domingo, 10 de outubro de 2010

OUTUBRO 2010

Decolores
Boletim Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador – Bahia
Editorial
Outubro/2010
                Irmãos e irmãs em Cristo,
                 É o momento de colocar em prática o que aprendemos do Senhor, através de sua Palavra, assumindo a vocação para a qual fomos chamados.
                 Estudamos o livro de Jonas no mês da Bíblia, e o Senhor está mandando cada um de nós para nossas Nínives, para anunciar a vida nova que todos precisam assumir. Como o Senhor pediu a Jonas, também nos pede um comprometimento maior, mudando totalmente nossa forma de viver.
                 Para isso, não devemos esquecer o tripé que nos foi apresentado no Cursilho: Estudo, oração e ação, fazendo a experiência de Jesus Cristo e de Sua Palavra em nossas vidas, testemunhando aos nossos irmãos que Cristo está vivo em nós.
                 Para estarmos melhor preparados para assumir a missão de anunciadores do novo tempo, teremos a oportunidade da fazer o Cursilho de Reciclagem que está programado para os dias 29 e 30 deste mês, quando novas pistas nos serão apresentadas por Padre Gil, orientador espiritual do MCC de Ilhéus. Precisamos sair da nossa acomodação para sermos verdadeiros sinais de Jesus em nosso mundo tão desafiador.
                 Unamo-nos irmãos e irmãs decolores, freqüentemos a Escola de Vivencial de Fé, as missas na Igreja dos Aflitos, as atividades do MCC, para que possamos assumir a missão que o Senhor que nos confia mais uma vez: “Ide, fazei que todas as nações se tornem meus discípulos ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei”.
Meu abraço de paz!
                                                                                                                                             Lygia Fialho
                                                                                                                            Coordenadora do GED 

                                                  
Missão: renúncia, cruz e seguimento
Frei Mário Sérgio, ofmcap

                 Nossa missão tem uma raiz profunda na Trindade Santa. Ela é a fonte de toda ação missionária. Jesus é o grande missionário da Trindade. E, hoje, o Espírito Santo continua e atualiza a mesma missão de Jesus na Igreja e no mundo. Nenhum cristão pode optar por ser ou não missionário, só se pode optar por ser ou não de Jesus. Mas, uma vez aceitando o convite do Mestre, faz-se implícito o imperativo missionário.
                Ser missionário é ter a consciência de que se porta uma grande notícia. A melhor notícia é, sempre, a Palavra de Deus. Portanto, a mensagem é divina. Ela não pertence ao portador, pelo contrário, a ele é confiado esse grande tesouro. No evangelho de São Marcos (8, 34), Jesus colocará as exigências para o seu seguimento: Chamou, então, a multidão, juntamente com os discípulos, e disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!”. O primeiro verbo da frase é chamar. Ser missionário é uma vocação, é um chamado. É sempre Deus quem chama!
                “Se alguém quiser vir...”: ninguém é obrigado a fazer o seguimento de Jesus. É sempre um ato de profunda liberdade interior. É uma opção livre e fecunda. É uma doação da vida, do tempo, do descanso, da saúde, dos bens, enfim, de tudo aquilo que pode facilitar a missão, a caminhada.
                “Renuncie a si mesmo”: eis a maior exigência para ser missionário, renunciar! Abrir mão dos próprios projetos, dos próprios sonhos, da própria vida, das próprias idéias. Quem é cheio de si, apenas, empobrece sua própria vocação missionária, pois levará a si próprio e não a boa nova de Jesus. Algumas atitudes são incompatíveis com a missão: egoísmo, individualismo, o orgulho, a prepotência, a arrogância. Por isso, Jesus apela à renúncia de si mesmo.
                “Tome a sua cruz”: a cruz representa o projeto do reinado de Jesus. Muito mais do que dor e sofrimento, cruz é vida. Ninguém é missionário de si mesmo. Assim, a cruz é o novo trazido pelo Cristo. Não se pode fugir da cruz com o pretexto de fazer uma missão mais branda, mais serena, mais alegre. Jamais poderemos abandonar a pregação do Cristo Crucificado. A cruz é a maior prova de amor do Filho de Deus pela humanidade. Essa é a grande mensagem que o missionário deve levar: a de Deus apaixonado pelos homens que radicaliza esse amor entregando sua própria vida para que todos tivessem vida Nele.
                 “Siga-me”: pela pedagogia de Jesus, nesse texto de Marcos, o seguimento é a última atitude que o missionário deve ter. O caminho é esse: renúncia, cruz e seguimento. Só pode ser missionário  quem  teve a coragem de fazer todos os passos exigidos pelo Mestre. Por fim, lembramos o conteúdo da missão, dizer, a plenos pulmões, para todo mundo ouvir, que

