Jornal Informativo do
Movimento de Cursilhos de Cristandade da
Arquidiocese de São Salvador – Ba
EDITORIAL
OUTUBRO/2012
Meus queridos irmãos e
irmãs,
Estamos celebrando o mês
das missões, convocados pela Igreja a assumir nosso papel na construção do novo
tempo.
Às vésperas da eleição,
convidamos nossos irmãos cursilhistas a refletir como nos posicionar diante dos
descalabros que estamos vivendo em nosso país.
Não há mais respeito; a ética ficou
para trás e os valores que foram colocados em nossa vida são totalmente
desconsiderados; parece que estamos caminhando na contramão da história.
Deveremos concorrer para que se
estabeleça para sempre a corrupção em nosso país? Como poderemos agir neste
momento?
O MCC recomenda que analisemos
nossa situação política através do método ver, julgar e agir, para que
possamos, adequadamente, tomar uma posição correta à hora da eleição, usando os
critérios de Jesus.
Que Ele nos abençoe, nos oriente e nos
ajude a eleger pessoas comprometidas com o Evangelho, para que possamos um dia,
viver concretamente Seu projeto de paz e fraternidade para todos os homens!
Meu abraço decolores!
Lygia Fialho
Coordenadora do GED Salvador
A MISSÃO, O MCC E SEU JUBILEU DE OURO
NO BRASIL
Alfredo Oliveira
Todo
ano, em Outubro, a Igreja Católica celebra o Mês das Missões a fim de
incentivar que seus fiéis estejam atentos ao seu dever de ser missionário, para
levar a Boa Nova de Cristo a todos os que não o conhecem ou dele estão
esquecidos. Até o Concílio Vaticano II (1962-1965), era considerado missionário
aquele que era enviado a pregar o Evangelho em terras distantes, onde o Cristo
não era conhecido (comunidades indígenas, países da África, Ásia, etc). Com o
Decreto Ad Gentes, do Concílio
Vaticano II, sobre a atividade missionária da Igreja, amadureceu, então, a ideia
da mudança da concepção focada, mais diretamente, na organização das missões em
terras não cristãs, para uma visão mais ampla da missão da Igreja, fazendo com
que todos os cristãos sintam-se convocados ao seu dever missionário em qualquer
tempo e lugar. Hoje está bem claro de que, missionários somos todos nós, pelo
simples fato de sermos batizados, e assim, comprometidos a levar a mensagem de
Cristo, aonde se fizer necessária.
No nosso calendário litúrgico, a festa de 1º
de Outubro, em que se celebra Santa Tereza do Menino Jesus, proclamada, em
1927, padroeira das Missões, juntamente com São Francisco Xavier, marca o
início do Mês Missionário, que culmina com a celebração do Dia Mundial das
Missões, no penúltimo domingo de Outubro (este ano, dia 21/10). Nesse dia, em
todas as comunidades católicas do mundo, é feita uma coleta para ajudar nas
atividades missionárias da Igreja. Entretanto, a celebração de um mês
missionário não se resume a angariar fundos para as missões católicas. Isto é
importante sim, mas mais ainda, é ser um tempo privilegiado para, individual e
comunitariamente, refletirmos sobre nossa vocação de discípulos missionários e
se estamos cumprindo nossa missão como cristãos.
A palavra missão vem do latim “mittere” que significa “enviar”: “missus” =”enviado”. Portanto, missão é
função ou poder que se confere a alguém para fazer algo: é encargo, obrigação,
dever, tarefa.
O Decreto Ad Gentes veio nos dizer
que a Igreja de Jesus Cristo é toda ela
missionária e que se origina da missão de Jesus. Ele é o modelo para a
missão evangelizadora da Igreja. Antes de voltar ao Pai, Jesus chama para si a
sua Igreja e depois a envia para todo o mundo: “Ide pelo mundo inteiro anunciar a Boa Nova a toda a criatura”
(Mc16,15). Ser missionário é cumprir, fielmente, a tarefa que Jesus nos
confiou. É um dever que devemos cumprir com coragem, já que Ele garantiu sua
assistência permanente: “ Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos
tempos” (Mt28,20).
