Jornal Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador – BA
Editorial
Agosto 2014
Mês das Vocações. O nosso DECOLORES de JULHO
nos presenteou com uma reflexão sobre o valor da nossa fé e o “ser dizimista”.
AGOSTO é o mês que a nossa
Igreja dedica aos vocacionados que trabalham com dedicação, continuando a
construçao do Reino dos Céus - Leiam a magnífica Carta do Assessor Eclesiástico
do nosso MCC, PE. José Gilberto Beraldo, da Equipe Sacerdotal do Grupo
Executivo Nacional, verdadeiro balsamo para o conteúdo do nosso saber e do
nosso gosto pela Igreja que integramos, O dia 04 (segunda-feira passada) foi
dedicado aos PADRES,
e toda a semana consagrada àqueles que, com amor, exercem os Ministérios
Ordenados. Lembremos que quando
criancinhas aprendemos a rezar o PAI NOSSO começando assim: PADRE NOSSO QUE
ESTAIS NO CÉU... Então, é muito bom quando vemos a figura do PAI em
cada Padre de nossa Igreja, notadamente aqueles que caminham conosco ajudando a
clarear nossa inteligência para que compreendamos o real valor do nosso serviço
como seguidores de Cristo e da nossa fé neste Jesus, O SALVADOR, que nos revelou a
face do PAI
CELESTE, antes nunca vista. Este momento é por demais oportuno para
prestarmos o mais sublime preito de reconhecimento e gratidão ao nosso Assessor
Eclesiástico Frei Fernandes que tanto tem partilhado conosco o seu SAL tornando
a nossa caminhada de fé muito mais agradável, rica e saborosa, crescendo muito
mais em virtude do seu FERMENTO que, também, espalha sobre nós, com inesgotável
carinho e amoroso zelo de PAI. Irmãos Cursilhistas – Cristo mandou os Seus
discípulos irem pelo mundo a fora evangelizar e dar, de graça, aquilo que de
graça receberam dELE, cuja LUZ infinita e inigualável, foi testemunhada
por João, Pedro e Tiago, na TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR, sobre a qual toda
Igreja meditou dia 6 de Agosto.
Continuemos a caminhada
iniciada pelos discípulos do Nazareno e sintamos a claridade que nos envolve e
nos acompanha diariamente, conscientes de que somos “a luz do mundo”, “dos
ambientes”, ocupando o lugar mais alto possível, com a ajuda de Jesus Cristo,
não, pura e simplesmente, para estarmos em destaques, mas para que possamos
oferecer, de graça, a luz de Jesus que brilha em cada um de nós.
Louvado seja NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! Para sempre seja
louvado! Amém.
Aloysio Campos Filho
Coordenador
do GED Salvador
O dom mais excelente que
recebemos de Deus é a vida. Deus nos amou antes de ter feito este mundo. Isto quer dizer que Ele nos
ama com um amor eterno. Antes de sermos filhos de nossos pais, já éramos filhos
amados de Deus. O homem é a única criatura que Deus quis por si mesma. Tudo o
mais foi feito para nós. Você tem valor! Cada vida humana tem muito valor
porque foi criada à imagem e semelhança de Deus. Cada um de nós tem um lugar
especial neste mundo.
Entre os mais de seis
bilhões de pessoas do Planeta, não há dois que tenham o mesmo código genético
(DNA) ou as mesmas impressões digitais. Você é um indivíduo, isso quer dizer
único, irrepetível, singular, sua vida é única, não houve e não haverá outro igual
a você na história deste mundo. Em cada um de nós o Criador colocou Seus dons,
Sua beleza, Seu amor, para sermos úteis aos outros neste mundo. E para viver
isso, o Senhor chama cada um de nós a viver num estado de vida e numa atividade
própria de acordo com as nossas aptidões: É
a nossa vocação.
Vocação é chamado. E o
primeiro chamado de Deus é para vivermos bem a nossa vida, desenvolvendo os
talentos que Ele nos deu e os colocando a serviços dos outros. Para isso, é
preciso viver de acordo com os valores de Deus e não com os do mundo. Muitas
vezes confundimos vocação e profissão. Sempre é bom estabelecermos os limites
de um e de outro conceito para que não haja confusão.
Vocação
é da ordem do ser. Profissão é uma ocupação na vida. Vocação vivo 24 horas por
dia. Profissão exerço em média 8 horas por dia. Vocação é gratuita. Profissão é
remunerada. Vocação é para o Reino de Deus. Profissão é para o sustento da
pessoa.
Quem sou eu? De onde vim?
O que busco? Quem é você? Qual é a sua identidade? Você tem um nome. Você tem
uma data de nascimento. Não sou uma coisa. Sou alguém capaz de crescer, de
pensar, de escolher, de amar e de ser amado. Eu sou uma pessoa. Isto quer dizer
muito, que sou uma criatura de Deus, que me criou com muito amor! Sou gente,
sou um ser consciente e responsável, um ser aberto à comunicação, à partilha, à
comunhão no amor. Sou uma realidade única! Somos realmente imagem e semelhança
de Deus, mas não somos deuses. Não somos o que Ele é. Deus é inteligência – nós
temos inteligência. Deus é sabedoria – nós temos sabedoria. Deus está em nós e
nós estamos Nele. Ele é o criador e nos somos suas criaturas.
Ser pessoa é ser você
mesmo. É tomar decisões próprias e responsáveis, sem se deixar levar pelos
outros. Assim sou livre. Deus nos criou para sermos livres. Liberdade não é
fazer o que se quer, mas o que se deve. A pessoa humana não pode encontrar em
si mesma o sentido da vida. Tem necessidade de alimentar o seu desejo de viver,
de ser reconhecida, acolhida e aceita pelos outros. O ser humano realiza o seu
destino na relação. Ninguém é uma ilha que se baste a si própria. Somos uma
parte do todo. Presta contas a um, é responsável por outro.
Cada um de nós ocupa um espaço
específico neste mundo; cada um tem uma missão a cumprir. Por isso não podemos
nos arrastar como escravos. Não podemos deixar de cumprir a missão que Deus nos
confia nesta vida, pois isso é que a dignifica. Amar a todos, desejar o bem a
todos, fazer o bem a todos, ser bom como Deus é bom. Assim a vida é valorizada.
O outro não cumprirá
a nossa missão, porque somos seres únicos e cada um faz a sua parte.
Sede perfeitos, como o Pai celeste é perfeito.
Aniversariantes do mês de agosto
Agosto é o mês das Vocações.
Irmãos e Irmãs, não
podemos nos descuidar das nossas vidas. Elas são o maior dom de Deus para nós. Vamos
meditar e refletir sobre o sentido da vida, vamos nos perguntar o que Deus quer
de Nós? Todos temos uma missão que é dada por Ele. Não vamos esperar que outros
façam por nós, ou que um só não fazendo, não irá fazer falta. Não são esses os
pensamentos de Deus quando nos dá a vida. Desejamos a todos muitas felicidades
e que tenham a coragem e o discernimento para acolher na medida certa, na hora
certa, a mensagem que Ele está sempre nos dizendo ao pé do ouvido: Vinde a mim que estais cansados e eu vos aliviarei.
Lembrem-se da missa em
homenagem aos aniversariantes do mês, que será no sábado, dia 30 de agosto de 2014, na igreja do
Aflitos, às 17h00.
Agosto:
Dia 03 – Fernando Pimenta
Lima, dia 06 – Catarina Barreto, dia
07 – Vania Carvalho, dia 08 – Nina Miranda, dia 09 – Dilia
Gordilho, dia 10 – Dalila Gramacho Calmon, dia 14 – Antonio
Barreto Galvão, dia 16 – Marisa Mello Vilas Boas e Josélia Bispo Duarte,
dia 17– Lia, dia 18 – Giselma Alice Melo da Silva e Silvia Maria
Azevedo Nascimento, dia 20 – Catarina Macedo, dia 21 –
Ton-Cleiton Antonio Santos da Silva, dia 23 – Sheila Magaly de Souza
Gama e Ivone Biscaia, dia 24 – Adalberto Alves de Lima e Selva Maria de
Magalhães Franco, dia 25 - Carmeci Maria de Souza Galvão, dia 26
– Maria das Graças de Santana Nogueira, dia 27 – Julita Ferraz, dia
29 – Luana Clara Braid Araújo, dia 30 – Vera Oliveira, dia 31
– Rafael Fialho Bulcão e RAFA - Rafael Azevedo Nascimento.
Estamos selecionando temas para a
Escola Vivencial e iniciaremos as aulas no dia 12 de
agosto às 20h00 na igreja dos Aflitos. É preciso prestigiar esse trabalho de muito esforço para nos prover de
conhecimentos básicos e necessários para fazermos uma caminhada no crescimento
da nossa fé. Vamos lembrar o que nos disse São Paulo: Somos vasos de barro que carregamos um tesouro. Portanto vamos proteger esse tesouro,
com garra, perseverando na esperança de um dia dizer, face a face, diante de
Jesus:
Senhor Estou aqui!