Deus nos ama com amor sem igual.



CARTA DO GRUPO SACERDOTAL DO MCC – OUTUBRO/2010
                        “O Senhor escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois, à sua frente, a toda cidade e lugar para onde ele mesmo devia ir. E dizia-lhes: ‘A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua colheita’.” (Lc 10,1-2).
                       Muito amados irmãos e irmãs, leitores e leitoras que, “entre todas as nações”, buscam identificar-se como discípulos missionários, como enviados de Jesus:
                      No mês de outubro de cada ano, a Igreja Católica celebra o MÊS DAS MISSÕES e, no último domingo, o DIA MUNDIAL MISSIONÁRIO. Portanto, não é somente oportuno como, até, obrigatório que na carta deste mês tratemos desse assunto tão importante e urgente. Nisso somos guiados, orientados e iluminados por um dos Documentos mais significativos da história da Igreja da América Latina, o Documento de Aparecida (DAp). Desde seu lema inspirador, “Discípulos missionários de Jesus Cristo para que nEle nossos povos tenham vida” “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6), até o último parágrafo, o DAp vai iluminando o seu tema central, isto é, a missão evangelizadora da Igreja, e é todo impregnado de “missão”, respirando-a e transpirando-a até chegar a um apelo, que eu diria quase dramático, e ao lançamento de uma Grande Missão Continental, para a América Latina e Caribe, concretização do mandato de Jesus: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). Deixemo-nos, pois, envolver por essa luz, “um novo Pentecostes”, como nos diz o DAp. Também, já há algum tempo, as mesma luz foi acesa pelo Papa Paulo VI com outro precioso documento, a Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi” (EN) ou “A Evangelização no Mundo Contemporâneo”. Convido-os, pois, meus amados, a abrir algumas janelas que nos ajudem a ver e assumir com maior determinação esse desafiante processo de “fazer discípulos”.
                          1. Primeira janela: o que é “missão”? É uma tarefa a ser executada, um compromisso de levar até o fim algo que foi encomendado e aceito por alguém. No nosso caso, é aceitar e levar a termo a tarefa para cuja execução Jesus envia seus discípulos, a tarefa de anunciar o Reino de Deus: “O Senhor escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois, à sua frente... (Lc 10,1). Aceitar a missão evangelizadora é cultivar a mentalidade de ser enviado, de sair”, isto é, deixar o comodismo, os braços cruzados, a realização dos próprios interesses. É esquecer-se da passividade e da tranqüilidade dos templos e ir: Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de “sentido”, de verdade e de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranqüilos em espera passiva em nossos templos, mas é imperativo ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não têm a última palavra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que Ele nos convoca na Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na construção de seu Reino em nosso Continente” (DAp 548). O fiel cumprimento dessa missão nada mais é do que evangelizar. E, evangelizar é vocação e missão de toda a Igreja; vocação e missão de cada cristão católico, de cada batizado; é sua missão, meu querido irmão, minha querida irmã.
