quinta-feira, 28 de julho de 2011

JULHO 2011

Decolores

Jornal Informativo do

Movimento de Cursilhos de Cristandade

Arquidiocese de São Salvador – Ba

Editorial

Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo,

Tivemos a Graça de participar do XVII Cursilho Misto da Arquidiocese de Salvador, quando presenciamos o ardor com que nossos irmãos viveram cada momento, absorvendo as mensagens como se fossem gotas de orvalho para seus corações sedentos da Palavra do Cristo.

Vemos assim a grande responsabilidade que temos como discípulos missionários, de repassar a graça que nos foi dada por Cristo através de nossos irmãos.

São Paulo nos adverte: “Daí de graça o que de graça recebestes” – “Ai de mim se eu não evangelizar”.

De vez em quando as pessoas descomprometidas com o Movimento, comentam que o Cursilho já era; com certeza se esqueceram daquelas palavras que escutamos na clausura do Cursilho, ao receber o Crucifixo, quando o celebrante nos diz: “Cristo conta com você” e respondemos: “e eu com a sua graça”.

Será que Cristo pode realmente contar conosco? Fomos convocados pelo Grande Técnico para participar da Sua equipe, repassar a bola, revelar a missão que nos foi confiada. Se estamos no banco de reserva, pouco importa. O importante é permanecer atentos às instruções do Mestre que é Jesus, e nos esforçarmos para até o fim de nossos dias, fazer o que pudermos para que nossos irmãos se encontrem com Aquele que continua nos chamando, nos convocando para permanecer na luta, dizendo a cada um de nós: Filho, tenho sede”.

Não decepcionemos o Senhor da vida! Ele continua querendo contar conosco para o grande jogo da vida!

Saudações Decolores!

Lygia Fialho

Coordenadora do GED Salvador


NOTÍCIAS DECOLORES

Damos as boas vindas aos novos cursilhistas, que no fim de semana de 10 a 12 de junho participaram do XVII Cursilho Misto no CTL. São eles e elas:

Jassilene Matos do Nascimento, Laudelina Nascimento da Silva, Marluce Bandeira da Silva, Ana Cristina Guimarães, Giselma Alice Melo da Silva, Jocilene dos Santos Santana, Ana Luiza Moreira Guimarães, Ubirajara Gabriel Pereira da Silva, Leidejane Santana Cruz, Silvia Maria Azevedo Nascimento, Maria Luiza Mello Santos, Derneval Araujo Ribeiro, Danielle Fabiana Melo de Araújo, Gerson Araujo dos Santos, Yane Santana Cruz, Marly Lima Zilli, Frei Rufino Pinheiro de Almeida, Edivirgens Araújo da Silva, Luciara Moreira da Silva, José Bomfim Guimarães, Orleyde Maria Araujo, Maria de Fátima G. Amaral, Thiara Charlene de Abreu, Marinalva Gonzaga dos Santos, Michele Alves Silva, Georgeton Sales Nascimento.

Cumprimentamos a todos vocês com um abraço decolores, e não se esqueçam da mensagem que lhes foi dirigida solenemente pelo celebrante:

Cristo conta com você!!!

ANIVERSARIANTE

Aos aniversariantes do mês de julho desejamos muitas felicidades e que Cristo os proteja por onde vocês estiverem. Também um carinhoso abraço decolores!

Dia 02 – José Alves de Assis e Lavínia Pereira, dia 07 – Antonio Erenaldo Silva Cruz-TONHO, Maria Licéa Costa de Souza e Nilza Nascimento, dia 10 – Naiane Oliveira, dia 12 – Jorge Santana Thomé e Tarsilla Alvarindo, dia 15 - Rita Almeida, dia 17 – Jandira Matos, dia 20 – Maria Eleoclice Sampaio-NOYTE, dia 21 – Marcia Franco Carvalho, dia 24 – Ana Maria Silveira-ANINHA, dia 26 - Alfredo de Castro Oliveira e Angela Maria Freire de Lima e Souza, dia 27 – Cora Maria de Oliveira Trindade, dia 29 – Sylvio Eduardo Rebello Ramos, dia 30 – Sonia Maria Pedreira Alves.

CARTA DO MCC BRASIL – JULHO 2011


PE. José Gilberto Beraldo

A palavra do Senhor permanece eternamente. E esta é a palavra do Evangelho que vos foi anunciada” (1Pd 1, 25).


Caríssimos irmãos e irmãs que, como “Maria, queremos encontrar a Palavra de Deus em nós” 1[1].

É com estas palavras do Apóstolo Pedro que o Papa Bento XVI inicia sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Verbum Domini” 2[2] datada de 30 de setembro de 2010. Em cartas mensais anteriores (fev. e maio de 2011 – 138ª e 141ª respectivamente) já apresentamos algumas reflexões em torno desse precioso documento que, como o próprio título diz, consiste em tornar oficial para toda a Igreja, as conclusões da XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (5 a 26 de outubro de 2008) que teve por tema A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Estou certo de que muitos dos meus leitores já aprofundaram, com mais tempo e dedicação, os ricos aspectos contidos nesta Exortação chamada de “apostólica” porque tem a chancela do Papa. Entretanto, exatamente pela riqueza nela contida, é que a gente vai descobrindo e redescobrindo, a cada leitura, novos aspectos para reflexão e novas motivações para pô-la em prática. Proponho, pois, que nestas breves linhas, voltemos a considerar mais dois pontos significativos para os leigos e leigas contidos na VB

