Jornal Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador da Bahia
Editorial
Novembro/2013
“Há um barco esquecido na praia”! Vejam!
Deixaram também, seus anzóis, redes, iscas, cestos, tudo, tudo! Parece que é o
barco de André e de Pedro! Não eram eles pescadores? Por que deixaram seus
instrumentos de trabalho? Como vão subsistir a partir de hoje?
M
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EUS
IRMÃOS DECOLORES nosso Movimento de Cursilhos de Cristandade segue os
ensinamentos de Cristo e procura imitar o modelo evangelizador de São Paulo, o
qual adotou como PATRONO, em vista do seu empenho pelo mundo afora anunciando o
Evangelho de Jesus de Nazaré.
Paulo
era descendente de uma família de judeus da Diáspora,
pertencente à tribo de Benjamim, que observava rigorosamente a religião dos
seus pais, sem recusar os contatos com a vida e a cultura do Império Romano. Pedro
e André, assim como João e Tiago, eram simples pescadores, de famílias modestas
e continuavam a profissão dos seus pais Jonas e Zebedeu. A renda principal deles provinha da atividade
pesqueira. Deduz-se, assim, que nao eram indivíduos de instrução avançada e não
se podia compará-los a Paulo.
Este intróito serve para
confirmar o que já sabemos de Cristo que, na verdade, não escolheu elementos
instruidos, capacitados para o trabalho pastoral, sequer, evangelizadores. ELE,
verdadeiramente, capacitou os que escolheu, diferente de Paulo cuja escolha se
deu para que a revelação da vida de JESUS Cristo RESSUSCITADO fosse de fato, enfatizada
mediante a sua conversão, tendo sido ferrenho perseguidor dos cristãos. Tornando-se o mais
dedicado pregador do Evangelho, PAULO não fez parte dos “12” e é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do cristianismo,
depois de Cristo. Entre as grandes figuras do cristianismo nascente a seguir a
Cristo, Paulo é de fato a personalidade mais importante que conhecemos. Suas Cartas
aos Coríntios são das obras mais significativas da humanidade.
Queridos Cursilhistas neste mês de novembro a nossa Igreja
destaca o papel dos LEIGOS E LEIGAS na esperança de que a PALAVRA SAGRADA chegue cada vez mais longe e penetre
os corações de toda a criatura. Sim! Os corações, órgão principal do corpo
humano, depositário do AMOR, logo, morada humana de DEUS!
Depende de
nós, hoje, inspirados em Cristo, conduzidos pelo Espírito Santo de Deus e ao
modo de PAULO APÓSTOLO, fazer com que a missão do FILHO UNIGÊNITO DE DEUS,
JESUS CRISTO, seja, efetivamente cumprida. Convém que nos abracemos e formemos
a maior e mais forte legião de seguidores, discípulos e missionários do MESTRE
JESUS, e nos honremos com a GRAÇA que ELE nos concede todos os dias desde o
raiar do sol.
Enfim,
como está contido na ORAÇAO DO AMANHECER, quero LHE pedir Meu
Jesus, “que eu seja tão bondoso e
alegre, que todos quantos se achegarem a mim sintam tua presença. Reveste-me de
tua beleza, Senhor, e que no decurso deste dia eu te revele a todos” e, se peco,
LHE peço perdão, se termino este EDITORIAL pedindo que MEUS IRMÃOS CURSILHISTAS sejam tão bondosos e tão alegres, que todos quantos se achegarem
a cada um deles sintam TUA presença. “Reveste-os de TUA beleza, Senhor, e que
por todo o sempre TE revelem a todos”.
DECOLORES deixem, também, seus
barcos na praia. Só DEUS basta!