                       2. Segunda janela: quem é o missionário? a) É alguém enviado, como um dos setenta e dois, para executar uma missão, uma  tarefa  indo  adiante  de  Jesus.  É  todo  aquele e aquela que afirma ser discípulo e seguidor do Mestre Jesus e que assume executar a mesma missão que Ele assumiu diante do Pai, sempre dispostos a “recomeçar a partir de Cristo”: Todos os batizados são chamados a “recomeçar a partir de Cristo”, a reconhecer e seguir sua Presença com a mesma realidade e novidade, o mesmo poder de afeto, persuasão e esperança, que teve seu encontro com os primeiros discípulos nas margens do Jordão, há 2000 anos, e com os “João Diego” do Novo Mundo. Só graças a esse encontro e seguimento, que se converte em familiaridade e comunhão, transbordante de gratidão e alegria, somos resgatados de nossa consciência isolada e saímos para comunicar a todos a vida verdadeira, a felicidade e a esperança que nos tem sido dada a experimentar e nos alegrar” (DAp 549). b) São os Movimentos e Comunidades Eclesiais. Refiro-me aqui, especificamente, ao Movimento de Cursilhos de Cristandade. Se em muitos lugares e desde suas origens, portou-se como discípulo, agora é a hora de, impulsionado por seu carisma, ser “fermento de evangelho nos ambientes”, fazer a releitura de sua vocação missionária, sobretudo em nossa América Latina:” Os novos movimentos e comunidades são um dom do Espírito Santo para a Igreja. Neles, os fiéis encontram a possibilidade de se formar na fé cristã, crescer e se comprometer apostolicamente até ser verdadeiros discípulos missionários” (DAp 311). Apliquemos ao Movimento estas palavras do Papa Paulo VI: “Finalmente, aquele que foi evangelizado, por sua vez, evangeliza... não se pode conceber uma pessoa que tenha acolhido a Palavra e se tenha entregado ao Reino sem se tornar alguém que testemunha e, por seu turno, anuncia essa Palavra” (EN 24).
                    3. Terceira janela: onde e como ser missionário? Onde quer que viva, esteja ou passe, o discípulo de Jesus pode vivenciar sua missão de evangelizador. Missionário não é apenas – como se pensava não há muito tempo – aquele que abandona sua pátria e sua família para dedicar-se à evangelização em geografias distantes (ainda que isso continue sendo absolutamente urgente, como afirma o DAp 548 que a chama de “missão ad gentes”.  Missionário é aquele e aquela que encarna os critérios e valores do Evangelho e assim os testemunha por seus atos e procedimentos na sua vida cotidiana, por suas palavras e ações.
                     4. Quarta janela: exigências para ser discípulo missionário. Julgo suficiente para a nossa reflexão indicar a leitura de todo o Capítulo VI do DAp, “O caminho de formação dos discípulos missionários” que insiste numa exigência básica – a formação – e indica seus caminhos.
                     Concluindo... Meu irmão, minha irmã: sua família, seu bairro, seu ambiente de trabalho e lazer, a grande comunidade formada por todos aqueles com quem você convive, são os locais do exercício de sua atividade missionária, onde você deve fazer, ao mesmo tempo, a experiência do Espírito Santo, que Não é uma experiência que se limita aos espaços privados da devoção, mas que procura penetrá-los completamente com seu fogo e sua vida. O discípulo e missionário, movido pelo estímulo e ardor que provêm do Espírito, aprende a expressá-lo no trabalho, no diálogo, no serviço e na missão cotidiana” (DAp 284). Jesus espera que você caminhe atrás dEle: “E percorria os povoados da região, ensinando” (Mc 6,7).
       Meu abraço fraterno e carinhoso.
                                                       PE. José Gilberto Beraldo
                                                                                                             Grupo Sacerdotal do MCC