Nossa militância comunitária cristã tem sido
exercitada, na prática, como membros do MCC. E o MCC está em festas celebrando
o seu Jubileu de Ouro, no Brasil. O MCC surgiu em nosso país, em 1962 e, ao
completar 50 anos, seus dirigentes perceberam a oportunidade para repensar a
caminhada e fazer um relançamento de sua missão, para combater o desânimo, o
descaso e o distanciamento de seu carisma explicitado na definição de seu
objetivo, que é a Evangelização dos Ambientes. A celebração do Jubileu foi
programada para ser um marco na história do MCC. Para isto, o GEN preparou um “PROJETO: TRÍDUO
PARA O JUBILEU DE OURO DO MCC” utilizando o método VJA. Não cabe aqui, agora,
detalhar todo o Projeto Tríduo, que está minuciosamente apresentado nos
livretos confeccionados para as AR,s dos anos de 2009 a 2012, são do
conhecimento de todos os GER,s e GED,s e estão disponíveis para serem
adquiridos, no GEN. Apenas aqui relembramos que no ano de 2009 foi feito o VER da realidade do Movimento, em 2010, o JULGAR, comparando a situação vista com a
ideal, e em 2011, foi elaborado um plano evangelizador participativo, para o
AGIR. Para 2012, foi programado o AVALIAR/CELEBRAR, que culminará com o 1º
CONGRESSO DO MCC DO BRASIL, que irá acontecer de 29/11 a 02/12/2012, nas instalações do SESC,
na Praia Formosa, no Estado do Espírito Santo, onde são aguardados cerca de
2.000 cursilhistas de todo o Brasil.
Infelizmente, em que pese o esforço do GEN
para provocar uma benfazeja sacudidela nas bases do nosso MCC, muitos GED, por
diversas e pouco convincentes razões, não deram a devida atenção e importância
ao PROJETO TRÍDUO e, como tal,
provavelmente não deverão se beneficiar desse sopro renovador do nosso MCC,
permanecendo na “mesmice” de sempre,
tendo muito pouco ou nada a celebrar. Paciência!...
CARTA MCC BRASIL – OUTUBRO/2012
PE José Gilberto Beraldo
“O Senhor disse a Abrão”: “Sai de
tua terra, do meio de teus parentes, da casa de teu pai, e vai para a terra
que eu te vou mostrar” (Gn 12, 1).
“Então, com coragem, Paulo e Barnabé
declararam: Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como
a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que
vamos dirigir-nos aos pagãos. Pois esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te constitui como luz das nações, para
levares a salvação até os confins da terra’” (At 13, 46-47).
Meus muito amados irmãos e
irmãs, discípulos (as) missionários (as) da Boa Notícia do Senhor Jesus
Cristo nesta nossa complexa e desafiadora mudança de época e de cultura:
Mês de outubro. Mês das Missões. Mês do
missionário, da missionária. Ao falar em “missão” falamos em Evangelização.
Evangelizar é a missão fundante da Igreja. Evangelizar é proclamar ao mundo,
à humanidade a BOA NOTÍCIA do Reino de Deus, ou seja, do próprio Senhor
Jesus: “... e toda língua confesse ‘Jesus Cristo é o Senhor’ para a
gloria de Deus Pai” (Fl 2,11). Evangelizar é ser, ao mesmo tempo,
discípulo e missionário. Pelo menos desde o Concílio Vaticano II até os mais
recentes Documentos do seu Magistério, tem sido esta a mais insistente tônica
da mensagem da Igreja Católica. E, para este ano, traz o mês das Missões
alguma novidade? Alguma outra motivação? Algum outro elemento que possa
suscitar nos seguidores de Jesus um novo entusiasmo ou fazê-los descobrir
“novas expressões, novos métodos e um novo ardor”, como disse João Paulo II?
Eis que o Espírito Santo, que “renova a face da terra”, inspira o tema
para a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo
Papa Bento XI para os dias 7 a 28 deste mês. Assim se expressam os
“Lineamenta”[1] referindo-se
à urgência de uma nova evangelização nos dias de hoje: “Nas últimas
décadas tem-se falado também da urgência da nova
evangelização. Tendo presente a evangelização como horizonte comum da
Igreja, bem como a ação de anúncio do Evangelho ad gentes, que
requer a formação de comunidades locais, de Igrejas particulares, nos Países
missionários de primeira evangelização, a nova evangelização é, antes de
mais, endereçada a quantos se afastaram da Igreja nos Países da antiga
cristandade. Tal fenômeno, infelizmente, existe em vários graus, mesmo nos
Países onde a Boa Nova foi anunciada nos últimos séculos, mas que ainda não
foi suficientemente bem acolhida a ponto de transformar a vida pessoal,
familiar e social dos cristãos. As Assembleias especiais do Sínodo dos
Bispos, em nível continental, celebrados em preparação do Jubileu do Ano
2000, evidenciaram esse fato”.
