quinta-feira, 7 de agosto de 2014

DECOLORES AGOSTO/2014, o Jornal do Movimento de Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de Salvador Bahia

Decolores

Jornal Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador – BA
Editorial
   Agosto 2014
                   Mês das Vocações. O nosso DECOLORES de JULHO nos presenteou com uma reflexão sobre o valor da nossa fé e o ser dizimista.
                  AGOSTO é o mês que a nossa Igreja dedica aos vocacionados que trabalham com dedicação, continuando a construçao do Reino dos Céus - Leiam a magnífica Carta do Assessor Eclesiástico do nosso MCC, PE. José Gilberto Beraldo, da Equipe Sacerdotal do Grupo Executivo Nacional, verdadeiro balsamo para o conteúdo do nosso saber e do nosso gosto pela Igreja que integramos, O dia 04 (segunda-feira passada) foi dedicado aos PADRES, e toda a semana consagrada àqueles que, com amor, exercem os Ministérios Ordenados.        Lembremos que quando criancinhas aprendemos a rezar o PAI NOSSO começando assim: PADRE NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU... Então, é muito bom quando vemos a figura do PAI em cada Padre de nossa Igreja, notadamente aqueles que caminham conosco ajudando a clarear nossa inteligência para que compreendamos o real valor do nosso serviço como seguidores de Cristo e da nossa fé neste Jesus, O SALVADOR, que nos revelou a face do PAI CELESTE, antes nunca vista. Este momento é por demais oportuno para prestarmos o mais sublime preito de reconhecimento e gratidão ao nosso Assessor Eclesiástico Frei Fernandes que tanto tem partilhado conosco o seu SAL tornando a nossa caminhada de fé muito mais agradável, rica e saborosa, crescendo muito mais em virtude do seu FERMENTO que, também, espalha sobre nós, com inesgotável carinho e amoroso zelo de PAI. Irmãos Cursilhistas – Cristo mandou os Seus discípulos irem pelo mundo a fora evangelizar e dar, de graça, aquilo que de graça receberam dELE, cuja LUZ infinita e inigualável, foi testemunhada por João, Pedro e Tiago, na TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR, sobre a qual toda Igreja meditou dia 6 de Agosto.
                   Continuemos a caminhada iniciada pelos discípulos do Nazareno e sintamos a claridade que nos envolve e nos acompanha diariamente, conscientes de que somos “a luz do mundo”, “dos ambientes”, ocupando o lugar mais alto possível, com a ajuda de Jesus Cristo, não, pura e simplesmente, para estarmos em destaques, mas para que possamos oferecer, de graça, a luz de Jesus que brilha em cada um de nós.
Louvado seja NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! Para sempre seja louvado!  Amém.
                                                                                                  Aloysio Campos Filho
Coordenador do GED Salvador
Vocação à vida
                     O dom mais excelente que recebemos de Deus é a vida. Deus nos amou antes de ter feito este mundo. Isto quer dizer que Ele nos ama com um amor eterno. Antes de sermos filhos de nossos pais, já éramos filhos amados de Deus. O homem é a única criatura que Deus quis por si mesma. Tudo o mais foi feito para nós. Você tem valor! Cada vida humana tem muito valor porque foi criada à imagem e semelhança de Deus. Cada um de nós tem um lugar especial neste mundo.
                    Entre os mais de seis bilhões de pessoas do Planeta, não há dois que tenham o mesmo código genético (DNA) ou as mesmas impressões digitais. Você é um indivíduo, isso quer dizer único, irrepetível, singular, sua vida é única, não houve e não haverá outro igual a você na história deste mundo. Em cada um de nós o Criador colocou Seus dons, Sua beleza, Seu amor, para sermos úteis aos outros neste mundo. E para viver isso, o Senhor chama cada um de nós a viver num estado de vida e numa atividade própria de acordo com as nossas aptidões: É a nossa vocação.
                      Vocação é chamado. E o primeiro chamado de Deus é para vivermos bem a nossa vida, desenvolvendo os talentos que Ele nos deu e os colocando a serviços dos outros. Para isso, é preciso viver de acordo com os valores de Deus e não com os do mundo. Muitas vezes confundimos vocação e profissão. Sempre é bom estabelecermos os limites de um e de outro conceito para que não haja confusão.
                       Vocação é da ordem do ser. Profissão é uma ocupação na vida. Vocação vivo 24 horas por dia. Profissão exerço em média 8 horas por dia. Vocação é gratuita. Profissão é remunerada. Vocação é para o Reino de Deus. Profissão é para o sustento da pessoa.
Vocação Humana

