domingo, 7 de agosto de 2011

AGOSTO 2011

DeColores

Jornal Informativo do

Movimento de Cursilhos de Cristandade

Arquidiocese de São Salvador – BA


Editorial

Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo,

O nosso Decolores hoje assume uma coloração diferente; é a cor da saudade que se acentua nesta Ultreya do mês de agosto.

Lucia partiu para o céu no dia 27, na tarde da última quarta-feira do mês de julho, depois de viver seu calvário com a maior dignidade.

Eu a acompanhei desde o anúncio da sua doença e nunca a vi queixar-se de alguma coisa. Foi um grande exemplo de cristã e mulher para todos nós, seus amigos. Falava com seus olhos tão expressivos o que seus lábios não queriam pronunciar.

Viveu intensamente todas as estações de sua via-sacra e foi extremamente discreta em sua dor, em sua caminhada pela via dolorosa.

Tenho a mais absoluta certeza que ela partiu em paz, cercada de seus filhos, que rezavam juntos ao leito no hospital, à hora em que ela empreendia sua viagem rumo ao céu.

Hoje, certamente caminha no jardim do paraíso com a nossa mãe Maria, rezando por sua família, pela nossa família cursilhista, mostrando a todos nós que só existe um caminho que nos conduz a Jesus, que é vida, luz e verdade!

Nossa solidariedade à família de nossa querida Lucia Liguori, e nosso desejo de caminhar cada vez mais unidos, criando um ambiente fraterno e amigo até o momento de nos encontrarmos no céu, nossa pátria definitiva, com todos os irmãos!

Lygia Fialho

Coordenadora do GED Salvador


Agosto - mês das vocações

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) aborda o tema vocação com uma descrição fácil e ao alcance de todos os que desejam conhecer o assunto. Na III Parte o CIC trata da “A vida em Cristo” – “A vocação do homem: a vida no Espírito”. Vejamos um pouco desse conteúdo maravilhoso:

1. O sentido da vida e a vocação do homem

O homem foi criado por Deus, e é a única criatura da terra que Deus amou por si mesma. Dotada de alma espiritual – com entendimento e vontade -, a pessoa humana está, desde a sua concepção, ordenada a Deus e destinada à eterna bem-aventurança. O ser humano consegue a sua perfeição na busca do amor, da verdade e do bem. Em conseqüência, fomos criados por Deus, e o sentido da vida está em caminhar para Deus para viver eternamente com Ele: Esta é a vocação do ser humano.

2. Viver de acordo com a vocação

O ser humano deve viver de acordo com a vocação à qual tenha sido chamado por Deus; deve seguir a lei moral que Deus mesmo colocou no mais íntimo de cada pessoa e que lhe intima: Faz o bem e evita o mal. Todos devemos seguir essa lei que ressoa na consciência, porque é uma lei universal e imutável. O cristão conhece o caminho para alcançar a eterna bem-aventurança: Cumprir os mandamentos.

3. A vocação do ser humano e a felicidade

Além de santos, Deus nos quer felizes, mesmo contando com que – enquanto peregrinamos – precisamos carregar a cruz, que é a condição da existência cristã. A felicidade na terra sempre traz consigo o meio amargo da precariedade. Este paradoxo fica muito bem manifestado nas bem-aventuranças, nas quais Jesus ensina quais são os verdadeiros bens. Somos herdeiros do Reino de Deus, e nossa verdadeira e plena felicidade se realizará na visão de Deus, no descanso com Deus. A vida eterna é um dom gratuito de Deus, tão sobrenatural como a graça que conduz a ela.

4. Cristo, princípio e meta de todo ser humano

Cristo, que é o Senhor do Cosmos e da história, é para o ser humano em particular, “o caminho, a verdade e a vida (Jo 14, 6). Enquanto Deus é o criador do universo, que é sustentado com sua palavra poderosa; como homem, é Redentor do mundo, o único Redentor, pois não existe outro que possa nos salvar. Por isso nossa dignidade, nossa verdade, nossa vida, nosso caminho é Jesus Cristo, a quem o ser humano deve buscar, seguir e amar. “Se conheces a Cristo, sabes tudo; se ignoras a Cristo, não sabes nada”, dizia o escrito afixado em uma biblioteca. O ser humano de nosso tempo tem especial necessidade de buscar, de encontrar a Cristo, já que está vendo destruídas todas as suas esperanças e ninguém mais que Cristo poderá livrar a humanidade do desamparo que a aprisiona. Cristo é a esperança da humanidade, porque “Cristo é o amor que ama, é o caminho para ser andado, a luz para ser acesa, a vida para ser vivida, o amor digno de ser amado” (Madre Teresa de Calcutá). Quem encontra a Cristo experimenta o milagre de ver sua vida transformada, com um ideal que o apaixona e lhe dá vontade de viver, como a loucura confessada por São Paulo: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20).

