sexta-feira, 4 de outubro de 2013

DECOLORES OUTUBRO/2013, o Jornal do Movimento de Cursilho de Cristandade da Arquidiocese de Salvador Bahia

Jornal Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador – BA
Editorial
Outubro/2013
Caríssimos irmãos e irmãs cursilhitas,
                               Eis que celebramos mais uma ultréia acreditando que o nosso Movimento de Cursilhos de Cristandade segue seu caminho inspirado na luz divina vista no CAMINHO maior e melhor: Jesus Cristo. Outubro, o mês das missões... Mais um pouco e o tempo contará 2014 anos decorrido do grande acontecimento que mudou a história do mundo.
                             Se nos perguntarmos o que temos feito de contributivo para esta história estaremos satisfeitos com a resposta? Estamos, de fato, cumprindo a missão?
                             Não é necessário esforço para encontrar justificativa convincente. Graças a Deus! É fato que o MCC tem feito o seu trabalho, embora, convenhamos, deva fazer muito mais com o empenho e dedicação dos bem amados componentes da FAMÍLIA DECOLORES. A messe é grande e poucos são os operários. Além disso, a vontade precedente é a do PAI não a nossa. A missão exige desapego às coisas do mundo e o SENHOR DA MESSE espera que assim seja. Mas o mundo quer diferente. Não nos assustemos. Perseveremos inspirados e iluminados pelo Espírito Santo, encorajados pelo próprio Jesus que nos diz: “se me perseguiram, também vos hão de perseguir. Se guardaram a minha palavra, hão de guardar também a vossa”.
                             Paciência e compreensão, humildade e mansidão, obstinação e fé nAQUELE que nos envia, todos os dias, para a missão evangelizadora nos quatro cantos do universo.  Recordemos Santa Terezinha, a Padroeira das Missões, que mereceu este título tendo falecido aos vinte e quatro anos sem, sequer ter visto o mundo além do convento onde se entregara ao Senhor e, por todo o mês de outubro, meditemos no que podemos fazer para encarnar suas virtudes.
“Vamos todos que este é o caminho”.
Senhor estou pronto! Envia-me!

                                                                                                          Aloysio Campos Filho
Coordenador do GED Salvador

                       Cumprimentamos os aniversariantes do mês de outubro, mês das missões, pedindo ao Espírito Santo que ilumine a cada um de vocês na missão para a qual foram chamados. Que Deus os abençoe e os guarde sempre.
GED Salvador
Dia 02 – Rosana Maria Rehem da Silva Fialho, Aurivanda Macedo Silva, Leandro Carneiro Lapa e Tereza Cristina Carvalho Fagundes, dia 04 – Franklin José Andrade Gomes, dia 08 – Blandina, dia 12 – Nydia Liberato de Matos Gonçalves, dia 13 – Normélia O. Santos, dia 14 – Aurélio Carvalho de Oliveira, dia 15 – Maria Luiza Mello Santos e Josué Nascimento da Silva, dia 16 – Maria Cristina Fialho Duarte e LENE – Elenilza Araújo Almeida Gama, dia 17 – Edvirgens Araújo da Silva, José Bonfim Guimarães, Orleyde Maria Araújo, Jassilene Matos do Nascimento e Marly Magalhães, dia 18 - EVA - Josefa Dias de Souza Gama e Eliana, dia 20 – Thiara Teixeira, dia 21 – Mercedes Magalhães, dia 22 – Marcelo de Carvalho dos Santos, dia 23 – Walter José Dória Soares, dia 24 – Marialva Caldas Silva, dia 25 – Cremilda dos Santos, Maria do Carmo dos Santos Torres e Laudelina Nascimento da Silva, dia 28 – Jocilene dos Santos Santana, dia 31 – Regina Helena Viana de Oliveira.

Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo,

              Queremos lembrar a todos os cursilhistas que a Escola Vivencial do MCC está funcionando todas as terças-feiras, na Igreja do Bom Jesus dos Aflitos, no horário das 20h00 às 21h00.
                 As Ultreyas também estão sendo realizadas, mensalmente, aos sábados das 08h00 às 11h00, de acordo com o calendário do MCC em Salvador, confeccionado e distribuído pelo GED. Venham todos prestigiar esses momentos que são organizados, especialmente, para vocês que são cursilhistas, podendo trazer seus convidados para também participarem desses momentos de meditação e reflexão.
Comunicação
Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!
                 Nesse mês a Igreja Católica celebra a mês das missões, como tem feito todos os anos, quando são intensificadas várias atividades voltadas para o fortalecimento da fé, na busca de uma tomada de consciência mais concreta para desenvolver o engajamento na missão universal. A palavra “missão” vem do latim “mittere” que significa “enviar”. É no batismo que somos chamados e enviados à vocação de missionários. Vamos observar atentamente as Sagradas Escrituras nos textos que se seguem: Jesus  foi batizado por João Batista no rio Jordão, (João estranhou a atitude de Jesus); depois foi conduzido pelo deserto, onde foi testado várias vezes pelo demônio, (mantendo sempre a sua atitude serena);  com a força do Espírito foi a uma sinagoga em Nazaré e fez a leitura do texto de (Is. 61,1-2): “O Espírito do Senhor está sobre mim, eis porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres, enviou-me para proclamar a libertação aos presos, e, aos cegos, a recuperação da vista, para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor”. (Vemos nessa passagem que Jesus após partilhar o texto, a comunidade põe em dúvida a Sua autoridade e ficou furiosa; queriam empurrá-LO para um precipício, mas Jesus saiu, passando pelo meio deles). Agora quero despertar a atenção de todos, porque estamos apenas focando o início da vida pública de Jesus. Ele demonstrou mansidão em todas as suas atitudes, sempre coerentes com o que ensinava. Jesus nos mostra que a primeira atitude do missionário deve ser de mansidão, porque o anúncio da Boa Nova é um anúncio de paz. Basta-nos portanto, que sejamos puros e mansos de coração, como Ele nos diz no Sermão da Montanha. Mas, como é tão difícil para nós criaturas humanas de cabeça tão dura, atingirmos momentos de pureza e de mansidão. Estamos sempre nos degladiando nesse universo de maldades, perseguições, falsidades e tantas outras atitudes que só nos levam ao afastamento de Deus. Não precisamos ser ativista dentro da Igreja, como muitos que se sobrecarregarem com  tantas atividades. Não é preciso agir assim. Como vemos, basta-nos o cultivo da nossa vocação missionária.
A missão pede o seu sim!
“Não tenho tempo!”
          O Eclesiastes é um interessante livro bíblico, do Antigo Testamento. Seu nome vem do grego e significa: o homem da assembleia; aquele que toma a palavra na sinagoga. Escrito em hebraico pelo ano 250 aC, esse livro comprova a influência da cultura grega na Judeia. Um tema atravessa, de modo especial, todos os seus capítulos: a precariedade das ocupações humanas. Tudo é “vaidade”, ou seja, tudo é neblina, fumaça e ilusão. Pessimista? Diria que não. Seu autor, um sábio ancião, quer instruir os jovens a viver com realismo e seriedade. É o que se conclui, por exemplo, com suas observações sobre o desenrolar do tempo: “Tudo tem seu tempo, há um momento oportuno para cada empreendimento debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta (...); tempo de chorar e tempo de rir” (Ecle 3, 1-2.4). A partir de suas observações, faço as minhas.
          Um dia, quando se escrever um livro sobre o nosso século, talvez se escolha como título: “A época dos homens sem tempo”. Afinal, nenhuma justificativa é tão usada como a da falta de tempo. Ninguém tem tempo. Nem os adultos (no telefone, depois de não ter ido à reunião: “Pois é, infelizmente não tive tempo...”), nem os jovens (ao professor na Faculdade: “Por que ainda não entreguei o trabalho? Tempo, falta de tempo!...” ) e até as crianças (à mãe, que pede ao filho para fazer um serviço: “Ah! Mãe, logo agora que não tenho tempo?”).
          Alguns não se dedicam a clubes de serviço porque não têm tempo. Outros não visitam seus parentes porque “não se tem mais tempo para nada”. Aquele jovem não estuda, este não trabalha e você nada lê porque lhes falta tempo. “Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos”, é a irônica observação da Raposa ao Pequeno Príncipe.
          A conclusão a que se chega – conclusão óbvia, clara, cristalina – é que há alguma coisa errada. Essa evidência se acentua quando se ouve a desculpa daqueles que cortaram, aos poucos, todo relacionamento com Deus, por um motivo muito simples: não têm tempo! “Gostaria de ir à missa, mas não tenho tempo. Desejaria ler o Evangelho, pensar nos outros, rezar, ser voluntário em algum hospital mas, infelizmente não tenho tempo”. Se o ser humano não tem mais tempo para cultivar sua amizade com o Pai ou para ir em direção a seus irmãos, alguma coisa está mesmo errada. Demos, pois, uma de pesquisador: procuremos o culpado por essa situação insustentável.
          Seria Deus? Afinal, foi Ele que deu o tempo ao ser humano. Mas, talvez lhe tenha dado pouco tempo: afinal, há tanto que fazer!... Contudo, convenhamos: seria um absurdo pensar assim. Ele certamente dá aos homens e mulheres o tempo suficiente para que possam fazer o que Ele quer. Mais: Ele só espera de cada pessoa o que ela tem condições de fazer.
          O problema da falta de tempo teria como causa o próprio ser humano? (De você, por exemplo?). Afinal, quem consegue realizar tudo o que gostaria? Dada à nossa insatisfação contínua, por mais que alguém aja, fale ou pense, sempre falta pensar, falar ou  fazer alguma coisa. Novos horizontes se abrem diante de cada caminho percorrido. O que fazer, então? (“Fazer mais alguma coisa ainda? Mas eu já disse que não tenho tempo!...”). Abra o Evangelho. Ouça o que Cristo tem a dizer sobre isso: “Marta, Marta, tu te preocupas com muitas coisas. E, contudo, uma só é necessária”. O que seria o essencial na vida, o único necessário? Deve se tratar, sem dúvida, de uma realidade que permaneça sempre, que não passe com o tempo, que continue a existir mesmo após a morte – que é, para cada um, o fim do tempo.
          Um dia, um doutor da lei perguntou a Jesus o que era mais importante – isto é, o que é que era essencial e resumia sua doutrina. A resposta do Mestre foi simples: o amor. O amor ao Pai e o amor aos irmãos. O resto, isto é, o que cada um vai fazer, pensar ou dizer,  será uma consequência de seu amor. Ora, se alguém não tem tempo nem para se doar, que pobreza! Talvez seria melhor não ter recebido tempo algum!...
 Mensageiro do Coração de Jesus, Set/2013                                     Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil