriormente divulgaremos mais informações.

          No dia 21 de agosto das 08h00 às 13h00 o Bispo Dom Gregório estará proferindo palestra no Colégio Salete nos Barris. O tema será “O profeta JONAS”. O valor da taxa é R$ 10,00 – não haverá almoço.


MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE
VI Encontro Nacional de Jovens Cursilhistas
ILHÉUS – 16 a 18 de julho de 2010

CARTA DE ILHÉUS

            Nós, jovens do Movimento de Cursilhos do Brasil, impulsionados pela força do Espírito Santo e sob o manto protetor de Nossa Senhora da Conceição, nos reunimos na cidade de São Jorge dos Ilhéus, para a realização de nosso VI Encontro Nacional, motivados pelo tema “Peregrinando rumo ao Jubileu” e lema: “Que todos juntos nos encontremos unidos na mesma fé” (Cf Ef 4, 12-13).
            Nosso objetivo foi resgatar a história da juventude dentro do Movimento de Cursilhos de Cristandade, vivenciando o relançamento e com o olhar voltado para o futuro do nosso movimento.
            Animados pelas vitórias nascidas do Encontro de Anápolis, mas cientes de nosso compromisso e responsabilidade, concebemos uma nova dinâmica que valoriza a troca de experiências voltadas à fermentação evangélica dos ambientes. Desejosos de que as sementes desse encontro não se percam pelo caminho, somos sensíveis a descobrir a nossa vocação de amigos e discípulos de Cristo (Cf DAp n. 443), pois queremos ser “sentinelas da manhã”, como um dia nos convocou o servo de Deus, Papa João Paulo II.
            Felizes por fortalecermos a unidade de nosso Movimento, reafirmamos nossa condição de discípulos missionários, a exemplo de São Paulo Apóstolo, e continuadores da obra dos Cursilhos.
            Cristo conta conosco e nós com sua Graça rumo à terra da Mãe de Nazaré.
           
São Jorge dos Ilhéus, 18 de julho de 2010.

Eleições
          Nas eleições realizadas no VI Encontro Nacional de Jovens Cursilhistas  em  Ilhéus ,  foi    eleito    João   Elias   Mattos  Correiado    GED    de    Ilhéus,    para Representante da Macro Região Nordeste, para o triênio 2010/2013.

CARTA DO ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC – AGOSTO/2010
PE José Gilberto Beraldo