1. ”Palavra de Deus e fiéis leigos”. Entre os parágrafos da “Palavra de Deus na vida eclesial” na segunda parte “A Palavra de Deus e a Igreja”, podemos encontrar uma referência explícita aos leigos 3[3]. Ali se afirma que “O Sínodo concentrou muitas vezes a sua atenção nos fiéis leigos”, manifestando, também, gratidão pelo “generoso empenho com que difundem o Evangelho nos vários âmbitos da vida diária: no trabalho, na escola, na família e na educação”. Além dessa como que agradecida e confiante introdução, seguem-se, entre outros, dois pontos fundamentais no que toca à missão do leigo: o primeiro sobre a obrigação de “difundir o Evangelho” a partir da “obrigação que deriva do batismo” com isso “realizando a própria vocação à santidade. O que se deduz dessa afirmação? Que o leigo proclama o Reino de Deus “Felizmente, hoje, a dependência transformou-se em comunhão. Mesmo na necessária organização pastoral e evangelizadora – lembrando que “uma andorinha sozinha não faz verão” – busca-se a comunhão e não a dependência. Ademais, é lá no seu ambiente que o leigo e a leiga, se possível organizados em “pequenas comunidades de fé”, portanto buscando a unidade, dão o testemunho do Evangelho, dão o testemunho imprescindível para que o mundo creia. “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17, 21). O outro ponto, tão importante como o primeiro, trata de “formação para discernir a vontade de Deus por meio de uma familiaridade com a Palavra de Deus”... Por oportuno, lembro que ninguém forma ninguém. A formação nasce no íntimo de cada pessoa à medida que esta recebe informações adequadas. No caso da “familiaridade com a Palavra de Deus, ao recebê-la, o seguidor de Jesus vai elaborando e amoldando sua própria mentalidade e sua espiritualidade nascida da própria Palavra.

Ao chegar a esse ponto, permitam-me recomendar, meu caro leitor e leitora, que leia devagar e medite profundamente todo parágrafo 66 da VD do qual reproduzo um pequeno trecho: “Redescobrir a centralidade da Palavra de Deus na vida da Igreja significa também redescobrir o sentido do recolhimento e da tranqüilidade interior”.

2. “Todos os batizados são responsáveis pelo anúncio” 4[4]. No contexto da terceira parte da VD “a missão da Igreja: anunciar a Palavra de Deus ao mundo”, a VD chama a atenção para a responsabilidade de todos os batizados como “um povo enviado” e destaca a dos fiéis leigos que são chamados a exercer a sua missão profética que deriva diretamente do batismo, e testemunhar o Evangelho na vida diária onde quer que se encontrem”. Especial destaque merece aqui essa missão como a de “testemunhar o Evangelho”. Trocando em miúdos, testemunhar significa, antes de mais nada, esforçar-se para que a mentalidade do leigo, seus atos, seus gestos, sua ação sejam coerentes com a palavra e o ensinamento de Jesus, ou seja, seja ele coerente. São numerosos os documentos do Magistério eclesiástico, sobretudo os de depois do Concílio Vaticano [5] e a começar por este, que, ao fazer referência à missão evangelizadora da Igreja, referem-se ao testemunho de vida como a mais exigente e eficaz. Para não abundar em citações, lembro tão somente uma das mais importantes, a da exortação Apostólica de Paulo VI “A Evangelização no Mundo contemporâneo que, logo no início, assim se expressa: “E esta Boa Nova há de ser proclamada, antes de mais, pelo testemunho” 6[6]. E, depois de acenar para o que deve ser a atitude do evangelizador, acrescenta no mesmo parágrafo: “Por força deste testemunho sem palavras, estes cristãos fazem aflorar no coração daqueles que os vêem viver, perguntas indeclináveis: Por que é que eles são assim? Por que é que eles vivem daquela maneira? O que é – ou quem é – que os inspira? Por que é que eles estão conosco?”

Meu caro leitor ou leitora: Sugiro que você junte estes dois textos. Leia-os atentamente. Em seguida, colocando-se no lugar dos “fiéis leigos” da VD, aplique-os à sua vida de evangelizador, discípulo missionário enviado de Jesus. “Mas recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para seres minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At. 1,8).

Concluo com os mesmos votos expressos por Bento XVI no final da VD”: Por isso, cada um dos nossos dias seja plasmado pelo encontro renovado com Cristo, Verbo do Pai feito carne: Ele está no início e no fim de tudo, e n’Ele todas as coisas subsistem (cf. Cl 1, 17). Façamos silêncio para ouvir a Palavra do Senhor e meditá-la, a fim de que a mesma, através da ação eficaz do Espírito Santo, continue a habitar e a viver em nós e a falar-nos ao longo de todos os dias da nossa vida. Desta forma, a Igreja sempre se renova e rejuvenesce graças à Palavra do Senhor, que permanece eternamente (cf. 1Pd 1, 25; Is 40, 8).

A todos meu abraço muito fraterno que vai envolvido por Maria, “Mãe do Verbo e Mãe da Alegria” 7[7].

PE José Gilberto Beraldo

Equipe Sacerdotal do GEN