sábado, 4 de junho de 2011

JUNHO 2011

De Colores
Jornal Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador – BA

Editorial
         Nesta Ultreya de junho louvamos os santos deste mês e pedimos a eles que nos ajudem a caminhar de maneira comprometida com o Senhor Jesus.
             Dia 13 nosso louvor especial a Santo Antonio a quem São Francisco chamava Meu Bispo o Martelo de Deus, pelo modo correto que ele escolheu para viver o Evangelho. São João Batista que devotou sua vida a anunciar Aquele que ele dizia não ser digno de desatar a correia de suas sandálias. Primo de Jesus tinha uma vida extremamente simples, alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. É festejado no dia 24 – único santo que se comemora no dia do seu nascimento. São Pedro dia 28, padroeiro das viúvas, pescador, homem simples e rude, a quem Jesus concedeu a missão de edificar a sua Igreja. São Paulo dia 29, que de perseguidor passou a ser o maior divulgador da mensagem de Jesus – patrono do movimento de cursilhos de cristandade – exemplo de apóstolo a ser seguido por todos nós.
         Observando a caminhada dos santos deste mês, de maneira muito particular de nossa freira baiana Irmã Dulce, que foi beatificada pelo Papa Bento XVI no dia 22 de maio, vemos que é preciso assumir também a nossa vocação que é ser santo como Jesus é Santo.
       Achamos que é uma caminhada difícil, mas temos que nos conscientizar que é preciso trabalhar nosso coração para nos comprometermos cada dia mais com a mensagem de Jesus, e assumamos nosso papel de discípulos missionários, tentando vencer nossas limitações na simplicidade e na paz, construindo uma nova história baseada na busca da santidade e na fidelidade à nossa missão. Não esqueçamos a frase que está no Guia do Peregrino: “Os maus não são bons porque os bons não são melhores”.
         Cristo está nos chamando como chamou Antonio, João, Pedro, Paulo e Irmã Dulce para sermos Seus representantes em nosso tempo de tantas contradições. Não tenhamos medo!
          A missão é árdua, mas o Espírito Santo descerá também sobre nós e com Sua força teremos a coragem de onde estivermos e com quem estivermos, proclamar com todas as forças de nosso coração: “O Senhor é minha luz e salvação, a quem temerei?

Um abraço Decolores,

                                                                                                                             Lygia Fialho
Coordenadora do GED Salvador


Notícias
          Estará se realizando no CTL nos dias 10, 11 e 12 de junho o XVII Cursilho Misto da Arquidiocese de São Salvador. Vamos rezar fazendo uma corrente de oração para que este cursilho tenha pleno sucesso e que os novos cursilhistas venham assumir com ardor a missão do MCC de evangelização dos ambientes. Rezemos também pelo MCC do Brasil e do Mundo.

Aniversariantes

             Cumprimentamos os irmãos e irmãs aniversariantes dos meses de abril, maio e junho desejando, nessa oportunidade, que o Divino Espírito Santo derrame suas bênçãos sobre todos, iluminando-os sempre na escolha dos seus caminhos. São eles (as)
Abril:
Dia 1º - Solon e Emilia Navarro de Britto, dia 02 – Frei Mário Sérgio, dia 05 – Alessandra Barros Thomé, dia 08 – Iraci Reis Araújo e Maria do Carmo C. Ramos CARMINHA, dia 10 - Frei Jorge, dia 12 – Edith Silva Correia de Araújo e Maria das Dores Nascimento, dia 18 – Tânia Maria Ribeiro, dia 20 – Lucilia Libório, dia 24 – José Maurício Venâncio dos Santos, Mary Pessoa e Vilma Jesler Franco, dia 25 – Lindalva Dias Guedes e Maria Alda Sales Moutinho, dia 26 – Marly Rangel Lima Zilli, dia 29 – Huga Ribeiro Carvalho e Silva, dia 30 - Maria Gilka Fernandez.