ANIVERSARIANTES

Desejamos a paz de Cristo aos aniversariantes do mês de agosto e que cada um seja abençoado por Ele nesse mês vocacional. Um abraço no coração são os votos do GED Salvador:

Dia 03 – Fernando Pimenta Lima, dia 05 – Ana Maria Sant’ Anna Alpoim, dia 06 – Catarina Barreto, dia 07 – Vania Carvalho, dia 08 – Nina Miranda, dia 09 – Dilia Gordilho, dia 10 – Dalila Gramacho Calmom, dia 14 – Antonio Barreto Galvão, dia 16 – Marisa Mello Vilas Boas e Josélia Bispo Duarte, dia 17– Lia, dia 18 – Giselma Alice Melo da Silva e Silvia Maria Azevedo Nascimento, dia 20 – Catarina Macedo, dia 21 – Ton-Cleiton Silva, dia 23 – Sheila Magaly de Souza Gama e Ivone Biscaia, dia 24 – Adalberto Alves de Lima e Selva Franco, dia 25 - Carmeci Maria de Souza Galvão, dia 30 – Vera Oliveira, dia 31 – Rafael Fialho Bulcão.


CARTA DO MCC BRASIL - AGOSTO DE 2011

PE Beraldo

Vós todos sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. Assim, na Igreja, Deus estabeleceu, primeiro, os apóstolos; segundo, os profetas; terceiro, os que ensinam; depois, dons diversos: milagres, cura, beneficência, administração, diversidade de línguas. Acaso todos são apóstolos? Todos são profetas? Todos ensinam? Todos fazem milagres? Todos têm dons de cura? Todos falam em línguas? Todos as interpretam? Aspirai, porém, aos dons mais elevados” (1Cor 12,27-31).

Meus sempre amados irmãos e irmãs, que formamos o corpo de Cristo, a comunidade santa e pecadora do Povo e da Família de Deus: estejam com todos vocês a graça e a paz do Senhor Jesus pela ação do Espírito Santo:

A Igreja Católica no Brasil faz do mês de agosto o Mês das Vocações. Porque, então, citar aqui essa admoestação de São Paulo aos Coríntios? Que importância têm os dons de cada um no contexto eclesial? O que tem a ver os dons do Espírito Santo com vocação? Que atitudes assumir para corresponder fielmente ao chamado do Senhor e vivê-lo em plenitude? Para responder a estas e outras eventuais perguntas a respeito do tema, proponho alguns pontos visando a uma breve reflexão.

Escolha, chamado e envio pelo Pai através do Filho pelo Espírito Santo. No batismo, ao sermos enxertados na própria vida divina pela graça, somos escolhidos e articulados como membros num só corpo que, como nos ensina o Apóstolo, é o corpo de Cristo, a Igreja. E, então, já se manifestam em cada um os dons do Espírito ou carismas que correspondem à vocação para a qual todos somos chamados: a vocação à santidade: “Santificai-vos e sede santos, porque eu sou santo” (Lv 11,44). E, na palavra de Jesus, ser santo é ser perfeito como o Pai: “Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). A vocação à santidade é compreendida, portanto, como uma escolha do Senhor e como um seu chamado a todos os batizados e não, unicamente, aos sacerdotes ou aos religiosos ou aos consagrados e consagradas. E aqueles mesmos carismas ou dons – como os chama São Paulo – ajudam-nos a tornar concreta nossa resposta à medida que os colocamos a serviço da comunidade humana e eclesial. E, como Deus concede os carismas - especiais, a cada um -, cada um deverá manifestá-los vivenciando a sua própria vocação. Escrevendo ao seu dileto filho espiritual e discípulo muito amado, Timóteo, São Paulo lembra que: “Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não em atenção às nossas obras, mas por causa do seu plano salvífico e da sua graça, que nos foi dada no Cristo Jesus antes de todos os tempos” (2Tm 1,9).

Resposta do escolhido, vocacionado e enviado: assumir o envio. Num dos mais preciosos documentos do magistério eclesiástico do século passado, “A Evangelização no mundo contemporâneo” (EN), o Papa Paulo VI assim se expressa quanto à vocação da Igreja e de cada um dos cristãos católicos: “A Igreja sabe-o bem, ela tem consciência viva de que a palavra do Salvador, 'Eu devo anunciar a Boa Nova do reino de Deus', se lhe aplica com toda a verdade. Assim, ela acrescenta de bom grado com São Paulo: “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe”... “Ái de mim, se eu não anunciar o evangelho”... 'Nós queremos confirmar, uma vez mais ainda, que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja'; tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da sociedade atual tornam ainda mais urgentes. Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte e gloriosa ressurreição” (EN 14). E o mais recente e luminoso Documento de Aparecida insiste no caráter missionário do discípulo de Jesus e o exprime já no seu lema: Discípulos missionários de Jesus Cristo para que nEle, nossos povos tenham vida”. Ora, sendo vocação e missão de toda a Igreja anunciar a Boa Notícia a toda a humanidade, para todo o católico cristão, leigo ou consagrado, para aquele no meio das duras realidades do mundo, independente de permissão ou mandato ou, até, dependência de bispos ou de sacerdotes, constitui a concretização de sua vocação laical.

A orientação de Jesus aos escolhidos, vocacionados e enviados. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus lhes dá orientações muito claras: “Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!” (Mt 10,6). Vivemos num tempo no qual tantos filhos e filhas da Mãe Igreja abandonam a casa paterna, aderindo a outras crenças ou ideologias, seduzidos por propostas nem sempre condizentes com os critérios e valores anunciados por Jesus no Evangelho. E o fazem, talvez, movidos pela esperança de um sucesso imediato, ou pelas facilidades de alcançar o ter e o poder, ou em busca de sonhadas facilidades ou tentando resolver, quem sabe, problemas de ordem pessoal ou familiar... (Cf. DAp 100, letra f). Por isso, nossos Pastores, também no Documento de Aparecida (DAp), lançam um apelo urgente: “A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais” (DAp 11). E, mais: “Aqui está o desafio fundamental que afrontamos: mostrar a capacidade da Igreja para promover e formar discípulos e missionários que respondam á vocação recebida e comuniquem, por toda a parte, transbordando de gratidão e alegria, o dom do encontro com Jesus Cristo” (DAp14). É neste contexto que me permito deixar aqui uma pergunta, talvez incômoda: será que nós, vocacionados e enviados para as “ovelhas perdidas da casa de Israel” (refiro-me, sobretudo, a alguns Movimentos eclesiais que deveriam distinguir-se por sua missão de busca dos afastados da Igreja, como o Movimento de Cursilhos, por exemplo) não continuamos buscando, quase sempre, as mesmas ovelhas já bem protegidas e melhor nutridas no calor do redil, enquanto milhares e milhares estão lá fora, abandonadas, e morrendo de fome e frio?

Desafios e riscos que esperam os escolhidos, chamados e enviados em missão. Assim como os primeiros discípulos, os de hoje somos enviados a um mundo globalizado, tanto para o bem, mas, sobretudo para o mal incalculável que é o distanciamento do Deus da vida, do seu plano de amor; globalizado numa cultura de morte e destruição dos valores fundamentais da dignidade humana, da família e da convivência entre semelhantes: “Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (Lc 10,3). E, talvez, um dos maiores e mais insidiosos desafios esteja, muito mais freqüentes do que nos tempos de Jesus, naqueles que se apresentam camuflados: “Eis eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (Lc 10,3). Nestas circunstâncias adversas à fé cristã, temos que pedir, com insistência e perseverança, o dom do Discernimento!

Atitudes que Jesus espera dos escolhidos, chamados e enviados em missão. São aquelas atitudes derivadas da opção fundamental feita pelos que são chamados, consagrados ou leigos e leigas, para trabalhar na vinha do Senhor: “De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento” (Mt 10, 8-10). O seguimento nas pegadas do Mestre; a cruz abraçada com alegria; a renúncia constante e a oração perseverante constituem o mais seguro itinerário dos vocacionados para a sublime aventura evangelizadora

A recompensa reservada aos escolhidos, chamados e enviados em missão. Simples assim: “Neste encontro com Cristo, queremos expressar a alegria de sermos discípulos do Senhor e de termos sido enviados com o tesouro do Evangelho” (DAp 28). E, ainda: “Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (DAp 29). Alegria! Alegria! Alegria!

Concluo com a presença de Maria, a primeira escolhida, chamada e enviada: “Que (Maria) nos ensine a sair de nós mesmos no caminho de sacrifício, de amor e serviço, como fez na visita à sua prima Isabel, para que, peregrinos a caminho, cantemos as maravilhas que Deus tem feito em nós, conforme a sua promessa” (DAp 553).

A todos os meus amados, deixo-lhes um carinhoso abraço fraterno no Senhor Jesus. De todos, servidor e irmão,

Pe. José Gilberto Beraldo

Equipe Sacerdotal do GEN

quinta-feira, 28 de julho de 2011

JULHO 2011

Decolores

Jornal Informativo do

Movimento de Cursilhos de Cristandade

Arquidiocese de São Salvador – Ba

Editorial

Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo,

Tivemos a Graça de participar do XVII Cursilho Misto da Arquidiocese de Salvador, quando presenciamos o ardor com que nossos irmãos viveram cada momento, absorvendo as mensagens como se fossem gotas de orvalho para seus corações sedentos da Palavra do Cristo.

Vemos assim a grande responsabilidade que temos como discípulos missionários, de repassar a graça que nos foi dada por Cristo através de nossos irmãos.

São Paulo nos adverte: “Daí de graça o que de graça recebestes” – “Ai de mim se eu não evangelizar”.

De vez em quando as pessoas descomprometidas com o Movimento, comentam que o Cursilho já era; com certeza se esqueceram daquelas palavras que escutamos na clausura do Cursilho, ao receber o Crucifixo, quando o celebrante nos diz: “Cristo conta com você” e respondemos: “e eu com a sua graça”.

Será que Cristo pode realmente contar conosco? Fomos convocados pelo Grande Técnico para participar da Sua equipe, repassar a bola, revelar a missão que nos foi confiada. Se estamos no banco de reserva, pouco importa. O importante é permanecer atentos às instruções do Mestre que é Jesus, e nos esforçarmos para até o fim de nossos dias, fazer o que pudermos para que nossos irmãos se encontrem com Aquele que continua nos chamando, nos convocando para permanecer na luta, dizendo a cada um de nós: Filho, tenho sede”.

Não decepcionemos o Senhor da vida! Ele continua querendo contar conosco para o grande jogo da vida!

Saudações Decolores!

Lygia Fialho

Coordenadora do GED Salvador


NOTÍCIAS DECOLORES

Damos as boas vindas aos novos cursilhistas, que no fim de semana de 10 a 12 de junho participaram do XVII Cursilho Misto no CTL. São eles e elas:

Jassilene Matos do Nascimento, Laudelina Nascimento da Silva, Marluce Bandeira da Silva, Ana Cristina Guimarães, Giselma Alice Melo da Silva, Jocilene dos Santos Santana, Ana Luiza Moreira Guimarães, Ubirajara Gabriel Pereira da Silva, Leidejane Santana Cruz, Silvia Maria Azevedo Nascimento, Maria Luiza Mello Santos, Derneval Araujo Ribeiro, Danielle Fabiana Melo de Araújo, Gerson Araujo dos Santos, Yane Santana Cruz, Marly Lima Zilli, Frei Rufino Pinheiro de Almeida, Edivirgens Araújo da Silva, Luciara Moreira da Silva, José Bomfim Guimarães, Orleyde Maria Araujo, Maria de Fátima G. Amaral, Thiara Charlene de Abreu, Marinalva Gonzaga dos Santos, Michele Alves Silva, Georgeton Sales Nascimento.

Cumprimentamos a todos vocês com um abraço decolores, e não se esqueçam da mensagem que lhes foi dirigida solenemente pelo celebrante:

Cristo conta com você!!!

ANIVERSARIANTE

Aos aniversariantes do mês de julho desejamos muitas felicidades e que Cristo os proteja por onde vocês estiverem. Também um carinhoso abraço decolores!

Dia 02 – José Alves de Assis e Lavínia Pereira, dia 07 – Antonio Erenaldo Silva Cruz-TONHO, Maria Licéa Costa de Souza e Nilza Nascimento, dia 10 – Naiane Oliveira, dia 12 – Jorge Santana Thomé e Tarsilla Alvarindo, dia 15 - Rita Almeida, dia 17 – Jandira Matos, dia 20 – Maria Eleoclice Sampaio-NOYTE, dia 21 – Marcia Franco Carvalho, dia 24 – Ana Maria Silveira-ANINHA, dia 26 - Alfredo de Castro Oliveira e Angela Maria Freire de Lima e Souza, dia 27 – Cora Maria de Oliveira Trindade, dia 29 – Sylvio Eduardo Rebello Ramos, dia 30 – Sonia Maria Pedreira Alves.

CARTA DO MCC BRASIL – JULHO 2011


PE. José Gilberto Beraldo

A palavra do Senhor permanece eternamente. E esta é a palavra do Evangelho que vos foi anunciada” (1Pd 1, 25).


Caríssimos irmãos e irmãs que, como “Maria, queremos encontrar a Palavra de Deus em nós” 1[1].

É com estas palavras do Apóstolo Pedro que o Papa Bento XVI inicia sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Verbum Domini” 2[2] datada de 30 de setembro de 2010. Em cartas mensais anteriores (fev. e maio de 2011 – 138ª e 141ª respectivamente) já apresentamos algumas reflexões em torno desse precioso documento que, como o próprio título diz, consiste em tornar oficial para toda a Igreja, as conclusões da XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (5 a 26 de outubro de 2008) que teve por tema A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Estou certo de que muitos dos meus leitores já aprofundaram, com mais tempo e dedicação, os ricos aspectos contidos nesta Exortação chamada de “apostólica” porque tem a chancela do Papa. Entretanto, exatamente pela riqueza nela contida, é que a gente vai descobrindo e redescobrindo, a cada leitura, novos aspectos para reflexão e novas motivações para pô-la em prática. Proponho, pois, que nestas breves linhas, voltemos a considerar mais dois pontos significativos para os leigos e leigas contidos na VB

1. ”Palavra de Deus e fiéis leigos”. Entre os parágrafos da “Palavra de Deus na vida eclesial” na segunda parte “A Palavra de Deus e a Igreja”, podemos encontrar uma referência explícita aos leigos 3[3]. Ali se afirma que “O Sínodo concentrou muitas vezes a sua atenção nos fiéis leigos”, manifestando, também, gratidão pelo “generoso empenho com que difundem o Evangelho nos vários âmbitos da vida diária: no trabalho, na escola, na família e na educação”. Além dessa como que agradecida e confiante introdução, seguem-se, entre outros, dois pontos fundamentais no que toca à missão do leigo: o primeiro sobre a obrigação de “difundir o Evangelho” a partir da “obrigação que deriva do batismo” com isso “realizando a própria vocação à santidade. O que se deduz dessa afirmação? Que o leigo proclama o Reino de Deus “Felizmente, hoje, a dependência transformou-se em comunhão. Mesmo na necessária organização pastoral e evangelizadora – lembrando que “uma andorinha sozinha não faz verão” – busca-se a comunhão e não a dependência. Ademais, é lá no seu ambiente que o leigo e a leiga, se possível organizados em “pequenas comunidades de fé”, portanto buscando a unidade, dão o testemunho do Evangelho, dão o testemunho imprescindível para que o mundo creia. “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17, 21). O outro ponto, tão importante como o primeiro, trata de “formação para discernir a vontade de Deus por meio de uma familiaridade com a Palavra de Deus”... Por oportuno, lembro que ninguém forma ninguém. A formação nasce no íntimo de cada pessoa à medida que esta recebe informações adequadas. No caso da “familiaridade com a Palavra de Deus, ao recebê-la, o seguidor de Jesus vai elaborando e amoldando sua própria mentalidade e sua espiritualidade nascida da própria Palavra.

Ao chegar a esse ponto, permitam-me recomendar, meu caro leitor e leitora, que leia devagar e medite profundamente todo parágrafo 66 da VD do qual reproduzo um pequeno trecho: “Redescobrir a centralidade da Palavra de Deus na vida da Igreja significa também redescobrir o sentido do recolhimento e da tranqüilidade interior”.

2. “Todos os batizados são responsáveis pelo anúncio” 4[4]. No contexto da terceira parte da VD “a missão da Igreja: anunciar a Palavra de Deus ao mundo”, a VD chama a atenção para a responsabilidade de todos os batizados como “um povo enviado” e destaca a dos fiéis leigos que são chamados a exercer a sua missão profética que deriva diretamente do batismo, e testemunhar o Evangelho na vida diária onde quer que se encontrem”. Especial destaque merece aqui essa missão como a de “testemunhar o Evangelho”. Trocando em miúdos, testemunhar significa, antes de mais nada, esforçar-se para que a mentalidade do leigo, seus atos, seus gestos, sua ação sejam coerentes com a palavra e o ensinamento de Jesus, ou seja, seja ele coerente. São numerosos os documentos do Magistério eclesiástico, sobretudo os de depois do Concílio Vaticano [5] e a começar por este, que, ao fazer referência à missão evangelizadora da Igreja, referem-se ao testemunho de vida como a mais exigente e eficaz. Para não abundar em citações, lembro tão somente uma das mais importantes, a da exortação Apostólica de Paulo VI “A Evangelização no Mundo contemporâneo que, logo no início, assim se expressa: “E esta Boa Nova há de ser proclamada, antes de mais, pelo testemunho” 6[6]. E, depois de acenar para o que deve ser a atitude do evangelizador, acrescenta no mesmo parágrafo: “Por força deste testemunho sem palavras, estes cristãos fazem aflorar no coração daqueles que os vêem viver, perguntas indeclináveis: Por que é que eles são assim? Por que é que eles vivem daquela maneira? O que é – ou quem é – que os inspira? Por que é que eles estão conosco?”

Meu caro leitor ou leitora: Sugiro que você junte estes dois textos. Leia-os atentamente. Em seguida, colocando-se no lugar dos “fiéis leigos” da VD, aplique-os à sua vida de evangelizador, discípulo missionário enviado de Jesus. “Mas recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para seres minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At. 1,8).

Concluo com os mesmos votos expressos por Bento XVI no final da VD”: Por isso, cada um dos nossos dias seja plasmado pelo encontro renovado com Cristo, Verbo do Pai feito carne: Ele está no início e no fim de tudo, e n’Ele todas as coisas subsistem (cf. Cl 1, 17). Façamos silêncio para ouvir a Palavra do Senhor e meditá-la, a fim de que a mesma, através da ação eficaz do Espírito Santo, continue a habitar e a viver em nós e a falar-nos ao longo de todos os dias da nossa vida. Desta forma, a Igreja sempre se renova e rejuvenesce graças à Palavra do Senhor, que permanece eternamente (cf. 1Pd 1, 25; Is 40, 8).

A todos meu abraço muito fraterno que vai envolvido por Maria, “Mãe do Verbo e Mãe da Alegria” 7[7].

PE José Gilberto Beraldo

Equipe Sacerdotal do GEN

sábado, 4 de junho de 2011

JUNHO 2011

De Colores
Jornal Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Arquidiocese de São Salvador – BA

Editorial
         Nesta Ultreya de junho louvamos os santos deste mês e pedimos a eles que nos ajudem a caminhar de maneira comprometida com o Senhor Jesus.
             Dia 13 nosso louvor especial a Santo Antonio a quem São Francisco chamava Meu Bispo o Martelo de Deus, pelo modo correto que ele escolheu para viver o Evangelho. São João Batista que devotou sua vida a anunciar Aquele que ele dizia não ser digno de desatar a correia de suas sandálias. Primo de Jesus tinha uma vida extremamente simples, alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. É festejado no dia 24 – único santo que se comemora no dia do seu nascimento. São Pedro dia 28, padroeiro das viúvas, pescador, homem simples e rude, a quem Jesus concedeu a missão de edificar a sua Igreja. São Paulo dia 29, que de perseguidor passou a ser o maior divulgador da mensagem de Jesus – patrono do movimento de cursilhos de cristandade – exemplo de apóstolo a ser seguido por todos nós.
         Observando a caminhada dos santos deste mês, de maneira muito particular de nossa freira baiana Irmã Dulce, que foi beatificada pelo Papa Bento XVI no dia 22 de maio, vemos que é preciso assumir também a nossa vocação que é ser santo como Jesus é Santo.
       Achamos que é uma caminhada difícil, mas temos que nos conscientizar que é preciso trabalhar nosso coração para nos comprometermos cada dia mais com a mensagem de Jesus, e assumamos nosso papel de discípulos missionários, tentando vencer nossas limitações na simplicidade e na paz, construindo uma nova história baseada na busca da santidade e na fidelidade à nossa missão. Não esqueçamos a frase que está no Guia do Peregrino: “Os maus não são bons porque os bons não são melhores”.
         Cristo está nos chamando como chamou Antonio, João, Pedro, Paulo e Irmã Dulce para sermos Seus representantes em nosso tempo de tantas contradições. Não tenhamos medo!
          A missão é árdua, mas o Espírito Santo descerá também sobre nós e com Sua força teremos a coragem de onde estivermos e com quem estivermos, proclamar com todas as forças de nosso coração: “O Senhor é minha luz e salvação, a quem temerei?

Um abraço Decolores,

                                                                                                                             Lygia Fialho
Coordenadora do GED Salvador


Notícias
          Estará se realizando no CTL nos dias 10, 11 e 12 de junho o XVII Cursilho Misto da Arquidiocese de São Salvador. Vamos rezar fazendo uma corrente de oração para que este cursilho tenha pleno sucesso e que os novos cursilhistas venham assumir com ardor a missão do MCC de evangelização dos ambientes. Rezemos também pelo MCC do Brasil e do Mundo.

Aniversariantes

             Cumprimentamos os irmãos e irmãs aniversariantes dos meses de abril, maio e junho desejando, nessa oportunidade, que o Divino Espírito Santo derrame suas bênçãos sobre todos, iluminando-os sempre na escolha dos seus caminhos. São eles (as)
Abril:
Dia 1º - Solon e Emilia Navarro de Britto, dia 02 – Frei Mário Sérgio, dia 05 – Alessandra Barros Thomé, dia 08 – Iraci Reis Araújo e Maria do Carmo C. Ramos CARMINHA, dia 10 - Frei Jorge, dia 12 – Edith Silva Correia de Araújo e Maria das Dores Nascimento, dia 18 – Tânia Maria Ribeiro, dia 20 – Lucilia Libório, dia 24 – José Maurício Venâncio dos Santos, Mary Pessoa e Vilma Jesler Franco, dia 25 – Lindalva Dias Guedes e Maria Alda Sales Moutinho, dia 26 – Marly Rangel Lima Zilli, dia 29 – Huga Ribeiro Carvalho e Silva, dia 30 - Maria Gilka Fernandez.

Maio:
Dia 1º - Airy Galrão Couto e Lice Pinheiro Lima, dia 04 – Gilson Luis de Oliveira Gama e Lais Milena Lima, dia 05 - Vera Lucia Koser, dia 06 – Carolina Beltrão, dia 07 – Maria Arlinda Moscoso, dia 08 - Thisa Negreiros Silva, dia 12 – Mariana Cajueiro Vieira e Diva Mendes, dia 14 – Eliana Magalhães de Macedo,  dia 15 – May, dia 16 – Bruna Valério dos Santos, dia 20 – Maria Jeane dos Santos, dia 23 – Orlando Figueira Sales e Maria Auxiliadora Lepikson BILA, dia 24 – Janice Santana Cruz, dia 26 – Veridianne Silva Santos ANNE e Nina Almeida Lyra, dia 28 Janine Cardoso Soub,
Junho:                                                                                      
Dia 1º - Maria Emilia de Melo Lins, dia 04 – Catharine Silva Santos e Célia Braga, dia 06 – Rita Valéria Carvalho e Silva, dia 7 – Sandra Ferreira Oliveira, dia 09 – Ana Elena da Rin Sodré, dia 12 – Angélica Antonia Liguori, Marcos Eduardo de Souza Gama MARQUINHOS, João Penalva de Sousa e Lygia Oliva, dia 15 – Lourdes Carvalho, dia 17 - Antonio Roque Bonfim, dia 22 – Maria Eunice Carvalho de Oliveira, dia 28 – Sonia Bastos e Maria Madalena Lima, dia 30 – Raquel Marques Mattos e Stella Britto.

                
                                       
Palavra do amigo

PE. Paiva, SJ
          Li, em algum lugar, e gravei sem esforço, o que alguém disse e brilhou lá dentro de mim: “O coração é o centro. Pelo intelecto, o ser humano é só espírito. Pelo apetite, ele é só animal”. Conclusão: Só somos gente humana se tivermos entendimento, carne e... Amor ali no centro, no coração!
          Pensemos como é importante, então, o culto que a Igreja, Mãe e Mestra, tem ao Sagrado Coração de Jesus, a veneração ao Imaculado Coração de Maria e ao boníssimo Coração de São José!
          Em particular, cultuando o Coração de Jesus, nós todos confessamos que ele veio em carne (...), feito verdadeiro homem, agora filho de Maria, Filho do Homem, como, eternamente, Filho do Altíssimo!
          Então, nossa alegria é completa, como ele quer que seja! “Ele se fez carne e habitou entre nós, e vimos Sua Glória, Glória como a do Filho do Pai, cheio de graça e de verdade (...).”
          No mês do Sagrado Coração, é bom e suave deixar ressoar em nossos corações, o apelo de São Paulo: Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo, alegrai-vos! Vossa modéstia seja conhecida por todos! (...). Deus é bom! Bom demais!



Pensamentos do Bem-Aventurado João Paulo II
  
          Se os homens de hoje, sobretudo os cristãos, conseguissem redescobrir as maravilhas que se podem conhecer e gozar no quarto de dentro e no Coração de Cristo, reencontrariam a si mesmos, o fundamento da própria dignidade e a altura da sua vocação eterna.

          O Senhor nos chama, com urgência, a viver uma intensa vida interior, centrada em Cristo, manso e humilde de coração, alimentada de sua caridade, sem a qual nada seríamos.



Jesus, o Caminho para o Pai
Frei Patrício Sciadini, OCD


            “Não existe outro caminho da oração cristã senão Cristo. Seja nossa oração comunitária ou pessoal, vocal ou interior, ela só tem acesso ao Pai se orarmos ‘em nome’ de Jesus. A santa humanidade de Jesus é, portanto, o caminho pelo qual o Espírito Santo nos ensina a orar a Deus, nosso Pai”.

            Todas as orações que se levantam da Terra são dirigidas ao Pai. Ele é o destinatário dos nossos pedidos e nele buscamos nossa realização humana e espiritual. Contudo, como se chega ao Pai? O “Caminho” para chegar até o coração do Pai é Jesus, que foi enviado com a força do Espírito Santo, para nos revelar o Pai. Veio do Pai, nos falou do Pai e depois da sua morte mediante a ressurreição e ascensão, voltou para o Pai. Ninguém pode ir ao Pai, nos recorda Jesus, a não ser através dele. Por isso, devemos aprender a orar na escola de Jesus, que nos ensina a chamar a Deus com o novo nome “Pai”. Toda a nossa oração pessoal, interior,
Comunitária, litúrgica, sempre é feita ao Pai, em nome de Jesus

            Nesta altura, as pessoas podem perguntar: “Então, quando rezamos aos santos, o que acontece?” Os santos são intercessores diante de Deus, pela graça única de, o Mediador universal. Eles recebem nossas orações e as apresentam a Deus para que Ele, em sua bondade, as realize em nossa vida.

           A grande intercessora, apresentadora de nossos pedidos a Deus é a Virgem Maria, nossa Mãe.

            Todos os dias e muitas vezes, devemos invocá-la; assim como fazemos nas ladainhas, dizendo: “Rogai por nós”. O mais belo pedido que fazemos à Virgem Maria é esse: Que ela se encarregue de suplicar ao Pai por nós.

           A oração dilata nossos corações na grande confiança e no abandono, e as palavras que um dia Jesus disse nos consolam: “Até agora vocês não receberam o que pediram porque não o pediram em meu nome. Tudo o que pedimos em nome de Jesus o recebemos, porque é Ele o “Caminho” pelo qual chegamos ao Pai pela oração.

             Em nossas orações, aprendamos um modo de rezar, dizendo: “Senhor Jesus, apresentai minha oração ao Pai e tende piedade de nós”. 
                       


Carta do MCC Brasil – Junho/2011

 Pe. José Gilberto Beraldo
    Equipe Sacerdotal do GEN
        “Ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor a não ser no Espírito Santo. Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Há diversidade de ministérios, mas num mesmo é o Senhor. Há diversidade de atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum... De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito” (1Cor 12, 3b-7.13)

           Muito amados irmãos e irmãs que, juntos, queremos estar vigilantes à espera daquele fogo descido do céu, desejo-lhes toda a paz e um coração aberto à ação do Espírito Santo:  
           Vivenciando, ainda, o esperançoso clima das alegrias da Páscoa, passando pela Ascensão de Jesus aos céus[1][1], nos estamos preparando para celebrar a luminosa descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos e, hoje, sobre a Igreja e, portanto, sobre cada um de nós, discípulos missionários de Jesus[2][2]. Dizemos ser “esperançoso” este clima de Páscoa, pois alimentamos a firme e, ao mesmo tempo, misteriosa esperança de nossa própria ressurreição, prometida por Cristo para os que nele crêem: “Pois este é a vontade do meu Pai: que toda a pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 40). Escrevendo aos Romanos, lembrando a fé profunda que movia o patriarca Abraão, assim se expressa  São Paulo,: “Esperando contra toda esperança, ele firmou-se na fé e, assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: ‘Assim será a tua posteridade’” (Rm 4,18). A nós, que deveríamos ser os novos “Abraões” do século 21, levando em conta todos os desafios de uma cultura cada vez mais distante da mais pura e autêntica esperança, somente a ressurreição de Jesus pode nos fortalecer para “esperarmos contra toda a esperança”, fundamentados na única Verdade absoluta.
           É para isso e por isso que Jesus promete aos seus seguidores que lhes vai enviar o Espírito Santo Consolador, laço de amor entre Ele e Seu Pai (Jo 14,17. 26; 16,13). Proponho, pois, uma breve reflexão sobre Pentecostes, inspirando-nos, sobretudo, em alguns dos versos da “Seqüência” [3][3] da Missa do dia de Pentecostes e encerrando com a famosa oração do saudoso Papa Paulo VI ao Espírito Santo.

1. “Enchei, luz bendita, chama que crepita, no íntimo de nós!”. O Espírito Santo ilumina a nossa inteligência e fazer arder o coração. Não se trata da mera inteligência ou sabedoria humana e, sim, daquela sabedoria, daquela “luz bendita” que nasce no coração de Deus e que nos é comunicada pela Palavra, isto é, por seu Filho Jesus e pela ação do Espírito Santo.  É esta sabedoria, é esta luz que nos tornam capazes de discernir tudo aquilo que, efetivamente, vem de Deus e que ilumina todos os nossos passos. Trata-se, ainda, daquela “chama que crepita”,
da mesma chama que fez arder o coração dos discípulos de Emaús ao serem alcançados pelo Cristo Ressuscitado e ao serem tocados pela sua presença (Cf. Lc 24,32).
  



2. “Vinde, Pai dos pobres, daí aos corações vossos sete dons”.  O Espírito Santo quer conceder-nos os seus sete dons. Somos todos pobres em relação à Palavra, à realização do Reino de Deus, à plenitude da vida divina, isto é, à graça, enquanto o Espírito não nos enriquecer com os seus dons. Por isso, pedimos insistentemente ao Espírito Santo que nos leve à plenitude da vida divina concedendo-nos os seus sete dons: o Entendimento, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade, o Temor de Deus.

3. “Consolo quer acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!” O Espírito Santo pode acalmar o coração. Vivemos numa cultura e numa sociedade que provocam a nossa ansiedade tanto em relação ao presente como, sobretudo, ao futuro; que tornam in       quieto o coração provocando, muitas vezes inutilmente, emoções que enfraquecem nossas energias interiores e chegam, até, a prejudicar a saúde. Somente a presença deste “hóspede da alma” poderá trazer-nos o “doce alívio” que esperamos. O alívio que, no dizer de Santo Agostinho, é o repouso em Deus: “Inquieto, Senhor, anda o nosso coração enquanto não repousar em Ti!”.    

4. “No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem”. O Espírito Santo é o nosso descanso no trabalho. Trabalho, aflição, calor é tudo o que, normalmente, nos aflige tornando-se um peso, frequentemente insuportável no nosso dia a dia. Acabamos por nos tornar desanimados, aflitos, cansados, confusos, impacientes, desiludidos, acomodados e, até, insuportáveis aos que nos rodeiam ou que conosco mantém alguma relação. A ação paciente e tranqüilizadora do Espírito Santo será para nós o descanso no trabalho, o alívio na aflição e o refresco no calor!   

5. “Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente”.  O Espírito Santo é água que lava e purifica. O pecado, a indiferença, a insensibilidade, a rotina ou a negligência em relação ao projeto de Deus e à sua Palavra podem fazer-nos “sujos” e, portanto, necessitados daquela limpeza pela água que nos torna aceitáveis aos olhos de Deus e com a qual fomos purificados pelo batismo; o coração se enriquece na aridez do deserto do mundo que, tantas vezes, nos escraviza e acabamos por cair doentes dominados pelo mal da ausência do Espírito que lava, rega e cura!     

6. “Dai à vossa Igreja que espera e almeja vossos sete dons”. O Espírito Santo é a alma da Igreja. Se os dons do Espírito Santo são necessários para que cada um possa colocar-se a serviço da comunidade – “em vista do bem comum”, diz São Paulo, eles são absolutamente vitais e imprescindíveis para toda a Igreja neste momento de tantos desafios para a evangelização. Nossos bispos, no Documento de Aparecida, afirmam insistentemente, que “necessitamos de um novo Pentecostes”[4][4]. 

7. “Dai em premio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém”.    O Espírito Santo alimenta a nossa esperança de uma alegria eterna. Forte é quem vive o dom da fortaleza do Espírito Santo; quem se alimenta da oração, dos sacramentos e, sobretudo, da Eucaristia; quem se deixa encharcar pelo amor a Deus e aos irmãos, pondo-se, como Jesus, a serviço dos mais pobres, dos excluídos, do “resto” da humanidade... estes, sim, alimentados pela esperança, podem receber o premio de uma santa morte e, em fim, poder ouvir de Jesus: “Muito bem, servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor!”.
    
             Com meu fraternal abraço, em nome do Grupo Executivo Nacional do MCC do Brasil, desejo a todos santas festas de Pentecostes, servidor, irmão e amigo,


Pe. Beraldo