“O semeador saiu
para semear... O que foi semeado em terra boa é quem ouve a palavra e a
entende; este produz fruto: um cem, outro sessenta e outro trinta” (Mt 13,
3-23).
Muito amados irmãos e irmãs,
perseverantes leitores e leitoras destas nossas breves reflexões mensais:
Desejo-lhes toda paz,
harmonia, consolação e graça brotadas do coração misericordioso do Pai; a nós
comunicadas pelo Filho Jesus e fortalecidas sempre pelo Santo Espírito!
1. As cartas mensais para o MCC do Brasil.
Animados pela motivação evangelizadora destas Cartas mensais e fortalecidos
pela mesma graça de Deus, Doador de todos os dons, com esta chegamos à de
número cento e oitenta. Das primeiras cem já se publicou um volume ainda à
disposição no escritório do Grupo Executivo Nacional. Além da redação original
em português, pois sua Razão de ser foi o MCC do Brasil e seus primeiros
destinatários os cursilhistas do nosso país, e contando com a preciosa
colaboração e disponibilidade de nosso caríssimo irmão chileno, Jaime Rojas
Lemn, a quem muito agradecemos, são traduzidas para o espanhol e enviadas ao
MCC de toda a América Latina e de outros países também. Sempre foram estas
nossas cartas tratadas com a intenção de agirem como uma pequena semente
lançada nos distintos tipos de terreno e, por isso mesmo, nem sempre recebendo
algum retorno (cf. Mt 13, 1-9).
2. ”Mês das Vocações”. Não poderíamos deixar de lembrar nesta carta, ser
Agosto, o “Mês das Vocações”. A primeira semana é dedicada à vocação aos
Ministérios ordenados; a segunda à vocação para a Família; a terceira à vocação
para a vida Consagrada de homens e mulheres e a quarta à vocação dos Leigos e
Leigas. Tendo todas, igual importância, é oportuno lembrar, de maneira
especial, a vocação do Laicato na qual se inserem os Movimentos eclesiais,
entre eles o nosso Movimento de Cursilhos cujo carisma, objetivo, finalidade,
estão no encontro pessoal com Jesus e a “fermentação evangélica nos ambientes”
ou seja, na presença de cristãos ou grupo de cristãos não na sacristia mas no
meio do mundo e nas suas realidades: família, trabalho e outros ambientes
sociais. Ser leigo ou leiga não é não ser consagrado, mas, uma vocação, isto é,
um chamado de Deus para o anúncio do Reino de Deus nas realidades do mundo.
Documentos eclesiais sobre a vocação e missão do leigo são muitos, sobretudo
desde o Concílio Vaticano II. Ainda há poucos dias a nossa CNBB publicou em
“Estudos da CNBB – 107” um texto para estudo “Cristãos Leigos e Leigas na
Igreja e na Sociedade”. É assim apresentado: “Este texto de estudo busca
retomar e aprofundar a participação dos leigos e leigas na Igreja. Foi
refletido e aprofundado durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, celebrada em
Aparecida de 30 de abril a 9 de maio de 2014.
Será agora estudado nas Igrejas particulares, nas comunidades, grupos e
movimentos [1]. Todo o povo de Deus – Leigos, vida consagrada,
diáconos, presbíteros e bispos – caminhando para a realização da plenitude do
Reino”. Será uma pena se mais um documento importante como esse estiver
destinado a repousar em paz, empoeirado no alto de uma estante!
Sugestão
para reflexão pessoal e/ou em grupo. A vocação para ser um
leigo e uma leiga autênticos, isto é, para ser “sal da terra e luz do mundo”
(MT 5, 13-14) “luz do mundo” hoje, mais do que nunca, exige não apenas uma
consciência e mentalidade comprometidas, mas, também, o reconhecimento dos
Planos de Pastoral. Em algum momento deveria neles ser contemplada, por
exemplo, a “Evangelização dos Ambientes” (vocação específica do Movimento de
Cursilhos). Pergunta-se: na sua paróquia ou comunidade, a hierarquia considera
leigos como meros serviçais paroquiais ou integrantes de todas as pastorais?
Não será oportuno e, até, conveniente e necessário, chamar a atenção de
sacerdotes, párocos, etc. que lugar de leigo – a não ser por algum serviço
esporádico intra-eclesial – não é na sacristia e, sim, no meio das realidades
do mundo?
3. Alguns desafios apontados pela EG. Terminamos a nossa
última Carta sugerindo que fossem lidos no texto original da “Evangelii
Gaudium” (EG) aqueles quatro (nãos) para que pudessem ser mais bem compreendidos e
assimilados os três desafios apontados pelo Papa Francisco. São eles (61-75):
a) Desafios Culturais (EG 61-67). A EG lista alguns
desafios que, nestes inícios do século vinte e um, se apresentam à missão
evangelizadora dos seguidores de Jesus. Há ataques à liberdade religiosa e perseguição
a cristãos, criando ódio. Outro desafio está no relativismo, pois é impossível
um projeto comum onde há portador de verdade subjetiva.