Maio:
Dia 1º - Airy Galrão Couto e Lice Pinheiro Lima, dia 04 – Gilson Luis de Oliveira Gama e Lais Milena Lima, dia 05 - Vera Lucia Koser, dia 06 – Carolina Beltrão, dia 07 – Maria Arlinda Moscoso, dia 08 - Thisa Negreiros Silva, dia 12 – Mariana Cajueiro Vieira e Diva Mendes, dia 14 – Eliana Magalhães de Macedo,  dia 15 – May, dia 16 – Bruna Valério dos Santos, dia 20 – Maria Jeane dos Santos, dia 23 – Orlando Figueira Sales e Maria Auxiliadora Lepikson BILA, dia 24 – Janice Santana Cruz, dia 26 – Veridianne Silva Santos ANNE e Nina Almeida Lyra, dia 28 Janine Cardoso Soub,
Junho:                                                                                      
Dia 1º - Maria Emilia de Melo Lins, dia 04 – Catharine Silva Santos e Célia Braga, dia 06 – Rita Valéria Carvalho e Silva, dia 7 – Sandra Ferreira Oliveira, dia 09 – Ana Elena da Rin Sodré, dia 12 – Angélica Antonia Liguori, Marcos Eduardo de Souza Gama MARQUINHOS, João Penalva de Sousa e Lygia Oliva, dia 15 – Lourdes Carvalho, dia 17 - Antonio Roque Bonfim, dia 22 – Maria Eunice Carvalho de Oliveira, dia 28 – Sonia Bastos e Maria Madalena Lima, dia 30 – Raquel Marques Mattos e Stella Britto.

                
                                       
Palavra do amigo

PE. Paiva, SJ
          Li, em algum lugar, e gravei sem esforço, o que alguém disse e brilhou lá dentro de mim: “O coração é o centro. Pelo intelecto, o ser humano é só espírito. Pelo apetite, ele é só animal”. Conclusão: Só somos gente humana se tivermos entendimento, carne e... Amor ali no centro, no coração!
          Pensemos como é importante, então, o culto que a Igreja, Mãe e Mestra, tem ao Sagrado Coração de Jesus, a veneração ao Imaculado Coração de Maria e ao boníssimo Coração de São José!
          Em particular, cultuando o Coração de Jesus, nós todos confessamos que ele veio em carne (...), feito verdadeiro homem, agora filho de Maria, Filho do Homem, como, eternamente, Filho do Altíssimo!
          Então, nossa alegria é completa, como ele quer que seja! “Ele se fez carne e habitou entre nós, e vimos Sua Glória, Glória como a do Filho do Pai, cheio de graça e de verdade (...).”
          No mês do Sagrado Coração, é bom e suave deixar ressoar em nossos corações, o apelo de São Paulo: Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo, alegrai-vos! Vossa modéstia seja conhecida por todos! (...). Deus é bom! Bom demais!



Pensamentos do Bem-Aventurado João Paulo II
  
          Se os homens de hoje, sobretudo os cristãos, conseguissem redescobrir as maravilhas que se podem conhecer e gozar no quarto de dentro e no Coração de Cristo, reencontrariam a si mesmos, o fundamento da própria dignidade e a altura da sua vocação eterna.

          O Senhor nos chama, com urgência, a viver uma intensa vida interior, centrada em Cristo, manso e humilde de coração, alimentada de sua caridade, sem a qual nada seríamos.



Jesus, o Caminho para o Pai
Frei Patrício Sciadini, OCD


            “Não existe outro caminho da oração cristã senão Cristo. Seja nossa oração comunitária ou pessoal, vocal ou interior, ela só tem acesso ao Pai se orarmos ‘em nome’ de Jesus. A santa humanidade de Jesus é, portanto, o caminho pelo qual o Espírito Santo nos ensina a orar a Deus, nosso Pai”.