Aloysio Campos Filho
Coordenador do GED Salvador
Aos nossos queridos
aniversariantes queremos desejar plenas
realizações nessa caminhada,
elevando nossas orações ao Divino Espírito Santo para que sempre ilumine e
guie a todos com as graças do Pai
Celeste:
São os votos do GED SALVADOR
Novembro:
Dia 01 – Tereza Matos Rebouças e Maria Luiza Mendonça, dia 03 – Dom Gregório Paixão e Elvira Pereira de Athayde, dia
04 – CLAUDINHA – Ana Claudia dos Santos
Matias, dia 05 – Eleonora Pacheco de Miranda e Gilberto Bonfim, dia 06
– LAPA – José Gomes Pedreira Lapa, dia 07 – Paulo Câmara, dia 08 – Marluce Bandeira da Silva, dia 09 – Maria Aparecida Araújo de Souza
CIDA, dia 10 – Walter Bispo dos Santos, dia 11 – Marilene Sá, dia 15 – Neide Passos e Isabel Santos Ribeiro BELINHA, dia 17 – Andréia Conceição e Ridalva
Mendes da Silva – RIDA. dia 19 – Gabriela Gordilho, dia 20 – Joseane Pinheiro Correia de Araújo, dia 22 – Terezinha Carvalho da Silva, dia 23 – Moema S. Ribeiro, dia 26 – Letícia Alves de Sousa, dia 28 – Frei Rufino
Pinheiro de Almeida e Maria Beatriz da Silva.
Caríssimos
irmãos e irmãs cursilhistas de Salvador,
Desta vez é mais um
apelo que fazemos aos nossos irmãos e irmãs que fizeram o cursilho, que viveram
aquela experiência maravilhosa dos três dias, que fizeram a promessa a Cristo
que poderia contar com a sua participação, mediante a sua Graça, convidamos a participarem conosco das ultreyas mensais, sempre num
sábado, na Igreja dos Aflitos, das 08h00 às 11h00, e da Escola Vivencial todas
as terças-feiras, das 20h00 às 21h00, onde sempre somos acolhidos e podemos realimentar a
nossa fé, adquirindo novos conhecimentos, em busca da morada prometida e
eterna, aprendendo sempre, cada vez mais e mais, a estar perto de Deus. Compareça, prestigie, fortaleça o MCC!
Mensagem do GED Salvador
Celebramos nesse mês a
Festa de Cristo Rei, criada pelo Papa Pio XI em 1925, para ser celebrada no
último domingo de outubro. Na reforma litúrgica passou para o último
domingo do ano litúrgico (esse ano, dia 24 de novembro), para
dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas. Cristo é
o centro do universo e para Ele tudo conflui. Mas, qual é o reino de Jesus
Cristo? Poderíamos imaginá-lo sob a forma de um reino terreno, onde a riqueza e
o poder são critérios de julgamento? Claro que não...
É um reino, mas, o é
diferente dos reinos e governos do mundo. À pergunta de Pilatos: “Tu és o Rei
dos Judeus”? Jesus lhe
responde: “O
meu reino não é deste mundo” (Jo 18, 36). Não pode ser deste
mundo um reino que prefere o pobre, o excluído, o cativo. Não pode ser deste
mundo o reino onde a justiça é instalada, permanentemente, onde o amor ao
próximo é a medida do julgamento, onde todos são iguais e merecem as mesmas
oportunidades. Por isso nossa humanidade se confronta com a proposta de Jesus.
Instalar um reino nesses
moldes entre nós ainda é um desafio. Reconhecer Jesus Cristo naquele mais pobre,
mais necessitado, naquele que cheira mal ou que nos interpela por justiça, é
desafiador. Como também é desafiador pensar num reino onde o que prevaleça seja
o poder de serviço e não o poder autoritário que esmaga o outro.
Seu poder é poder eterno que não lhe será
tirado, um reino que não se dissolverá.
Jesus se proclama Rei
diante de Pilatos, quando este lhe pergunta: “Então, tu és Rei”? Jesus responde: “Tu o dizes que eu sou Rei. Para isso
nasci e vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da
verdade escuta a minha voz” (Jo 18, 37). E Pilatos ainda
pergunta: “Que
é a verdade”? Mas não espera a resposta, como é comum entre
nós que vivemos fazendo tantas perguntas para Deus e não queremos saber a
resposta.