'Com efeito, Deus, que disse: ‘Do meio das trevas brilhe a luz', é o mesmo que fez brilhar a luz em nossos corações, para que resplandeça o conhecimento da glória divina que está sobre a face de Jesus Cristo' (2Cor 4,6).
          Algumas - ou muitas - de minhas cartas mensais do mês de agosto, desde o já distante 1999, têm tido como foco, reflexões que giram em torno da Transfiguração de Jesus cuja festa é celebrada no dia seis. Pois neste de 2010, quero centrar-me no mesmo episódio, pois o julgo importante para a vida dos discípulos missionários nos dias que correm. Dias de aceleradas transformações; dias de vertiginosas mudanças; dias nos quais brilham luzes imaginárias que quando, porventura, se acendem mostram-se fugidias e enganadoras; dias de faces brilhantes e mentes carregadas de obscuridade, apesar de tantas promessas de holofotes e de intenso brilho; dias de irradiantes emanações da ciência e, entretanto de tanta obscuridade dos corações na expressão e vivência da fé.
          1. Jesus manifesta a sua glória na luz de sua face resplandecente. De maneira muito especial é São João que, desde o início do seu Evangelho, nos mostra a presença da luz em Cristo; melhor, identifica Cristo, a Palavra do Pai, com a luz: 'Nela (na Palavra) estava a vida e a vida era luz dos homens' (Jo 1,4). Prosseguindo, o Evangelista constata que, apesar de iluminar a todo o mundo, não só o próprio mundo não a reconheceu, como também não a reconheceram os que eram seus: 'Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram' (Jo 1,11). E não acolheram a Palavra pela simples razão de não a conhecer. Agora, entretanto, os discípulos tinham diante de si a Palavra, a 'Luz       verdadeira que, vindo ao mundo a todos ilumina' (Jo 1, 9). Mesmo assim duvidavam que Jesus fosse a Palavra eterna do Pai, a Luz verdadeira. Talvez por isso, Jesus quis provar-lhes a sua divindade, transfigurando-se no alto da montanha para que ouvissem a voz do Pai saída dentro da nuvem: 'Este é o meu Filho, o Eleito. Escutai-o!' (Lc 9, 38). O esplendor da face de Jesus no episódio da Transfiguração deveria levar os apóstolos à convicção de que eles, e os que aceitariam a Luz verdadeira, se tornariam filhos e filhas de Deus e não mais caminhariam nas trevas, como já lhes dissera o próprio Jesus: 'Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida'. (Jo 8,12). Aliás, o Evangelista volta a afirmar ainda no início do seu Evangelho: 'A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; são os que crêem no seu nome' (Jo 1,12). Aos meus caros leitores deixo dois pontos para reflexão: a) você reconhece em Jesus a única fonte de luz capaz de iluminar todo seu ser? b) você tem manifestado aos que o cercam a alegria da luz de Cristo?
          2. Os discípulos missionários manifestam ao mundo a luz de Cristo. Se sua resposta foi positiva, então você pode ter certeza de que tudo ao seu redor vai ser iluminado por sua presença: a família, o ambiente de trabalho, de lazer, de convivência e de relação com outras pessoas. Seus olhos haverão de brilhar iluminados pela luz de Cristo; suas palavras haverão de ser centelhas faiscantes da luz divina; o mundo todo ao seu redor, tal como um farol a guiar os navegantes, haverá de, pouco a pouco, transfigurar-se também, iluminando, assim, seus próprios critérios e valores com a luz do Transfigurado. O seguidor de Jesus, seu discípulo missionário, como um ser iluminado por essa luz, sob nenhum pretexto poderá esconder-se ou esconder a luz que brilha nele, embora continuamente tentado pelas ilusórias luzes da cultura contemporânea   por suas  enganadoras  facilidades: o consumismo, a  vaidade,  as  aparências enganosas do culto ao corpo, etc. O nosso Documento de Aparecida repete, pelo menos umas seis vezes, que necessitamos de um 'novo Pentecostes'. Ora, Pentecostes é a luz do Espírito Santo, é a luz do Transfigurado. É verdade que o Documento nos fala de cada comunidade. Entretanto, não existe comunidade sem a participação viva de cada discípulo missionário: 'Necessitamos que cada comunidade cristã se transforme num poderoso centro de irradiação da vida em Cristo. Esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente; esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança. Por isso, é imperioso assegurar calorosos espaços de oração comunitária que alimentem o fogo de um ardor incontido e tornem possível um atraente testemunho de unidade 'para que o mundo creia' (Jo 17,21 (DAp 362).
          3. É urgente 'desarmar' as tendas. Comodismo, instalação, acomodação. Pedro, Tiago e João, diante de tanto fascínio, de tanta glória, talvez estivessem pensando haver encontrado a tranqüilidade, a paz, enfim, o paraíso na terra. Quem sabe já se sentiam cansados de andar com aquele que era visto com tanta desconfiança por seus próprios conterrâneos. Ou, então, sentiam-se lisonjeados pelo convite com que o Senhor lhes privilegiara sobre os demais seguidores dAquele que parecia um 'sinal de contradição' para os costumes vigentes e para os seus desafetos e inimigos de sua mensagem. Então, por que não armar ali três tendas... porque não permanecer abrigados para sempre e para sempre iluminados por aquela luz divina? Afinal, longe do tumulto das incômodas e barulhentas multidões que corriam atrás do Mestre em busca de milagres e sinais do céu, até a voz de Deus se fizera ouvir, confirmando tudo o que Jesus já lhes vinha afirmando. Mas, era preciso descer, sair, com Jesus, retomar a cruz de cada dia, voltar ao chão da vida peregrina do Mestre. E você, meu irmão, minha irmã, qual é sua atitude? Embora maravilhosos os momentos passados aos pés do Mestre, você não se anima a 'descer' com Ele para a missão? Por que não desarmar nossas tendas, ainda que muito confortáveis?
          Termino com uma forte chamada de atenção que nos fazem nossos Pastores em Aparecida: 'Esta V Conferência, recordando o mandato de ir e fazer discípulos (cf. Mt 28,20), deseja despertar a Igreja na América Latina e no Caribe para um grande impulso missionário. Não podemos deixar de aproveitar esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes! Necessitamos sair ao encontro       das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de 'sentido', de verdade e de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranqüilos em espera passiva em nossos templos, mas é imperativo ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não tem a última palavra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que Ele nos convoca na Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na construção de seu Reino em nosso Continente! Somos testemunhas e missionários: nas grandes cidades e nos campos, nas montanhas e florestas de nossa América, em todos os ambientes da convivência social, nos mais diversos 'lugares' da vida pública das nações, nas situações extremas da existência, assumindo ad gentes nossa solicitude pela missão universal da Igreja' (DAp 548).
          Um forte abraço fraterno do irmão e servidor em Cristo, desejando de todo o coração que ouçamos a voz do Pai: 'Este é o meu Filho, o escolhido. Escuta o que Ele diz' (Lc 9, 35)
PE Beraldo