E, continuando, o mesmo
documento afirma que: “Este é um dos grandes desafios para a Igreja
universal. Por isso, Sua Santidade Bento XVI, depois de auscultar a opinião
dos seus irmãos no episcopado, decidiu convocar a XIII Assembleia Geral do
Sínodo dos Bispos sobre o tema A
nova evangelização para a transmissão da fé cristã, que se
realizará de 7 a 28 de Outubro de 2012. Retomando a reflexão até agora
realizada sobre o argumento, a Assembleia sinodal terá por objetivo analisar
a situação atual nas Igrejas particulares, para traçar, em comunhão com o
Santo Padre Bento XVI, Bispo de Roma e Pastor Universal da Igreja, novas
formas e expressões da Boa Notícia que devem ser transmitidas ao homem
contemporâneo com renovado entusiasmo, próprio dos santos, alegres
testemunhas do Senhor Jesus Cristo, «Aquele que era, que é e que há de vir»
(Ap. 4, 8). É um desafio a retirar, como o escriba que se tornou
discípulo do Reino dos céus, coisas novas e coisas antigas do precioso
tesouro da Tradição (cf. Mt. 23, 52)”.
Visando a nos ajudar a assumir estes
desafios, aqui vão alguns pontos, juntamente com a sugestão de um itinerário
que julgo pertinentes para este momento.
1. DESENVOLVER uma mentalidade missionária. Relativamente
fácil é “sair em missão” em épocas especiais e em determinadas
circunstâncias, por exemplo, visitando as famílias da paróquia levando a
Palavra de Deus, promovendo dias de oração pelas Missões, fazendo coletas com
esta finalidade, etc.. Se tudo isto é importante, entretanto, alguns gestos
não bastam para a tarefa que o Senhor nos confia. É necessário criarmos uma
“mentalidade missionária”, quer dizer, introjetar na mente a convicção de que
toda a sua vida, todas as suas ações, a sua maneira de pensar, de tomar
decisões, enfim de reger a sua vida, devem fundamentar-se na sua condição de
missionário, de missionária. Filho de Deus, sim! Filha de Deus, sim!
Discípulo e discípula, sim! Missionário, missionária, sempre! Vejam se o
itinerário abaixo apresentado pode ajudá-los:
2. SAIR, ESVAZIAR-SE.
2.1. SENTIR-SE CHAMADO (A). É o primeiro passo. Não só ocasionalmente, mas,
como os apóstolos, chamados permanentemente com a consciência de “enviados”
para o anúncio perseverante da Palavra; embaixadores de Jesus junto às
“ovelhas perdidas” do mundo, não só nas horas vagas (nas tais horas de
“apostolado”), mas na tessitura mais profunda da vida. Assim, pouco a pouco,
sob a ação transformadora do Espírito Santo, vai-se criando uma “mentalidade
missionária”. Para isso é urgente o passo seguinte:
2.2. APRENDER a RENUNCIAR. Despojar-se,
esvaziar-se de tudo quanto é supérfluo; livrar-se de pesos inúteis: da
vaidade, do orgulho, de uma certa convicção de achar-se “dono da verdade”, de
certas devoções e de algumas expressões de piedade tradicionais que só servem
para conduzir a um “egoísmo espiritual” absolutamente estéril para os
caminhos da missão. É assim que Jesus nos quer e nos envia hoje, como aos
apóstolos primeiros: “De graça recebestes, de graça deveis dar! Não
leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho,
nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a
seu sustento” (Mt 10, 8b-10).
3. ANUNCIAR. Sobre o “anunciar” hoje a Palavra de Deus, nada
se apresenta mais oportuno do que toda a Terceira Parte da Exortação
Apostólica VERBUM DOMINI: “A Missão da Igreja: anunciar a Palavra de Deus ao
Mundo”. Sem outro comentário, termino deixando à reflexão “missionária” dos
queridos leitores e leitoras, neste “mês missionário”, parte de dois
parágrafos basilares.