            Todas as orações que se levantam da Terra são dirigidas ao Pai. Ele é o destinatário dos nossos pedidos e nele buscamos nossa realização humana e espiritual. Contudo, como se chega ao Pai? O “Caminho” para chegar até o coração do Pai é Jesus, que foi enviado com a força do Espírito Santo, para nos revelar o Pai. Veio do Pai, nos falou do Pai e depois da sua morte mediante a ressurreição e ascensão, voltou para o Pai. Ninguém pode ir ao Pai, nos recorda Jesus, a não ser através dele. Por isso, devemos aprender a orar na escola de Jesus, que nos ensina a chamar a Deus com o novo nome “Pai”. Toda a nossa oração pessoal, interior,
Comunitária, litúrgica, sempre é feita ao Pai, em nome de Jesus

            Nesta altura, as pessoas podem perguntar: “Então, quando rezamos aos santos, o que acontece?” Os santos são intercessores diante de Deus, pela graça única de, o Mediador universal. Eles recebem nossas orações e as apresentam a Deus para que Ele, em sua bondade, as realize em nossa vida.

           A grande intercessora, apresentadora de nossos pedidos a Deus é a Virgem Maria, nossa Mãe.

            Todos os dias e muitas vezes, devemos invocá-la; assim como fazemos nas ladainhas, dizendo: “Rogai por nós”. O mais belo pedido que fazemos à Virgem Maria é esse: Que ela se encarregue de suplicar ao Pai por nós.

           A oração dilata nossos corações na grande confiança e no abandono, e as palavras que um dia Jesus disse nos consolam: “Até agora vocês não receberam o que pediram porque não o pediram em meu nome. Tudo o que pedimos em nome de Jesus o recebemos, porque é Ele o “Caminho” pelo qual chegamos ao Pai pela oração.

             Em nossas orações, aprendamos um modo de rezar, dizendo: “Senhor Jesus, apresentai minha oração ao Pai e tende piedade de nós”. 
                       


Carta do MCC Brasil – Junho/2011

 Pe. José Gilberto Beraldo
    Equipe Sacerdotal do GEN
        “Ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor a não ser no Espírito Santo. Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Há diversidade de ministérios, mas num mesmo é o Senhor. Há diversidade de atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum... De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito” (1Cor 12, 3b-7.13)

           Muito amados irmãos e irmãs que, juntos, queremos estar vigilantes à espera daquele fogo descido do céu, desejo-lhes toda a paz e um coração aberto à ação do Espírito Santo:  
           Vivenciando, ainda, o esperançoso clima das alegrias da Páscoa, passando pela Ascensão de Jesus aos céus[1][1], nos estamos preparando para celebrar a luminosa descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos e, hoje, sobre a Igreja e, portanto, sobre cada um de nós, discípulos missionários de Jesus[2][2]. Dizemos ser “esperançoso” este clima de Páscoa, pois alimentamos a firme e, ao mesmo tempo, misteriosa esperança de nossa própria ressurreição, prometida por Cristo para os que nele crêem: “Pois este é a vontade do meu Pai: que toda a pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 40). Escrevendo aos Romanos, lembrando a fé profunda que movia o patriarca Abraão, assim se expressa  São Paulo,: “Esperando contra toda esperança, ele firmou-se na fé e, assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: ‘Assim será a tua posteridade’” (Rm 4,18). A nós, que deveríamos ser os novos “Abraões” do século 21, levando em conta todos os desafios de uma cultura cada vez mais distante da mais pura e autêntica esperança, somente a ressurreição de Jesus pode nos fortalecer para “esperarmos contra toda a esperança”, fundamentados na única Verdade absoluta.
           É para isso e por isso que Jesus promete aos seus seguidores que lhes vai enviar o Espírito Santo Consolador, laço de amor entre Ele e Seu Pai (Jo 14,17. 26; 16,13). Proponho, pois, uma breve reflexão sobre Pentecostes, inspirando-nos, sobretudo, em alguns dos versos da “Seqüência” [3][3] da Missa do dia de Pentecostes e encerrando com a famosa oração do saudoso Papa Paulo VI ao Espírito Santo.