                     Quem sou eu? De onde vim? O que busco? Quem é você? Qual é a sua identidade? Você tem um nome. Você tem uma data de nascimento. Não sou uma coisa. Sou alguém capaz de crescer, de pensar, de escolher, de amar e de ser amado. Eu sou uma pessoa. Isto quer dizer muito, que sou uma criatura de Deus, que me criou com muito amor! Sou gente, sou um ser consciente e responsável, um ser aberto à comunicação, à partilha, à comunhão no amor. Sou uma realidade única! Somos realmente imagem e semelhança de Deus, mas não somos deuses. Não somos o que Ele é. Deus é inteligência – nós temos inteligência. Deus é sabedoria – nós temos sabedoria. Deus está em nós e nós estamos Nele. Ele é o criador e nos somos suas criaturas.
                        Ser pessoa é ser você mesmo. É tomar decisões próprias e responsáveis, sem se deixar levar pelos outros. Assim sou livre. Deus nos criou para sermos livres. Liberdade não é fazer o que se quer, mas o que se deve. A pessoa humana não pode encontrar em si mesma o sentido da vida. Tem necessidade de alimentar o seu desejo de viver, de ser reconhecida, acolhida e aceita pelos outros. O ser humano realiza o seu destino na relação. Ninguém é uma ilha que se baste a si própria. Somos uma parte do todo. Presta contas a um, é responsável por outro.
                        Cada um de nós ocupa um espaço específico neste mundo; cada um tem uma missão a cumprir. Por isso não podemos nos arrastar como escravos. Não podemos deixar de cumprir a missão que Deus nos confia nesta vida, pois isso é que a dignifica. Amar a todos, desejar o bem a todos, fazer o bem a todos, ser bom como Deus é bom. Assim a vida é valorizada. O outro não cumprirá a nossa missão, porque somos seres únicos e cada um faz a sua parte.

Sede perfeitos, como o Pai celeste é perfeito.
Aniversariantes do mês  de agosto
Agosto é o mês das Vocações.
                        Irmãos e Irmãs, não podemos nos descuidar das nossas vidas. Elas são o maior dom de Deus para nós. Vamos meditar e refletir sobre o sentido da vida, vamos nos perguntar o que Deus quer de Nós? Todos temos uma missão que é dada por Ele. Não vamos esperar que outros façam por nós, ou que um só não fazendo, não irá fazer falta. Não são esses os pensamentos de Deus quando nos dá a vida. Desejamos a todos muitas felicidades e que tenham a coragem e o discernimento para acolher na medida certa, na hora certa, a mensagem que Ele está sempre nos dizendo ao pé do ouvido: Vinde a mim que estais cansados e eu vos aliviarei.
                         Lembrem-se da missa em homenagem aos aniversariantes do mês, que será no sábado, dia 30 de agosto de 2014, na igreja do Aflitos, às 17h00.
Agosto:
Dia 03 – Fernando Pimenta Lima,  dia 06 – Catarina Barreto, dia 07 – Vania Carvalho, dia 08 – Nina Miranda, dia 09 – Dilia Gordilho, dia 10 – Dalila Gramacho Calmon, dia 14 – Antonio Barreto Galvão, dia 16 – Marisa Mello Vilas Boas e Josélia Bispo Duarte, dia 17– Lia, dia 18 – Giselma Alice Melo da Silva e Silvia Maria Azevedo Nascimento, dia 20 – Catarina Macedo, dia 21 – Ton-Cleiton Antonio Santos da Silva, dia 23 – Sheila Magaly de Souza Gama e Ivone Biscaia, dia 24 – Adalberto Alves de Lima e Selva Maria de Magalhães Franco, dia 25 - Carmeci Maria de Souza Galvão, dia 26 – Maria das Graças de Santana Nogueira, dia 27 – Julita Ferraz, dia 29 – Luana Clara Braid Araújo, dia 30 – Vera Oliveira, dia 31 – Rafael Fialho Bulcão e  RAFA  - Rafael Azevedo Nascimento.
Notícias Decolores
            Estamos selecionando temas para a Escola Vivencial e iniciaremos as aulas no dia 12 de agosto às 20h00 na igreja dos Aflitos. É preciso prestigiar esse trabalho de muito esforço para nos prover de conhecimentos básicos e necessários para fazermos uma caminhada no crescimento da nossa fé. Vamos lembrar o que nos disse São Paulo: Somos vasos de barro que carregamos um tesouro. Portanto vamos proteger esse tesouro, com garra, perseverando na esperança de um dia dizer, face a face, diante de Jesus:

Senhor Estou aqui!
Carta MCC Brasil – Agosto 2014
                  “O semeador saiu para semear... O que foi semeado em terra boa é quem ouve a palavra e a entende; este produz fruto: um cem, outro sessenta e outro trinta” (Mt 13, 3-23).

             Muito amados irmãos e irmãs, perseverantes leitores e leitoras destas nossas breves reflexões mensais:

                   Desejo-lhes toda paz, harmonia, consolação e graça brotadas do coração misericordioso do Pai; a nós comunicadas pelo Filho Jesus e fortalecidas sempre pelo Santo Espírito!

1. As cartas mensais para o MCC do Brasil. Animados pela motivação evangelizadora destas Cartas mensais e fortalecidos pela mesma graça de Deus, Doador de todos os dons, com esta chegamos à de número cento e oitenta. Das primeiras cem já se publicou um volume ainda à disposição no escritório do Grupo Executivo Nacional. Além da redação original em português, pois sua Razão de ser foi o MCC do Brasil e seus primeiros destinatários os cursilhistas do nosso país, e contando com a preciosa colaboração e disponibilidade de nosso caríssimo irmão chileno, Jaime Rojas Lemn, a quem muito agradecemos, são traduzidas para o espanhol e enviadas ao MCC de toda a América Latina e de outros países também. Sempre foram estas nossas cartas tratadas com a intenção de agirem como uma pequena semente lançada nos distintos tipos de terreno e, por isso mesmo, nem sempre recebendo algum retorno (cf. Mt 13, 1-9).

2. Mês das Vocações. Não poderíamos deixar de lembrar nesta carta, ser Agosto, o “Mês das Vocações”. A primeira semana é dedicada à vocação aos Ministérios ordenados; a segunda à vocação para a Família; a terceira à vocação para a vida Consagrada de homens e mulheres e a quarta à vocação dos Leigos e Leigas. Tendo todas, igual importância, é oportuno lembrar, de maneira especial, a vocação do Laicato na qual se inserem os Movimentos eclesiais, entre eles o nosso Movimento de Cursilhos cujo carisma, objetivo, finalidade, estão no encontro pessoal com Jesus e a “fermentação evangélica nos ambientes” ou seja, na presença de cristãos ou grupo de cristãos não na sacristia mas no meio do mundo e nas suas realidades: família, trabalho e outros ambientes sociais. Ser leigo ou leiga não é não ser consagrado, mas, uma vocação, isto é, um chamado de Deus para o anúncio do Reino de Deus nas realidades do mundo. Documentos eclesiais sobre a vocação e missão do leigo são muitos, sobretudo desde o Concílio Vaticano II. Ainda há poucos dias a nossa CNBB publicou em “Estudos da CNBB – 107” um texto para estudo “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade”. É assim apresentado: “Este texto de estudo busca retomar e aprofundar a participação dos leigos e leigas na Igreja. Foi refletido e aprofundado durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, celebrada em Aparecida de 30 de abril a 9 de maio de 2014.

                     Será agora estudado nas Igrejas particulares, nas comunidades, grupos e movimentos [1]. Todo o povo de Deus – Leigos, vida consagrada, diáconos, presbíteros e bispos – caminhando para a realização da plenitude do Reino”. Será uma pena se mais um documento importante como esse estiver destinado a repousar em paz, empoeirado no alto de uma estante!

                     Sugestão para reflexão pessoal e/ou em grupo. A vocação para ser um leigo e uma leiga autênticos, isto é, para ser “sal da terra e luz do mundo” (MT 5, 13-14) “luz do mundo” hoje, mais do que nunca, exige não apenas uma consciência e mentalidade comprometidas, mas, também, o reconhecimento dos Planos de Pastoral. Em algum momento deveria neles ser contemplada, por exemplo, a “Evangelização dos Ambientes” (vocação específica do Movimento de Cursilhos). Pergunta-se: na sua paróquia ou comunidade, a hierarquia considera leigos como meros serviçais paroquiais ou integrantes de todas as pastorais? Não será oportuno e, até, conveniente e necessário, chamar a atenção de sacerdotes, párocos, etc. que lugar de leigo – a não ser por algum serviço esporádico intra-eclesial – não é na sacristia e, sim, no meio das realidades do mundo?