3.1. ANUNCIAR O “LOGOS DA ESPERANÇA”. “O Verbo de Deus comunicou-nos a vida
divina que transfigura a face da terra, fazendo novas todas as coisas (cf. Ap 21,
5). A sua Palavra envolve-nos não só como destinatários da
revelação divina, mas também como seus arautos. Ele, o enviado do Pai para cumprir a sua vontade
(cf. Jo 5, 36-38; 6, 38-40; 7, 16-18), atrai-nos a Si e envolve-nos
na sua vida e missão. Assim o Espírito do Ressuscitado habilita a nossa vida
para o anúncio eficaz da Palavra em todo o mundo. É a experiência da primeira comunidade cristã,
que via difundir-se a Palavra por meio da pregação e do testemunho
(cf. At 6, 7 (VD
91).
3.2. VOCAÇÃO
DOS FIÉIS LEIGOS: “Os fiéis leigos são chamados a exercer
a sua missão profética, que deriva diretamente do baptismo, e testemunhar o
Evangelho na vida diária onde quer que se encontrem. A este respeito, os
Padres sinodais exprimiram «a mais viva estima e gratidão bem como
encorajamento pelo serviço à evangelização que muitos leigos, e
particularmente as mulheres, prestam com generosidade e diligência nas
comunidades espalhadas pelo mundo, a exemplo de Maria de Magdala, primeira
testemunha da alegria pascal». Além disso, o Sínodo reconhece, com gratidão,
que os movimentos eclesiais e as novas comunidades constituem, na Igreja, uma
grande força para a evangelização neste tempo, impelindo a desenvolver novas
formas de anúncio do Evangelho” (VD 94).
Com meu abraço fraterno, invoco sobre todos
os meus queridos irmãos e irmãs, a proteção da primeira discípula
missionária, a Virgem Maria e todas as bênçãos do “Logos da Esperança” que
anunciamos: o Senhor Jesus.
PE.
José Gilberto BERALDO
II Assessor Nacional Adjunto
MCC Brasil
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Aniversariantes
Aos aniversariantes do mês de outubro
desejamos votos de perseverança, na missão que nos foi confiada, para que
continuemos fermentando os ambientes por onde passamos, levando a Palavra aos
irmãos que ainda não conhecem Jesus. Parabéns! Felicidades!
Outubro:
Dia 02 – Rosana
Maria Rehem da Silva Fialho, Aurivanda Macedo Silva e Tereza Cristina Carvalho
Fagundes, dia 04 – Franklin
José Andrade Gomes, dia 08 –
Blandina, dia 12 – Nydia
Liberato de Matos Gonçalves, dia 13
– Normélia O. Santos, dia 14
– Aurélio Carvalho de Oliveira, dia
15 – Maria Luiza Mello Santos e Josué Nascimento da Silva, dia 16 – Maria Cristina Fialho
Duarte e LENE – Elenilza Araújo Almeida Gama, dia 17 – Edvirgens Araújo da
Silva, José Bonfim Guimarães, Orleyde Maria Araújo, Jassilene Matos do
Nascimento e Marly Magalhães, dia 18
- EVA - Josefa Dias de Souza Gama e
Eliana, dia 20 – Thiara
Teixeira, dia 21 – Mercedes
Magalhães, dia 22 – Marcelo
de Carvalho dos Santos, dia 23
– Walter José Dória Soares, dia 24 – Marialva Caldas Silva, dia 25 – Cremilda dos Santos e
Laudelina Nascimento da Silva, dia 28
– Jocilene dos Santos Santana, dia 31
– Regina Helena Viana de Oliveira.
Para reflexão
É preciso fazer um plano de mobilização,
Convocando toda a população,
A participar de um trabalho concreto,
Onde o povo analise os projetos,
E em meio a dificuldades e conflitos,
Assuma o seu poder político,
E possa como um digno cidadão,
Escolher o destino da nação,
Elegendo alguém para seu representante,
Não adianta culpar os governantes,
Se à hora crucial da decisão,
Não se toma uma séria posição,
Vamos observar as lideranças,
Analisar as suas propostas de mudança,
Observar o testemunho dos candidatos,
Os serviços prestados, os seus atos,
A sua participação na sociedade,
O perfil da sua dignidade.
Do livro
Paz & Libertação - Lygia Fialho
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