Outros destaques: A prevalência do exterior,
do imediato, do visível, do rápido, do superficial e do provisório. Aí o real
cede lugar para a aparência, deteriorando as raízes culturais. Os meios de
comunicação de massa suscitam novas maneiras de comportamento na pessoa. Dentro
de tudo está a ameaça constante aos valores tradicionais. Ainda que haja
reações contra o materialismo, o consumismo e o individualismo surgem
movimentos religiosos tendentes ao fundamentalismo e, até, movimentos que
parecem propor uma espiritualidade sem Deus. No sofrimento da pobreza, muitos
procuram soluções imediatas. Surge um individualismo vazio deixado pelo
racionalismo secularista também, infelizmente, corroborado pelo clima pouco
acolhedor das paróquias e comunidades onde podem-se notar atitudes e práticas
mais burocráticas do que pastorais. Em muitos casos, o administrativo está
acima do pastoral onde prevalece, há séculos, uma sacramentalização sem
evangelização. Por outro lado, a secularização reduz a fé e a Igreja ao âmbito
privado e íntimo. Negando a transcendência, caímos na deformação ética e no
relativismo. Isso provoca desorientação generalizada na adolescência e
juventude. Nas questões morais, sentimos o esvaziamento ou superficialidade.
Felizmente, mesmo na corrente secularista, a Igreja é uma instituição credível
sendo mediadora na solução de problemas até em países onde é a minoria. É
difícil defender que atuamos na fidelidade à dignidade e ao bem comum. No que
se refere à família, sabemos como esta vive profunda crise cultural e
fragilidade nos vínculos enquanto o individualismo atual globalizado distorce
os vínculos familiares.
b) Desafios da inculturação da fé (EG 68-70). Alguns desafios: Enquanto países guerreiam, os
cristãos insistem na solidariedade. Vemos surgir muitas formas de agregação
para defender direitos. Há ainda uma reserva moral que guarda valores de
humanismo cristão. Na cultura popular ainda temos uma marca de fé e valores
cristãos. Fragilidades: Machismo, alcoolismo, violência doméstica. Ainda: pouco
valor à eucaristia, crenças fatalistas ou supersticiosas etc. Isso só pode ser
superado tendo em conta o valor da piedade popular. Práticas modernas
dificultam uma religiosidade popular mais centrada. Muitas pessoas se sentem
desiludidas com a forma de agir da Igreja. Na família falta espaço para o diálogo
numa linha mais cristã haja vista a influência da comunicação, do subjetivismo,
do consumismo etc.
c) Desafios das culturas
urbanas (EG 71-75). É
preciso descobrir a presença de Deus na cidade, nas casas, ruas etc. Presença
que não precisa ser criada, mas descoberta e desvendada para poder ir às
pessoas como o fez Jesus no encontro com a samaritana (Jo 4,7). Em novas
culturas, nascem novas orientações de vida com nova evangelização, cuja missão
é a de iluminar os novos modos de relação com Deus. No âmbito multicultural há
que se chegar às novas histórias e novos paradigmas. Observe-se que na cidade a
pessoa se aliena em práticas de segregação e violência, enfrentando outros
perigos: tráfico de drogas, de pessoas, abusos de menores, abandono de idosos e
doentes, bem como várias formas de corrupção e crime. Tudo isto provoca grande
retraimento e desconfiança entre as pessoas. O evangelho deve ser inserido no
coração dessas realidades de vida.
Sugestão para reflexão pessoal e/ou em grupo. Face
a estes desafios, qual a sua mentalidade de seguidor de Jesus: indiferença,
falta de interesse como se nada fosse com você, ou consciência viva de que você
também é parte da missão evangelizadora como fermento, sal e luz (cf. Mt 5
13-14)? De maneira especial, o Movimento de Cursilhos de sua Diocese assumiu,
conforme o seu carisma, a “fermentação evangélica dos ambientes”?
Com meu abraço fraterno, deixo-lhes a garantia de
minha diária lembrança na Eucaristia, desejando a todos abundantes bênçãos de
Deus e às suas famílias, especialmente aos queridos irmãos e irmãs enfermos. Do
irmão, amigo e servo de todos no Senhor Jesus Cristo.
PE JOSÉ
GILBERTO BERALD0
Equipe Sacerdotal GEN
MCC Brasil