ANIVERSARIANTES
             
                   Aos aniversariantes do mês de outubro desejamos a paz de Cristo e todas as graças sonhadas. Abraços Decolores, parabéns e Feliz Idade, são os votos do GED Salvador. São eles e elas:
Dia 02 Rosana Maria Rehem da Silva Fialho, Tereza Cristina Carvalho Fagundes e Aurivanda Macedo Silva, dia 08 Blandina, dia 12 Nydia Liberato de Matos Gonçalves, dia 13 Normélia O. Santos, dia 14 Aurélio Carvalho de Oliveira, dia 16 Maria Cristina Fialho Duarte, dia 17 Marly Magalhães, dia 18 Padre Edson Menezes da Silva, Eliana e Eva Gama, dia 20 Thiara Teixeira, dia 21 Mercedes Magalhães, dia 22 Marcelo de Carvalho dos Santos, dia 23 Walter José Dória Soares, dia 24 Marialva Caldas Silva, dia 25 Cremilda dos Santos, dia 31 Regina Helena Viana de Oliveira.


 Notícias Decolores

Olha  eu   de  novo  minha  gente,                    Penalva                                 
                Desta vez, para lembrar a todos os cursilhistas, que realizaremos nos próximos dias 29 e 30 deste mês, aqui na Igreja dos Aflitos, um Cursilho de Reciclagem, sob a orientação do nosso querido Padre Gil, que estará vindo de Ilhéus para nos presentear com essa rica oportunidade. Toda a programação já está definida, os trabalhos serão desenvolvi dos seguindo a estrutura das Mensagens do Cursilho, dando destaque à necessidade de relançamento do Movimento de Cursilhos de Cristandade, atendendo a orientação da Direção Nacional do MCC. Não percam este momento de reflexão tão importante para nós e que será, sem dúvida, mais um chamado de Jesus para que, enriquecidos da Palavra de Deus, assumamos a nossa missão de Evangelizadores dos Ambientes por onde freqüentamos, CONFIRMANDO O COMPROMISSO DA NOSSA RESPOSTA DADA QUANDO NOS FOI DITO: Cristo conta contigo”. Eis a nossa resposta: “E eu com a sua Graça”.
                    O horário dia 29 será das 19h00 às 21h30 e dia 30 terá início às 08h00 encerrando com a missa às 17h00. A taxa é R$ 35,00 e está incluído o almoço e o material a ser usado. Os lanches serão partilhados pelos participantes sob a orientação de Lygia Fialho. Enfatizamos aqui a importância e o compromisso com os horários estabelecidos, lembrando que os temas serão compactos e bastante resumidos devido à disponibilidade de tempo.   Por isso pedimos, evitem chegar atrasados.


O Dia Missionário Mundial
PE Luis Gonzalez Quevedo, SJ

                  O dia missionário mundial é celebrado, todo ano, no penúltimo domingo de outubro. Esta jornada é organizada pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), que tem por objetivo “orientar e coordenar, em todo mundo, tanto a atividade como a cooperação missionária” (Decreto Ad Gentis, nº 29, do Concílio Vaticano II).
                 Na mensagem que Bento XVI enviou para a Jornada Mundial deste ano, Lê-se: “O Dia Missionário Mundial oferece-nos a ocasião para renovar o compromisso de anunciar o Evangelho e dar às atividades pastorais um ímpeto missionário mais amplo”
                 “Jesus Cristo nos convoca à mesa da sua palavra e da Eucaristia, para saborear o dom da sua Presença, formar-nos na sua escola e viver cada vez mais conscientemente unidos a Ele, Mestre e Senhor. Só a partir deste encontro com o amor de Deus, que muda a existência, podemos viver em comunhão com Ele e entre nós, e oferecer aos irmãos um testemunho credível, dando a razão da nossa esperança (cf. 1Pd 3, 15)”.
                  O Dia Missionário Mundial nos recorda que o anúncio do Evangelho é missão de toda a Igreja, “missionária por sua própria natureza” (Ad Gentis, 2). Numa sociedade pluralista que experimenta cada vez mais formas preocupantes de solidão e de indiferença, cultivando os grandes ideais que transformam a história e comprometendo-se a fazer com que o planeta seja a casa de todos os povos.                 
                  Particularmente na América Latina, a Igreja está empenhada numa ampla “Missão Continental”, inspirada na 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano e do Caribe, realizada em Aparecida, SP. No Brasil, a Missão Continental concretiza-se no “Projeto Nacional de Evangelização” (Documento 88 da CNBB), com o lema “A Alegria de ser Discípulo-Missionário”.
                  Rezemos para que cada cristão, motivado pela celebração do Dia Missionário Mundial, assuma como própria a tarefa de anunciar Jesus Cristo, como “serviço necessário e irrenunciável que a Igreja é chamada a desempenhar em favor da humanidade”.