3. Alguns desafios apontados pela EG. Terminamos a nossa última Carta sugerindo que fossem lidos no texto original da “Evangelii Gaudium” (EG) aqueles quatro (nãos) para que  pudessem ser mais bem compreendidos e assimilados os três desafios apontados pelo Papa Francisco. São eles (61-75):

a) Desafios Culturais (EG 61-67). A EG lista alguns desafios que, nestes inícios do século vinte e um, se apresentam à missão evangelizadora dos seguidores de Jesus. Há ataques à liberdade religiosa e perseguição a cristãos, criando ódio. Outro desafio está no relativismo, pois é impossível um projeto comum onde há portador de verdade subjetiva.
Outros destaques: A prevalência do exterior, do imediato, do visível, do rápido, do superficial e do provisório. Aí o real cede lugar para a aparência, deteriorando as raízes culturais. Os meios de comunicação de massa suscitam novas maneiras de comportamento na pessoa. Dentro de tudo está a ameaça constante aos valores tradicionais. Ainda que haja reações contra o materialismo, o consumismo e o individualismo surgem movimentos religiosos tendentes ao fundamentalismo e, até, movimentos que parecem propor uma espiritualidade sem Deus. No sofrimento da pobreza, muitos procuram soluções imediatas. Surge um individualismo vazio deixado pelo racionalismo secularista também, infelizmente, corroborado pelo clima pouco acolhedor das paróquias e comunidades onde podem-se notar atitudes e práticas mais burocráticas do que pastorais. Em muitos casos, o administrativo está acima do pastoral onde prevalece, há séculos, uma sacramentalização sem evangelização. Por outro lado, a secularização reduz a fé e a Igreja ao âmbito privado e íntimo. Negando a transcendência, caímos na deformação ética e no relativismo. Isso provoca desorientação generalizada na adolescência e juventude. Nas questões morais, sentimos o esvaziamento ou superficialidade. Felizmente, mesmo na corrente secularista, a Igreja é uma instituição credível sendo mediadora na solução de problemas até em países onde é a minoria. É difícil defender que atuamos na fidelidade à dignidade e ao bem comum. No que se refere à família, sabemos como esta vive profunda crise cultural e fragilidade nos vínculos enquanto o individualismo atual globalizado distorce os vínculos familiares.

b) Desafios da inculturação da fé (EG 68-70). Alguns desafios: Enquanto países guerreiam, os cristãos insistem na solidariedade. Vemos surgir muitas formas de agregação para defender direitos. Há ainda uma reserva moral que guarda valores de humanismo cristão. Na cultura popular ainda temos uma marca de fé e valores cristãos. Fragilidades: Machismo, alcoolismo, violência doméstica. Ainda: pouco valor à eucaristia, crenças fatalistas ou supersticiosas etc. Isso só pode ser superado tendo em conta o valor da piedade popular. Práticas modernas dificultam uma religiosidade popular mais centrada. Muitas pessoas se sentem desiludidas com a forma de agir da Igreja. Na família falta espaço para o diálogo numa linha mais cristã haja vista a influência da comunicação, do subjetivismo, do consumismo etc.

c) Desafios das culturas urbanas (EG 71-75). É preciso descobrir a presença de Deus na cidade, nas casas, ruas etc. Presença que não precisa ser criada, mas descoberta e desvendada para poder ir às pessoas como o fez Jesus no encontro com a samaritana (Jo 4,7). Em novas culturas, nascem novas orientações de vida com nova evangelização, cuja missão é a de iluminar os novos modos de relação com Deus. No âmbito multicultural há que se chegar às novas histórias e novos paradigmas. Observe-se que na cidade a pessoa se aliena em práticas de segregação e violência, enfrentando outros perigos: tráfico de drogas, de pessoas, abusos de menores, abandono de idosos e doentes, bem como várias formas de corrupção e crime. Tudo isto provoca grande retraimento e desconfiança entre as pessoas. O evangelho deve ser inserido no coração dessas realidades de vida.

                       Sugestão para reflexão pessoal e/ou em grupo. Face a estes desafios, qual a sua mentalidade de seguidor de Jesus: indiferença, falta de interesse como se nada fosse com você, ou consciência viva de que você também é parte da missão evangelizadora como fermento, sal e luz (cf. Mt 5 13-14)? De maneira especial, o Movimento de Cursilhos de sua Diocese assumiu, conforme o seu carisma, a “fermentação evangélica dos ambientes”?
                        Com meu abraço fraterno, deixo-lhes a garantia de minha diária lembrança na Eucaristia, desejando a todos abundantes bênçãos de Deus e às suas famílias, especialmente aos queridos irmãos e irmãs enfermos. Do irmão, amigo e servo de todos no Senhor Jesus Cristo.
                                                                                                                  PE JOSÉ GILBERTO BERALD0

Equipe Sacerdotal GEN MCC Brasil