Ser verdade para Jesus é
ser Ele próprio o testemunho da vontade do Pai. Durante sua vida procura,
unicamente, fazer a vontade do Pai. “E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca
nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia”.
Cristo Rei é um título de
Jesus baseado em várias passagens bíblicas e, em geral, usado por todos os
cristãos. A Igreja Católica, a Presbiteriana, a Anglicana, e várias outras
denominações cristãs protestantes, incluindo os presbiterianos, luteranos e metodistas,
celebram, em honra de Cristo sob este título: “A Festa de Cristo Rei”, no último domingo do ano litúrgico, antes que o novo ano comece com o primeiro domingo do Advento.
Junto com a Festa de
Cristo Rei celebramos também o Dia do Leigo e da Leiga, vocação especial muitas
vezes esquecida, (há uma tendência de se achar que vocacionados são somente os
sacerdotes e freiras). Ser leigo ou leiga no mundo de hoje é um permanente
desafio de vida e de testemunho: Como ser do mundo, sem ser do mundo, como nos conclama São
Paulo. A Festa de Cristo Rei nos faz um convite muito especial:
“Que sejamos capazes de assumir essa proposta em toda a sua radicalidade. Que
sejamos ativos construtores dessa nova ordem”.
Um coração alegre faz tanto bem quanto os remédios.
Comunicação
PE. Roque Schneider, SJ.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao
Pai, senão por mim” (Jo
14, 6).
Caminhos a gente faz e
rasga, andando sempre. Exupéry escreveu: “Uma vez traçado o caminho, só há uma coisa a fazer,
segui-lo”.
Na jornada cotidiana,
é preciso armazenar coragem e força, entusiasmo e otimismo. Esperança e
tenacidade. Para recomeçar sempre, enfrentando o desgaste de cada dia.
A vida nos judia
confronta e tritura. A vida nos envelhece e machuca, diariamente, mas sempre
nos restam tantas ilhas benfazejas, repousantes. Os momentos bons. As horas
alegres. Os instantes de plenitude. Já descobri que é preciso estocar essa
bagagem leve, cheia de sol, para os momentos maus, para as noites de angústia,
de tribulação. Vale o lembrete: Nunca destrua uma ponte. Nas horas de enchente e
tempestade, ela pode fazer uma falta imensa!
Outra lição, velha como o mundo: Quando
iniciamos bem, a metade do trabalho foi realizada. E noventa por cento está
garantida, por antecipação. Marcos Noronha, num dos seus livros,
reflete: “O
homem escolhe a morte, lá no escondido, quando não tem mais caminho”.
Vida plena é um
processo, uma direção e um destino. Nas artérias da vida enxertada em Cristo
circula sangue jovem, num dinamismo que não estanca nunca. Vida plena, à luz do
Evangelho, é luta e conquista, bandeira no topo da montanha, prêmio de mil
batalhas e muitas imolações. Viver é caminhar, colocando a mochila às costas a
cada amanhecer.
Bem-aventurados os que
não abandonaram seu caminho traçado por Deus, o Pai que nos ama infinitamente.
Desertar é perecer. E perecer fugindo tem gosto de traição. O velho Goethe
tinha razão: “Fora da vida, dois caminhos se abrem.
Um conduz ao ideal, outro conduz à morte”.
Verdadeira vocação é aquela à qual não se pode renunciar. E o verdadeiro
caminho é aquele
que não posso abandonar. Sabedoria total? Ser fiel a
ambos, ao caminho e à vocação.
Felicidade é dom e conquista, plantio perseverante,
lenta maturação...
Os milagres da vida brotam da raiz escondida nas
profundezas do chão.
Mensageiro
do Coração de Jesus – novembro/2013.
Comunicação