1. “Enchei, luz bendita, chama que crepita, no íntimo de nós!”. O Espírito Santo ilumina a nossa inteligência e fazer arder o coração. Não se trata da mera inteligência ou sabedoria humana e, sim, daquela sabedoria, daquela “luz bendita” que nasce no coração de Deus e que nos é comunicada pela Palavra, isto é, por seu Filho Jesus e pela ação do Espírito Santo.  É esta sabedoria, é esta luz que nos tornam capazes de discernir tudo aquilo que, efetivamente, vem de Deus e que ilumina todos os nossos passos. Trata-se, ainda, daquela “chama que crepita”,
da mesma chama que fez arder o coração dos discípulos de Emaús ao serem alcançados pelo Cristo Ressuscitado e ao serem tocados pela sua presença (Cf. Lc 24,32).
  



2. “Vinde, Pai dos pobres, daí aos corações vossos sete dons”.  O Espírito Santo quer conceder-nos os seus sete dons. Somos todos pobres em relação à Palavra, à realização do Reino de Deus, à plenitude da vida divina, isto é, à graça, enquanto o Espírito não nos enriquecer com os seus dons. Por isso, pedimos insistentemente ao Espírito Santo que nos leve à plenitude da vida divina concedendo-nos os seus sete dons: o Entendimento, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade, o Temor de Deus.

3. “Consolo quer acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!” O Espírito Santo pode acalmar o coração. Vivemos numa cultura e numa sociedade que provocam a nossa ansiedade tanto em relação ao presente como, sobretudo, ao futuro; que tornam in       quieto o coração provocando, muitas vezes inutilmente, emoções que enfraquecem nossas energias interiores e chegam, até, a prejudicar a saúde. Somente a presença deste “hóspede da alma” poderá trazer-nos o “doce alívio” que esperamos. O alívio que, no dizer de Santo Agostinho, é o repouso em Deus: “Inquieto, Senhor, anda o nosso coração enquanto não repousar em Ti!”.    

4. “No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem”. O Espírito Santo é o nosso descanso no trabalho. Trabalho, aflição, calor é tudo o que, normalmente, nos aflige tornando-se um peso, frequentemente insuportável no nosso dia a dia. Acabamos por nos tornar desanimados, aflitos, cansados, confusos, impacientes, desiludidos, acomodados e, até, insuportáveis aos que nos rodeiam ou que conosco mantém alguma relação. A ação paciente e tranqüilizadora do Espírito Santo será para nós o descanso no trabalho, o alívio na aflição e o refresco no calor!   

5. “Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente”.  O Espírito Santo é água que lava e purifica. O pecado, a indiferença, a insensibilidade, a rotina ou a negligência em relação ao projeto de Deus e à sua Palavra podem fazer-nos “sujos” e, portanto, necessitados daquela limpeza pela água que nos torna aceitáveis aos olhos de Deus e com a qual fomos purificados pelo batismo; o coração se enriquece na aridez do deserto do mundo que, tantas vezes, nos escraviza e acabamos por cair doentes dominados pelo mal da ausência do Espírito que lava, rega e cura!     

6. “Dai à vossa Igreja que espera e almeja vossos sete dons”. O Espírito Santo é a alma da Igreja. Se os dons do Espírito Santo são necessários para que cada um possa colocar-se a serviço da comunidade – “em vista do bem comum”, diz São Paulo, eles são absolutamente vitais e imprescindíveis para toda a Igreja neste momento de tantos desafios para a evangelização. Nossos bispos, no Documento de Aparecida, afirmam insistentemente, que “necessitamos de um novo Pentecostes”[4][4]. 

7. “Dai em premio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém”.    O Espírito Santo alimenta a nossa esperança de uma alegria eterna. Forte é quem vive o dom da fortaleza do Espírito Santo; quem se alimenta da oração, dos sacramentos e, sobretudo, da Eucaristia; quem se deixa encharcar pelo amor a Deus e aos irmãos, pondo-se, como Jesus, a serviço dos mais pobres, dos excluídos, do “resto” da humanidade... estes, sim, alimentados pela esperança, podem receber o premio de uma santa morte e, em fim, poder ouvir de Jesus: “Muito bem, servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor!”.
    
             Com meu fraternal abraço, em nome do Grupo Executivo Nacional do MCC do Brasil, desejo a todos santas festas de Pentecostes, servidor, irmão e amigo,


Pe. Beraldo